tag:blogger.com,1999:blog-60791836911843628062024-03-26T06:09:43.554-03:00Luckesi - avaliação em educaçãoINTRODUÇÃO --- Este blog trata do tema "avaliação em educação". Os títulos dos artigos já publicados encontram-se indicados na sua aba direita, em ordem numérica, usando como referência a sequência de publicação em termos de data.--- ENDEREÇO ELETRÔNICO PARA CONTATO - ccluckesi@gmail.com Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.comBlogger144125tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-4432732978404678222024-02-14T12:48:00.002-03:002024-02-14T12:49:31.009-03:00145 – Avaliação como parceira do ser humano, sempre!<p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O ato de avaliar é <i>constitutivo</i> do
ser humano, assim como são constitutivos do ser humano os atos de planejar e de
executar. Em função disso:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 53.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 6pt 53.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">não
existe ato humano que não seja precedido de uma escolha do que se deseja e de
como consegui-lo, isto é, não existe ato humano que não seja precedido do <i>ato
de planejar</i>;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 53.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 6pt 53.45pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 53.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 6pt 53.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">a
seguir, importa a <i>sua execução</i> em conformidade com o planejado e, se
necessário, com correções no percurso da ação;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 6pt; mso-add-space: auto;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 53.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 6pt 53.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">e,
por fim, o ato de avaliar que <b>(a)</b> precede toda e qualquer ação que o ser
humano pratique, subsidiando suas decisões, e que <b>(b) </b>acompanha sua
execução tendo em vista atingir os resultados desejados. Afinal, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ato de avaliar subsidia o ser humano nas suas
decisões, tanto no planejar como no executar uma ação, sempre tendo em vista a
obtenção dos resultados desejados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nesse contexto, repetiremos aqui compreensões
já expostas em outras publicações deste site de que o ato de avaliar é um ato
parceiro do ser humano a avisá-lo da qualidade dos resultados de sua ação,
fator que permite uma tomada de decisões, que devem ser as mais adequadas e a favor
da uma vida humana saudável <i>para todos</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nesse contexto, importa que todos nós
assumamos a consciência de que o ato de avaliar é universal, como são
universais os atos de planejar e executar, tendo em vista a busca e a conquista
dos resultados que sejam satisfatórios para cada um de nós, mas, simultaneamente,
para todos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16pt;">O
ato de avaliar na prática educativa<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Na prática educativa diária, assim como em
momentos específicos do ato institucional de ensinar (Escola e Universidade) - provas
periódicas e prova ao final do ano letivo -, importa praticar atos avaliativos
como atos de investigar a qualidade da realidade, subsidiando decisões, que, a
nosso ver, devem ser sempre construtivas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As decisões de prosseguir ou encerrar uma determinada
ação pertence ao seu gestor em conformidade com regras previamente definidas.
No caso da sala de aula, pertencem ao professor e à professora - como gestores
da sala de aula - agir sempre tendo em vista o sucesso de sua ação, no caso, a
aprendizagem por parte de todos os estudantes. É importante que <i>todos
aprendam e se desenvolvam</i>. Todos, não somente alguns, à medida que todos
são cidadãos e, como tal, merecem cuidados, tendo em vista tanto uma vida saudável
tanto pessoal, como coletiva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O convite é: vamos nos servir da avaliação
da aprendizagem como um recurso que nos avisa se os resultados de nossa ação
pedagógica já são suficientemente positivos ou se importa investir mais na busca
dos resultados desejados, ou seja, que todos aprendam, recurso subsidiário de
uma vida saudável para cada um e para todos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Afinal, o ato avaliativo está sempre a serviço</span></i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
seja subsidiando decisões prévias e necessárias à uma ação, seja subsidiando os
investimentos na sua busca e construção. A avaliação é parceira de uma ação que
busca resultados bem-sucedidos. <o:p></o:p></span></p>Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-53513448065158773192024-01-30T12:06:00.000-03:002024-01-30T12:06:10.155-03:00144 - O SER HUMANO E A BUSCA DE RESULTADOS BEM-SUCEDIDOS ATRAVÉS DA AÇÃO A FAVOR DE TODOS <p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O
SER HUMANO E A BUSCA DE RESULTADOS BEM-SUCEDIDOS ATRAVÉS DA AÇÃO A FAVOR DE
TODOS<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todos os seres viventes no Planeta Terra
buscam o sucesso em seu estar no mundo, seu crescimento e sua sobrevivência, ou
seja, buscam o melhor caminho para viver e sobreviver. Uma árvore naturalmente busca
o melhor caminho para seu crescimento, sua sobrevivência e assim agem todos os
seres presentes no mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O ser humano, por sua vez, também busca
resultados bem-sucedidos em decorrência de sua ação, porém, infelizmente, por
muitas vezes, busca o sucesso exclusivamente para si como indivíduo, fator que
implica em detrimento para os outros, seus pares na vida. Importa, pois, o uso
dos atos avaliativos a serviço de uma vida saudável para cada um individualmente
e, simultaneamente, para todos de modo coletivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse contexto, a avalição se caracteriza
como nossa parceira a sinalizar-nos a qualidade dos resultados de nossa ação
tendo em vista a tomada das decisões necessárias na busca do sucesso de nosso
agir. Contudo, importa que sejam resultados configurados sob uma ótica
filosófica, política e social a favor de todos, ou seja, que nosso Projeto de Ação
esteja traçado - e também praticado - a favor de todos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No caso, interessa a nós educadores servirmo-nos
da avaliação, de modo consciente, como recurso subsidiário de nosso agir no cotidiano
profissional, e, claro, além de nos subsidiar a cada instante de nosso viver. Desse
modo, a avaliação é e será nossa parceira a nos sinalizar a qualidade do
resultado de nosso agir tanto profissional como cotidiano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No cotidiano pessoal, atuamos avaliativamente
<i>de modo usual</i>, porém, no cotidiano profissional, necessitamos atuar<i>
de maneira consciente, escolhida e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>decidida</i>. Tanto em nosso cotidiano pessoal
como em nossa atividade profissional, necessitamos de nos servir dos atos
avaliativos tendo em vista a obtenção de resultados positivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todavia, importa acrescentar uma
observação. O ideal é que nos sirvamos dos atos avaliativos sempre a favor do sucesso
e do bem-viver por parte de todos e, no caso, do ensino a serviço da
aprendizagem <i>de todos</i> os nossos estudantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse contexto, importa assumirmos a
filosofia da busca de resultados satisfatórios a favor de todos!<o:p></o:p></span></p>Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-58848750903556892742024-01-22T16:38:00.003-03:002024-01-22T16:45:19.568-03:00143 - COMPREENDENDO O ATO DE AVALIAR: aprendizagem, instituição e sistema de ensino<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;">COMPREENDENDO O
ATO DE AVALIAR<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: -2.85pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;">aprendizagem,
instituição e sistema de ensino<a href="file:///C:/Users/Cipriano/Desktop/FTD%20TEXTO.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Cipriano
Carlos Luckesi<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 18.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 18.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 18.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No texto que se
segue, o leitor encontrará três tratamentos da fenomenologia da avaliação em
educação:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">1 – <i>Compreensões epistemológicas essenciais do ato de avaliar</i></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">cuida do conceito do ato de avaliar, concebido como
ato de investigar a qualidade da realidade;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2 – <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Uso dos resultados da investigação avaliativa</span></i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>desdobra o conteúdo do tópico 1 e está
comprometido com os usos classificatório e uso diagnóstico dos resultados do
ato avaliativo;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; margin-left: 36.85pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3 – <i>A<span style="mso-bidi-font-weight: bold;">valiação em educação</span></i> está articulado com a fenomenologia da
prática da avaliação em educação: da aprendizagem, institucional e de larga
escala.<o:p></o:p></span></p>
<p align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-align: left; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1. COMPREENSÕES
EPISTEMOLÓGICAS DO ATO DE AVALIAR<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.1.
O ato de avaliar é constitutivo do ser humano<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
ato de avaliar nasce com a emergência do ser humano no Planeta Terra. Ele faz
parte dos três âmbitos de práticas de conhecimento que são universais:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;">(1)
todo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ser humano conhece</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fatos</i>, tanto através do senso comum (conhecimento
cotidiano) como do senso crítico (filosofia, ciência, artes...);<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(2) <i style="mso-bidi-font-style: normal;">todo
ser humano conhece valores</i><span style="mso-bidi-font-style: italic;">, e,
pois, </span>avalia através do senso comum emocional (os julgamentos emergem de
dentro de nós), assim como através dos recursos conscientes e metodologicamente
praticados (investigação avaliativa intencional).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(3) <i>todo ser humano age</i> com base
nessas duas áreas de conhecimento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Não existe conduta humana que tenha sido
escolhida - consciente ou inconscientemente – sem ter como base uma
qualificação da realidade. A avaliação subsidia nossas escolhas, que
acreditamos ser as melhores. Ninguém de nós escolhe um ato ou uma prática com o
objetivo de produzir resultados negativos. Sempre realizamos escolhas na
expectativa de que obteremos um resultado positivo, ainda que esse positivo
possa ser um positivo somente para nós e não para todos do nosso entorno ou
para a humanidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As práticas
avaliativas avaliações cotidianas, de maneira comum, implicam em atos imediatos
pelos quais somos tomados. As avaliações conscientes, por sua vez, nos
subsidiam a escolher e encontrar as melhores soluções para os impasses com os
quais nos defrontamos em nosso cotidiano. A avaliação, pois, faz parte da constituição
de cada um de nós seres humanos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.2. Considerações epistemológicas sobre o
ato de avaliar<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">a) Descritiva da
realidade</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Epistemologicamente,
o ato de avaliar é um ato de investigar a qualidade da realidade, fator que
implica em proceder (a) sua descritiva e (b) sua qualificação. Desse modo, o primeiro
passo do ato de avaliar é a descritiva da realidade, a partir da qual ocorrerão
os procedimentos de sua qualificação. À semelhança do que ocorre no âmbito da
ciência, o ato de avaliar <i>tem um objeto a ser avaliado</i>, fator que exige sua
descritiva através de uma observação configurada por variáveis definidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Usualmente,
no cotidiano, fazemos isso de modo imediato e pelo senso comum, de tal forma
que nem mesmo parece que praticamos uma observação da realidade, em decorrência
da qual temos sua descritiva e realizamos sua qualificação, com base na qual praticamos
nosso agir. Essa instantaneidade nos atos do cotidiano ocorre devido ao fato de
que, nesse contexto, o ato avaliativo se dá sem o uso de uma metodologia constituída
de modo crítico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Tendo
presente a compreensão exposta no parágrafo anterior, passemos a compreender a prática
do ato de avaliar conduzida de forma metodologicamente consciente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
contexto, o primeiro passo é a descritiva do objeto a ser avaliado, fator que
que implica em uma coleta de dados tendo presente suas variáveis constitutivas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
senso comum, a coleta de dados usualmente ocorre de modo espontâneo e, em
decorrência disso, por vezes, superficial; e, no âmbito do senso crítico, a
coleta de dados obrigatoriamente deve ser conduzida de modo metodologicamente consciente
e consistente. Nesse contexto, há exigência de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b><i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">uma rigorosa coleta de
dados </span></i>que lhe dê base.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Em
qualquer investigação e também no caso da avaliação como investigação da qualidade
da realidade, necessitamos de recursos técnicos que nos possibilitem coletar os
dados que a caracterizem e a descrevam. Contudo, como nossa capacidade de observar
e descrever a realidade tem possibilidades variadas, necessitamos estabelecer e
utilizar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>recursos técnicos específicos que
ampliem nossa capacidade de observá-la e descrevê-la.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Por
exemplo, como observar o solo lunar e descrevê-lo, sem ter a posse de um
potente telescópio como recurso necessário para essa prática? Como observar
micro-organismos e descrevê-los, sem o uso de um microscópio? Como coletar a
opinião de cidadãos sobre fatos e acontecimentos, sem entrevistá-los? Como
poderíamos saber aquilo que o outro está sentindo, se não lhe perguntarmos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
processo de coletar criticamente dados tendo em vista uma investigação -
portanto, de forma consciente e explícita -, importa usar instrumentos de coleta
de dados, metodologicamente estruturados, que podem variar desde um roteiro de
observação, um roteiro de entrevista, um questionário, a instrumentos óticos, físicos,
bioquímicos e outros mais, que viabilizem coletar dados essenciais e que,
consequentemente, subsidiem descrever a realidade da forma mais precisa
possível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Sem
uma cuidadosa coleta de dados, podemos nos enganar nas afirmações que viermos a
fazer a respeito da realidade, seja do ponto de vista do seu funcionamento
(ciência), seja do ponto de vista de sua qualidade (avaliação).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Caso
os recursos de coleta de dados – no âmbito da avaliação - estejam elaborados de
forma inadequada ou insatisfatória, nossa descritiva da realidade será
distorcida, fator que, consequentemente, gerará sua qualificação também
distorcida, desde que esta se assenta sobre aquela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Uma
satisfatória descritiva da realidade será inviabilizada, caso os dados
coletados - seja por uma distorção ideológica, seja por uma distorção
metodológica - não descrevam <i>com precisão necessária</i> o objeto da investigação
que estamos abordando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">b) Atribuição de qualidade à realidade
descrita<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
avaliação, como investigação da qualidade da realidade, para além de sua
descritiva, implica em sua qualificação. A qualificação, que,
epistemologicamente, se apresenta como a essência do ato avaliativo, refere-se
a uma <i>atribuição de qualidade à realidade</i>. A descritiva da realidade, como
já sinalizamos anteriormente - e aqui reforçamos -, tanto serve de base para
ciência como para a avaliação. No caso da ciência, ela possibilita compreender
a constituição e o funcionamento da realidade investigada e, no caso da
avaliação, possibilita sua qualificação de modo consistente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Como
se chega à qualificação da realidade, o segundo passo do ato avaliativo? A atribuição
de qualidade realidade – seja ela factual, psicológica, cultural, religiosa,
emocional, entre outras - se processa através de uma comparação da realidade
descrita com um padrão ou critério de qualidade assumido como satisfatório.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Se as
características da realidade descrita preenchem o critério de qualidade
assumido como válido, atribuímos-lhe a qualidade plenamente positiva; caso essas
características estejam aquém desse critério, atribuímos-lhe uma qualidade com
base em uma escala que se estende entre o positivo e o negativo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Existem
os critérios de qualificação da realidade que usamos de modo espontâneo no
cotidiano, em função dos quais emitimos nossas opiniões, que, na quase
totalidade das vezes, trazem a marca da subjetividade individual, vinculada aos
estados emocionais de cada um de nós. As expressões - “Para mim, é assim”; “Eu
sinto dessa forma”, entre outras - configuram essa fenomenologia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Todavia,
existem também critérios metodologicamente traçados a partir de estudos e
pesquisas sobre a qualidade necessária de uma determinada realidade ou de uma determinada
conduta. Por exemplo, qual a conduta satisfatória de um piloto de um avião
comercial? Qual a conduta satisfatória de um cirurgião cardíaco? Qual a
qualidade que deve ter uma laje ou uma viga na construção de um determinado
prédio residencial? Qual é o critério para avaliar a qualidade da conduta de um
psicoterapeuta ao atender um cliente?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Critérios
de qualidade para essas realidades e práticas, assim como para muitíssimas
outras, são estabelecidos tendo por base estudos e pesquisas nas diversas áreas
de conhecimento e ação. Tanto o estabelecimento como o uso desses critérios
ocorrem - e devem ocorrer - de modo intencional. No Brasil, a ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas - oferece parâmetros de qualidade para múltiplas
atividades humanas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Tomemos
a conduta de um alfaiate como um exemplo do cotidiano que nos permite a
percepção de como funciona a qualificação nos atos avaliativos. Ao produzir uma
roupa para um cliente, o profissional da costura poderá levar em consideração
múltiplas variáveis que lhe possibilitem qualificar sua costura frente a um critério
de qualidade assumido como satisfatório no atendimento das necessidades daquele
que demanda seu serviço.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
caso, se esse profissional da costura estiver verificando a qualidade da roupa
feita em relação à variável <i>adequação ao corpo do cliente</i>, terá que usar
como critério de qualidade o “próprio corpo do cliente”, desde que a roupa
deverá estar adequada ao seu corpo. Mas, vamos supor que, somando-se à variável
anterior, o profissional de costura estará se dedicando a avaliar como profissionalmente
está cumprindo o design solicitado para fazer a roupa. Então, caberá perguntar
pelo critério de avaliação que, nesse caso, seria o design contratado pelo
cliente.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com essa compreensão, podemos
perceber que o ato de avaliar leva em consideração mais que uma única variável,
assim como bastará um único critério de qualidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
com texto, dever-se-á levar em conta quantas variáveis e quantos critérios
forem necessários para qualificar o determinado objeto em foco no ato avaliativo.
Por vezes, um objeto de investigação avaliativa - como também na investigação
científica - exigirá que se leve em conta múltiplas variáveis e, no caso da
avaliação, também múltiplos critérios de qualidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Imaginemos,
agora, um engenheiro, um arquiteto, um bioquímico, um professor em sala de aula
– entre outras possibilidade -, todos esses profissionais deverão ter presente as
variáveis e os critérios intencionalmente construídos para orientar e aquilatar
os resultados de sua ação. Condições equivalentes serão exigidas para avaliar quaisquer
objetos, sejam eles materiais, culturais, psicológicos, de conduta, de atitude,
resultados de ações variadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
facilitar a compreensão dos procedimentos avaliativos, podemos nos servir das
categorias gramaticais substantivo e adjetivo. Pela gramática, aprendemos que o
<span style="mso-bidi-font-weight: bold;">substantivo</span> descreve o objeto ao
qual ele se refere; e o <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">adjetivo, por
sua vez,</span> qualifica o substantivo, isto é, qualifica aquilo que está
descrito pelo substantivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
substantivo está vinculado ao aspecto factual da realidade e o adjetivo à
qualidade que lhe é atribuída. O substantivo atém-se à descritiva da realidade;
o adjetivo está comprometido com sua qualificação. A descrição é única, mas a
atribuição de qualidade pode variar para mais ou para menos segundo uma escala
de qualidades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Epistemologicamente,
se diz que a qualificação exige uma posição de <i>não-indiferença</i> em
relação à realidade, isto é, diante da realidade, pode-se considerá-la positiva
ou negativa. O substantivo, desde que é descritivo, é único – ou seja “é/não é”
-, a qualificação, por sua vez, pode variar entre os dois polos, o positivo e o
negativo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A exemplo,
podemos relembrar que uma <i>mulher </i>(substantivo)<i> </i>não deixará de ser
mulher se for considerada <i>bela</i> ou com outra qualidade estética (adjetivo);
coisa semelhante ocorre com qualquer outra realidade expressa substantivamente.
A qualidade atribuída à realidade somente a qualifica, não a modifica em sua
essência. O que modifica uma realidade é a modificação substantiva, ou seja,
fenomenológica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">E,
finalmente, vale registrar que o ato de avaliar se encerra com a qualificação
da realidade, que, por sua vez, expressa o resultado de uma investigação
avaliativa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2. USO DOS RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO
AVALIATIVA<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Existem
duas possibilidades de uso dos dados do ato avaliativo: o uso classificatório e
o uso diagnóstico. O primeiro, assume a realidade presente avaliada como
definitiva, por isso, pode classificá-la; o segundo uso assume a realidade
presente como transitória ou em construção, por isso, investirá na compreensão da
situação expressa através de um conhecimento que subsidia decisões a respeito de
intervenções necessárias na realidade tendo em vista a obtenção do melhor
resultado a ser obtido. Essas duas modalidades de uso dos resultados dos atos
avaliativos, sempre estiveram presentes na vida humana e na história a
humanidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
modalidade <i>classificatória</i> ocorre sempre que o gestor de uma ação deseja
estabelecer o seu lugar em uma escala classificatória, que variará entre as
qualidades máxima e mínima, tal como primeiro/último lugar; ótimo/péssimo;
belo/feio.... No caso da prática educativa escolar no Brasil, a escala está,
comumente, estabelecida por registros numéricos, usualmente denominados de <i>notas
escolares</i>, variando de 0 (zero) a 10 (dez).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
modalidade <i>diagnóstica</i>, por sua vez, subsidia decisões relativas aos
processos em andamento. Então, subsidia cuidados a serem praticados pelos
gestores de uma ação sempre na busca de resultados satisfatórios, desde que o
ser humano, em princípio e em sã consciência, aposta no sucesso de sua ação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
decisão de um gestor em usar <i>classificatoriamente</i> os resultados do ato
avaliativo, <i>por si</i>, configura que a ação já se encerrou e, por isso,
essa classificação assume uma posição “definitiva”; já o gestor, que está usando
os resultados do ato avaliativo como <i>diagnóstico</i>, está admitindo que a
ação ainda está em curso e, por isso, pode ser modificada, usualmente, na busca
de mais satisfatoriedade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
curva estatística de Gauss - denominada “curva normal” - permite uma
classificação de tudo o que existe entre inferior, médio e superior, sendo que
a categoria <i>médio</i> é composta usualmente pela maioria dos indivíduos de
uma população classificada, alguns são alocados na categoria <i>superior</i> e
outros tantos na categoria <i>inferior</i>. Nesse contexto, essa modalidade de
curva estatística é considerada uma curva <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">simétrica</span>, devido um maior volume de indivíduos serem alocados no “médio”
e menores volumes nas pontas “inferior” e “superior”; razão pela qual o desenho
visual dessa curva estatística se parece com o perfil de um chapéu, alto no
meio e raso nas abas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Essa
compreensão classificatória atinge também os atos educativos, como teremos
oportunidade de sinalizar, um pouco mais à frente. Essa é a visão mais comum
que se tem da distribuição da qualidade da realidade em grupos populacionais,
inclusive de estudantes em sala de aula. A curva normal de distribuição
apresenta um olhar conservador da realidade, que constantemente apresentará o
mesmo desenho: maior volume no espaço “médio” e menores volumes nas pontas “inferior”
e “superior” da curva estatística.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Por
outro lado, quando há um investimento constante do gestor da ação na busca de
resultados satisfatórios, a investigação avaliativa subsidiará suas decisões na
perspectiva da construção de resultados satisfatórios desejados. Então, a curva
estatística será positivamente <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">assimétrica</span></i>,
o que implica que a população avaliada estará alocada no ponto de qualidade satisfatória
desde que, para isso, foram dedicados múltiplos investimentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
caso, o uso classificatório dos resultados da avaliação está comprometido com
aquilo que se considera satisfatório no <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">ponto final</span></i> da ação planejada e executada. Já o seu uso
diagnóstico está comprometido com um <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">processo
construtivo</span></i>, seja para a melhoria e aperfeiçoamento dos resultados
da ação, seja para a requalificação de um resultado já obtido. O uso
classificatório é estático; o uso diagnóstico é dinâmico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ainda
vale uma observação relativa à compreensão de que um gestor que atua junto a
seres humanos, um educador, por exemplo, e que tem o desejo claro de que todos ao
seu redor - no caso <i>os seus estudantes -</i> cheguem à aprendizagem
necessária, a curva estatística classificatória, que leva o nome de Gauss - seu
criador -, não será nada útil, a não ser para nos informar que ainda não
estamos investindo suficientemente em <i>todos</i> os nossos estudantes<i> </i>a
fim de que todos atinjam a mestria nos conteúdos com os quais estamos
trabalhando. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
aquele que efetivamente ensina (o que implica que o estudante aprende), importa
que os resultados finais apresentem uma curva estatística <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">assimetricamente positiva</span>, ou seja,
uma curva estatística na qual a totalidade da população abordada
estatisticamente se concentra no seu topo. O fato de “todos terem aprendido o
necessário” é muito diferente do fato de que uma maioria permanece no “médio” e
alguns atingem o nível superior (satisfatório), assim como um certo número permanece
na faixa “inferior” (insatisfatório).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Desse
modo, o ideal do uso classificatório dos resultados da avaliação em educação -
no que se refere à aprendizagem dos estudantes - é que o padrão ideal de
aprendizagem passe a ser o ponto satisfatório da escala no qual todos devem chegar
em termos de classificação. Para a prática educativa, só existirá, então, a
possibilidade de uma curva estatística final <i>positivamente</i> assimétrica, ou
seja, com todos os estudantes alocados na sua parte superior. No desdobramento
do uso classificatório dos resultados da avaliação, havendo premiação, <i>todos</i>
seriam premiados, desde que todos teriam atingido a mestria. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3. AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Existem
variadas possibilidades de uso sistemático da investigação avaliativa em
educação. Nesse contexto, a seguir, vamos nos dedicar a compreender três dessas
modalidades: avaliação da aprendizagem, avaliação institucional, avaliação de
larga escala.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.1. Avaliação da aprendizagem<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vamos
nos dedicar a compreender a avaliação da aprendizagem em sala de aula, na qual,
tendo presente as características etárias, psicológicas e curriculares dos estudantes,
o educador, como gestor da sala de aula, praticará o ensino, investindo na
aprendizagem de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">todos</i>, desde que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">todos</i> vêm para a escola para aprender e
desenvolver-se.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Isso
implica que o educador deve ter plena consciência de sua ação e dos resultados
que deseja produzir junto aos seus estudantes, assim como pleno investimento
necessário a fim de que os resultados de sua ação pedagógica sejam satisfatórios
frente às proposições estabelecidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
contexto, como gestor da sala de aula, o educador agirá ensinando em busca dos
resultados positivos decorrentes de sua ação em conformidade com o estabelecido
no Planejamento Curricular, traduzido em Plano de Ensino, como guia para a ação
pedagógica em sala de aula.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">É no
seio dessa prática de ensinar-aprender que cabe a prática da avaliação da
aprendizagem e, no caso, os seus resultados podem ser utilizados tanto sob a
forma classificatória como sob a forma diagnóstica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">forma classificatória</span></i> da avaliação
da aprendizagem através da prática dos exames escolares foi usada ao longo da
história, do século XVI para cá, com conotações variadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">De
início, com as definições jesuíticas na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ratio
atque Institutio Studiorum Societatis Iesu </i><span style="mso-bidi-font-style: italic;">(Ordenamento e Institucionalização dos Estudos na Sociedade de Jesus), </span>obra
publicada pela primeira vez em 1599 e que introduziu no âmbito da educação institucional
o ensino simultâneo, os exames ocorriam uma vez por ano, ao seu final. Contudo,
ao longo da Modernidade, os exames escolares seguiram ganhando espaço no âmbito
escolar como um todo assim como modificando seu modo de ser.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">É interessante
observar que, quando os jesuítas, iniciadores da moderna organização escolar, propuseram,
no decurso da segunda metade do século XVI, a prática dos exames escolares exclusivamente
ao final do ano letivo, eles definiram a necessidade de um constante investimento
no ensino cotidiano eficiente, estabelecendo um ritual para as aulas
configurado da seguinte modo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(a) oração – os
jesuítas eram e são religiosos católicos, então, as atividades deveriam ser precedidas
por uma oração;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(b) após a oração,
iniciava-se a aula com uma preleção, ou seja, a exposição do conteúdo a ser
aprendido;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(c) a seguir, a
aula prosseguia com os exercícios relativos ao conteúdo exposto, tendo em vista
sua assimilação ativa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(d) correção coletiva
dos exercícios;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(e) superação das
dúvidas e dificuldades dos estudantes em relação ao conteúdo abordado;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 36.85pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(f) definição de uma tarefa a ser
executada em casa relativa ao conteúdo ensinado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
dia escolar seguinte iniciava-se com a oração e a correção dos exercícios do
dia anterior; a seguir, nova preleção e todos os atos do ritual acima exposto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
professor deveria ter uma <i>Pauta</i> (uma Caderneta), na qual registrava a
situação de cada estudante de sua turma, em termos do sucesso nas
aprendizagens. Essa Pauta deveria ser utilizada pela Banca Examinadora por
ocasião dos Exames Gerais, que ocorriam por uma única vez no decurso ano letivo
-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>propriamente ao seu final -, tendo em
vista integralizar as condições de aprovação ou reprovação do estudante na
série escolar que frequentava. Os exames gerais, no caso, eram precedidos no
decurso do ano letivo por um ensino consistente, que deveria formar as
competências dos estudantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Com
o passar do tempo, os exames escolares se multiplicaram nas escolas no decurso
do ano letivo, chegando a existir exames semanais, mensais, semestrais e anuais,
obscurecendo a prática ativa do ensino, cujos resultados eram registrados na Pauta
do Professor, que tinha por objetivo garantir um acompanhamento de cada
estudante ao longo do ano letivo, com os respectivos registros de suas
aprendizagens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
caso, o padrão ideal a ser alcançado em termos de aprendizagem por parte dos
estudantes era o padrão mais alto da tabela de classificação. Também vale registrar
que, na história da educação ocidental, essa determinação construtiva não fora
efetivamente sustentada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
contexto, o registro da classificação do estudante em sua aprendizagem,
vagarosamente, foi se tornando mais importante que a própria aprendizagem. As
denominadas <i>notas escolares</i>, se tornaram independentes da efetiva
aprendizagem. Hoje, de modo usual, ao invés de se perguntar a um estudante -
“Como foi sua aprendizagem em tal conteúdo?”; perguntamos - “Que nota você tirou?”
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">S<span style="mso-bidi-font-weight: bold;">ob a <i>ótica diagnóstica</i></span>, como
parceira do professor no papel de gestor pedagógico da sala de aula em sua ação
construtiva - sinalizando-lhe a qualidade dos resultados de seus investimentos
na aprendizagem e no desenvolvimento de seus estuantes -, a avaliação
praticamente só retornou a ser considerada sob a ótica diagnóstica a partir de
1930, com as compreensões teóricas formuladas por Ralph Tyler, assumindo que a
prática educativa deve produzir resultados positivos para <i>todos</i> os estudantes
e, não somente para poucos, considerados os melhores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O uso
dos resultados do ato avaliativo sob essa ótica subsidia o professor com o gestor
da ação pedagógica a tomar sucessivas decisões a fim de que todos os seus
estudantes aprendam o necessário e, em consequência, se desenvolvam. Desse modo,
a curva estatística de aproveitamento escolar será assimétrica. Ou seja, ninguém
na parte inferior da curva estatística de distribuição dos estudantes em sua
aprendizagem, porém, todos na sua parte superior.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Qual
seria o ideal de uso das modalidades - classificatória e diagnóstica - de
avaliação na prática do ensino? A resposta é - as duas modalidades -, <i>com a
condição de que esta afirmação seja compreendida de modo adequado e
satisfatório</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O <i>padrão
classificatório</i> expressará, como já sinalizamos acima, o padrão de
qualidade necessário ao qual todos os estudantes devem chegar ao final do
período de ensino; afinal, o topo da curva estatística que, obrigatoriamente,
deverá ser assimétrica. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
tanto, importa que os educadores assumam como meta de sua ação pedagógica um
ensino que possibilite classificar todos os estudantes no nível máximo da curva
assimétrica, ou seja, que todos aprendam o necessário, estabelecido
curricularmente e praticado em sala de aula.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Já, a
<i>modalidade diagnóstica</i> de uso dos resultados da avaliação deve ocorrer,
no caso, subsidiando as decisões no decurso do processo de ensino, de tal forma
que todos os estudantes atinjam o nível máximo previsto de satisfatoriedade, ou
seja, que todos aprendam o efetivamente necessário, estabelecido no Currículo
escolar e traduzido no Plano de Ensino de cada professor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ocorre
uma distorção quando os educadores se servem exclusivamente da modalidade
classificatória, pautados em uma escala de qualidades, que vai do mais para o
menos ou do menos para o mais, sem servir-se permanentemente da modalidade
diagnóstica em todo seu percurso de ensino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
uso mais comum - ou quase que exclusivo -, em todas as nossas escolas é o da modalidade
classificatória dos resultados da avaliação da aprendizagem através de uma
escala estabelecida entre extremos, tais como - aprovado/reprovado; primeiro
lugar/último lugar; aprendeu/não aprendeu –, portanto, mais próxima da curva
estatística de distribuição <i>denominada normal</i> do que de uma <i>curva
assimétrica do ponto de vista positivo</i>, a nosso ver a curva estatística ideal
para uma prática educativa consistente e significativa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Além
de compreender e praticar adequadamente as modalidades de uso dos resultados
dos atos avaliativos sob as óticas classificatória e diagnóstica, acima
abordadas, torna-se fundamental compreender e praticar a <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">elaboração satisfatória dos instrumentos de
coleta de dados</span></i> a respeito da aprendizagem dos estudantes, pois que eles
coletam os dados que subsidiam, de um lado, a qualificação da aprendizagem dos
estudantes e, de outro, subsidiam as decisões do educador em suas condutas
pedagógicas na sala de aula. Afinal, importa dados coletados com precisão e com
cuidados metodológicos necessários tendo em vista subsidiar juízos de qualidade
consistentes sobre a aprendizagem dos estudantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Infelizmente,
para a prática cotidiana de coleta de dados sobre a aprendizagem dos estudantes
em nossas salas de aula, os instrumentos de coleta de dados têm sido
construídos e utilizados sem que se leve em conta - de modo suficiente - as
qualidades necessárias acima indicadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Por
vezes, no âmbito do senso comum, afirmamos que, se elaborarmos instrumentos de
coleta de dados sobre a aprendizagem dos nossos estudantes no limite dos
conteúdos e da forma como ensinamos, os testes serão muito fáceis e todos os
estudantes serão aprovados. De fato, a investigação avaliativa no âmbito do
ensino-aprendizagem institucional devem, pois, ser simplesmente compatíveis com
o ensinado e o aprendido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
caso, importa ter ciência se nossos estudantes aprenderam aquilo que lhes fora
ensinado e da forma como fora ensinado. Nem mais difícil, nem mais fácil;
simplesmente compatível com o ensinado, pois o que se deseja saber é se os
estudantes aprenderam aquilo que fora ensinado e da forma como fora ensinado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Então,
na elaboração de um instrumento de coleta de dados para avaliação da
aprendizagem dos nossos estudantes, importa ter presente as seguintes características:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(a) <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">sistematicidade</span></i>,
isto é, cobrir todos os conteúdos curriculares essenciais ensinados, nem mais
nem menos que isso;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(b) <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">linguagem
compreensível</span></i>, ou seja, as perguntas e proposições de atividades
necessitam ser plenamente compreendidas pelos estudantes, desde que deverão
manifestar seu desempenho em relação àquilo que se lhes solicita. Caso não
compreendam aquilo que se lhes pede, como poderão manifestar um desempenho satisfatório?
Só se pode responder adequadamente uma pergunta bem compreendida, da mesma
forma que só se pode realizar uma tarefa desde que ela seja plenamente
compreendida;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(c) <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">compatibilidade
entre ensinado e aprendido</span></i>, em termos de conteúdos, níveis de dificuldade
e de complexidade com o trabalhado em sala de aula, nem mais fácil nem mais
difícil;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(d<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">) </i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">precisão
naquilo</span> que se pergunta ou naquilo que se pede como<span style="mso-bidi-font-style: italic;"> tarefa ao estudante</span></i> - professor
e estudante necessitam ter a mesma compreensão relativa a uma determinada pergunta
ou à uma determinada tarefa a ser realizada. Perguntas imprecisas poderão
receber respostas também imprecisas. Tarefas definidas imprecisamente não
poderão ser realizadas com precisão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Assim
sendo, os professores, ao elaborar instrumentos de coleta de dados para a
avaliação da aprendizagem dos seus estudantes, minimamente, deverão ter
presentes as quatro caraterísticas, acima indicadas, ou seja, manter perguntas
e tarefas comprometidas com aquilo que fora efetivamente ensinado assim como <i>do
modo</i> como fora efetivamente ensinado e aprendido em sala de aula.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vale
ainda uma observação: a fim de que os estudantes aprendam efetivamente aquilo
que fora ensinado, importa a condição de que o <i>ensino seja ativo</i>, desde que
o cérebro humano, centro administrativo de nossas vidas, constrói os
conhecimentos e as habilidades de modo ativo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Não
existe, pois, possibilidade de uma aprendizagem significativa se dar de forma
mental e neurologicamente passiva por parte dos nossos estudantes. Aquilo que
denominamos, cotidianamente, de <i>aprendizagem de memória</i>, usualmente, é
esquecida no momento subsequente devido não estar estruturada em um algoritmo
neurológico de memória construído de modo ativo. Para que a aprendizagem se dê
ativamente, o educador necessita investir nessa modalidade de ensinar e
aprender.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Ensinar
ativamente implica em:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(a) expor um
conteúdo, seja de forma oral, seja através de livros didáticos, de textos, de
tapes, de dicionários...;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(b) auxiliar o
estudante na compreensão daquilo que fora exposto;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(c) possibilitar
aos estudantes exercitar os conteúdos expostos;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(d) possibilitar
aos estudantes atividades de aplicação do aprendido, fator que o sedimenta e,
de modo simultâneo, alarga o campo do conhecimento;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(e) produzir
sínteses do aprendido;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(f) indo mais
longe um pouco, recriar o aprendido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
avaliação, usada diagnosticamente, auxilia o educador a saber se seu estudante
aprendeu, ou não, determinada compreensão da realidade articulada com as
habilidades próprias de cada conteúdo. Se não adquiriu, seja a compreensão ou a
habilidade, e o educador deseja que ele adquira esses recursos cognitivos,
investirá mais e mais, até que essas condutas sejam apropriadas pelo seu estudante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Condutas
aprendidas transformam-se em algoritmos neurológicos permanentes; por isso,
disponíveis na memória subconsciente do estudante como modos de ser e de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>agir. E, assim sendo, quando necessário,
poderá acessá-las e servir-se delas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
contexto, a investigação avaliativa, por si, não resolve nada. Ela simplesmente
revela ao professor que a ação pedagógica por ele praticada já atingiu o
resultado desejado ou que ainda não atingiu essa qualidade. No caso de ainda
não ter atingido a qualidade necessária da aprendizagem de um determinado
conteúdo, importa que o professor efetivamente tenha desejo de investir na obtenção
desse determinado resultado; deverá decidir investir mais e mais na sua busca,
caso isso seja necessário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Quem
produz resultado é a gestão de uma ação, não a avaliação. A avaliação revela a
qualidade da realidade, por isso, é parceira do gestor da ação, no caso do
professor, tendo em vista sinalizar-lhe a qualidade já obtida com seu
investimento na realização do planejado. No caso, deverá decidir se encerra sua
ação desde que já atingiu o resultado desejado, ou, se investe mais desde que
ainda não se chegou à satisfatoriedade com o resultado até o momento obtido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Pode-se,
em síntese, compreender que o <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">uso
diagnóstico</span></i> dos resultados da avaliação subsidia o gestor da ação –
no caso, o professor - a construir o resultado que possa ser <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">classificado como satisfatório</span></i>. Para
o gestor de uma atividade, só existe uma possibilidade: produzir um resultado
que possa ser classificado como satisfatório.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Qualidades
inferiores ao nível de satisfatoriedade não podem e não devem ser o objetivo do
desejo de um profissional de educação; aliás, de nenhum profissional em seu
âmbito de ação. Tendo em vista evitar a possibilidade de aceitação de níveis
inferiores da qualidade da realidade, há que se ter habilidades suficientes para
a ação. Importa a busca de resultados satisfatórios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
sentido, de modo epistemologicamente adequado, o uso classificatório dos
resultados da avaliação tem a função de indicar ao gestor da ação o nível de
satisfatoriedade a ser efetivamente obtido. No caso da sala de aula, todos os
estudantes devem atingir esse nível; portanto, o educador, como gestor da sala
de aula, deve investir para que todos atinjam o satisfatoriedade previamente
definida em sua aprendizagem, o que significa <i>todos os estudantes</i>, com
os quais, atuamos devem ser classificados nesse nível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 18.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
tanto, o uso diagnóstico dos resultados da avaliação será nosso parceiro,
sinalizando-nos se os resultados de nossa ação já atingiram o nível de satisfatoriedade
desejado, ou não. Em caso negativo e desejando o nível satisfatório positivo de
resultado, devemos investir mais e mais até obtê-lo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 18.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.2. Avaliação institucional<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">As ações
educativas escolares ou universitárias são praticadas dentro de uma instituição
chamada escola ou universidade, que agrega um conjunto de profissionais
organizados para cumprir suas tarefas sociais nas áreas do Ensino Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior e Pós-graduação. No nível superior,
além do ensino, estão incluídas as tarefas de pesquisa e extensão
universitária.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Os
investimentos em uma prática de avaliação institucional em educação, no que se
refere ao Ensino Superior, no Brasil, passaram a ocorrer após a implantação da
Reforma Universitária, ocorrida em 1968. O PARU – Programa de Avaliação da
Reforma Universitário - é do ano de 1983, e o PAIUB – Programa de Avaliação
Institucional da Universidade Brasileira - é 1994. E, o exercício de avaliar os
níveis de Ensino Básico e Médio chegou até nós com as proposições da avaliação
de larga escala, da qual tratamos no próximo tópico deste texto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
ditado popular - <i>pelos frutos, conhecereis a árvore</i> -, no caso das
instituições escolares e universitárias, esse ditado se traduz da seguinte
forma: <i>Pelos resultados relativos aos seus objetivos, se conhecerá a
qualidade da instituição</i>. Então, para proceder a avaliação institucional, o
primeiro dado a ser coletado refere-se aos resultados produzidos pela
determinada instituição no que se refere aos seus objetivos específicos.
Portanto, em primeiro lugar, haverá que se ter consciência do produto da instituição
educativa, em termos da aprendizagem por parte dos estudantes, segundo o Currículo
estabelecido. Essa é sua atividade-fim, como também seu resultado-fim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Enquanto
no âmbito da <i>avaliação da aprendizagem</i>, importa verificar o desempenho
individual de cada estudante, aqui – no âmbito institucional - importa ter
presente o desempenho coletivo dos estudantes, representando o <i>desempenho da
instituição</i>, ou seja, entre “X” estudantes matriculados na educação
infantil, quantos deles efetivamente aprenderam aquilo que deveriam aprender; o
mesmo ocorrendo no que se refere às séries e turmas do Ensino Fundamental, do
Ensino Médio e às disciplinas no âmbito do Ensino Superior. No caso, o
desempenho dos estudantes em sua aprendizagem, decorrente do investimento no
ensino, será o parâmetro fundamental para atribuir qualidade à uma instituição educativa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Subsequentemente
a essa variável no processo de avaliação de uma instituição educativa -
desempenho dos estudantes em suas aprendizagens, em conformidade com o Currículo
estabelecido -, importará levar em conta os fatores que sustentam a vida da
instituição, ou seja: sua estrutura e sua organização sustentam resultados
positivos frente às suas atividades-fim?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
se ter ciência das qualidades da instituição tendo em vista atender aos seus
objetivos, importa:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(a) levar em conta
as condições de pessoal a serviço dos seus objetivos, em termos de atendimento
de suas necessidades institucionais - quantidade e qualidade;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(b) assim como
levar em conta a dinâmica administrativa da instituição como um todo e do
pessoal a seu serviço;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 36.85pt; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(c) e, ainda, a
satisfatoriedade do espaço físico - quantidade e qualidade;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 36.85pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(d) as disponibilidades dos
recursos técnicos e financeiros necessários para que essa instituição possa
cumprir os seus objetivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Enfim,
frente aos resultados-fins da instituição - aprendizagem e formação dos
estudantes -, importa verificar a disponibilidade e a qualidade dos recursos
alocados e disponíveis para que a instituição efetivamente possa cumprir os
seus objetivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nesse
contexto, novamente, a avaliação será a parceira dos gestores da instituição a
revelar-lhes as forças e as fragilidades de sua atuação, possibilitando, se se
desejar, as correções necessárias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Também
aqui, importa ter presente <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">os dois usos
dos resultados da avaliação</span>, anteriormente assinalados: o uso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">diagnóstico</i>, que subsidia as decisões do
staf administrativo da instituição frente aos seus objetivos, e, o uso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">classificatório</i>, que permite ter ciência
do atendimento, ou não, do padrão desejado de qualidade da instituição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vale
sinalizar que o uso classificatório dos resultados da avaliação, como já assinalado
anteriormente, expressa, em termos de qualidade, a meta a ser atingida pela
instituição. Os resultados da avaliação, no caso, classificam a instituição em termos
da satisfatoriedade dos resultados de sua ação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Esse
diagnóstico subsidiará os gestores da instituição na busca da satisfatoriedade
dos resultados desejados de sua ação. Todas as instituições, inclusive as
educativas não poderão sobreviver satisfatoriamente sem uma avaliação
permanente de sua estrutura, sua organização e seu funcionamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 24.0pt; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">3.3. Avaliação de larga escala<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">À
semelhança da avaliação institucional, a avaliação de larga escala em educação
atua sobre o coletivo e não sobre cada estudante individualmente, nem atua
diretamente sobre cada instituição em si, mas sobre o Sistema de Ensino, tomado
em seus diversos segmentos, que inclui a Instituição Educativa, o Município, o Estado,
a Federação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Haverá,
sim, nessa circunstância avaliativa, a necessidade de que cada estudante
expresse sua aprendizagem individual, porém, não para ser aprovado ou reprovado
individualmente, mas, no caso, para subsidiar uma leitura estatística dos
resultados obtidos pelo Sistema de Ensino composto por instituições (escolas,
universidades), assim como para subsidiar a avaliação das estruturas político-administrativas,
tais como Municípios, Estados, Federação. De fato, a avaliação de larga escala
em educação, se inicia na turma de estudantes, acompanhada por um professor,
tomada como a menor unidade do Sistema de Ensino, estendendo-se pelas
instituições como um todo em sua estrutura e funcionamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Quantos
estudantes desta turma aprenderam aquilo que deveriam ter aprendido? A seguir,
quantos estudantes de todas as turmas da 1ª série aprenderam os conteúdos
ensinados em matemática, em língua portuguesa, em geografia...? O mesmo
correndo em todas as outras séries escolares e disciplinas universitárias <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>administradas pela instituição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
seguir, quantos estudantes desta instituição lograram aprendizagem
satisfatória? E, depois, neste Município, como está o desempenho na
aprendizagem por parte dos estudantes segundo os níveis e séries atendidos pelo
Sistema Educativo? Nesse Estado da Federação, como está o desempenho dos
estudantes, por séries, turmas, níveis de escolaridade? No país como um todo,
como se encontra o desempenho dos estudantes em termos de sua aprendizagem configurada
nos Currículos estabelecidos para cada nível de ensino?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Como
se encontram os componentes do Sistema de Ensino - Escolas, Municípios, Estados
e Federação -, tendo em vista garantir condições de efetividade no ensino? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Essas
perguntas cabem no que se refere aos diversos níveis de escolaridade - Educação
Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior, Pós-Graduação;
afinal, uma leitura estatística do desempenho do Sistema Educativo no que se
refere ao seu objetivo fundamental que é ensinar, cuja consequência deve ser a
aprendizagem satisfatória e o desenvolvimento por parte de todos os estudantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
avaliação de larga escala tem por objetivo subsidiar decisões dos gestores do Sistema
de Ensino, tendo em vista garantir a qualidade desejada dos resultados dos
processos educativos em termos estatísticos, relativos às diversas instâncias
político-administrativas do país. A Avaliação de Larga Escala subsidia todas as
instâncias do ensino no país, a fim de que cada uma se autoanalise e busque
condições de melhor atender aos seus objetivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">No
Brasil, desde o final dos anos 1980, vem se buscando a implantação de um Sistema
Nacional de Avaliação da Educação, que hoje, se compõe de múltiplos
investimentos, entre outros, no nível Federal: SABEB, Prova Brasil, Provinha
Brasil, ANA, ENEM, ENAD, IDEB. Muitos estados e municípios do país também já estabeleceram
seus respectivos Sistemas de Avaliação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">E há
o Sistema Internacional de Avaliação em Educação, cuja atividade é realizada
pelo Projeto PISA - <em><span style="background: white; color: black; font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic; mso-color-alt: windowtext;">Programme for
International Student Assessment (</span></em><span style="background: white; color: black; mso-color-alt: windowtext;">Programa Internacional de Avaliação
de Estudantes)<span class="apple-converted-space">, que, a partir do ano 2000, é realizado
pela</span></span> OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico -, <span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: black; mso-color-alt: windowtext;">que realiza uma avaliação da
educação em um conjunto de países, participantes da Organização e outros que
são convidados. O Brasil integra o Projeto Pisa, desde seu início.</span><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 35.45pt;"><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A avaliação
de larga escala, como já afirmamos, subsidia os Gestores de Educação, nos
variados níveis da Organização Social e Política do país a tomar decisões
necessárias, tendo em vista a melhoria do Sistema de Ensino como um todo.</span></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText" style="text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/Cipriano/Desktop/FTD%20TEXTO.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">1.
O presente texto tem uma versão anterior que foi enviada à FTD há alguns anos
passados em função de uma conferência pronunciada pelo autor em um evento
promovido por essa instituição. Para a presente publicação neste Site pessoal,
o texto sofreu múltiplos retoques.<sup><o:p></o:p></sup></span></p>
</div>
</div>Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-45382477359478842172022-09-21T19:51:00.004-03:002023-11-14T14:50:52.837-03:00142 - LUDICIDADE E ATIVIDADES LÚDICAS <p><b>142 - LUDICIDADE E ATIVIDADES LÚDICAS </b></p><p><span style="font-size: 14pt; text-align: justify;">Cipriano Luckesi</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Através do texto que se segue, desejamos compartilhar com todos
os leitores deste BLOG que o livro intitulado <b><i>Ludicidade
e atividades lúdicas na prática educativa: compreensões conceituais e
proposições</i> </b>está impresso e disponível. O livro trata da fenomenologia da ludicidade e do seu significado
na vida humana e na educação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">As temáticas abordadas nesse referido livro são:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 1 - Compreendendo o conceito de ludicidade;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 2 - Ludicidade no espectro das áreas de
conhecimento;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 3 -
Atividades lúdicas e sua função no desenvolvimento do ser humano;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 4 -
Atividades lúdicas e a restauração do equilíbrio entre as camadas embrionárias
constitutivas do ser humano;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 5 -
Ludicidade e vida cotidiana na prática educativa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 6 -
Sobre o brincar;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 7 -
Ludopedagogia: programa de estudos;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 8 -
Bibliografia geral;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Considerações
finais;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Anexos - I,
II e III<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">No livro acima referido se encontra um estudo a respeito do fenômeno da
ludicidade, cujos focos de atenção são:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(1) o que é ludicidade;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(2) a identificação do lugar teórico da ludicidade entre os
diversos campos do conhecimento humano;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(3) o papel e o significado das atividades lúdicas no
desenvolvimento do ser humano;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(4) as atividades lúdicas como recursos que subsidiam a
restauração do equilíbrio neuropsicológico do ser humano no decurso da vida;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(5) o papel da ludicidade na vida humana;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(6) uma abordagem sobre o significado do ato de brincar;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(7) a proposta de uma programa de estudos a respeito da
temática da ludicidade; programa nascido de experiências de ensino universitário
a respeito dessa temática;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(8) a apresentação de uma bibliografia geral sobre a temática
da ludicidade organizada alfabeticamente segundo os sobrenomes dos autores;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(9) apresentação de algumas considerações finais a respeito
da temática da ludicidade;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">(10) e, finalmente, a partilha de três programa de ensino
sobre a temática da ludicidade, que foram praticados pelo autor em suas atividades
de ensino na Pós-Graduação em Educação, na Faculdade de Educação, Universidade
Federal da Bahia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Outrossim, comunicamos a todos os leitores, que a ludicidade
é compreendida ao longo do texto desse referido livro como um modo de ser do
próprio ser humano. O brincar é incluído no seio das atividades lúdicas, porém
importa estarmos cientes de que a ludicidade é um estado psicológico interno do
ser humano que, ao mesmo tempo, integra e vai para além do brincar. Ludicidade
tem a ver com um estado interno de realização, de bem-estar e de alegria do ser
humano. Essa é a abordagem central do meu novo livro que, através da
disponibilidade e da decisão da Cortez Editora de publicá-lo, todos poderão ter
acesso ao mesmo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Como autor do texto acima referenciado, que brevemente estará
publicado pela <b>CORTEZ EDITORA, São Paulo</b>, desejamos boas leituras e bons
estudos a todos os leitores interessados na temática da ludicidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p>Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-4916377367960894452022-09-18T22:19:00.006-03:002023-11-14T15:55:54.670-03:00 141– Avaliação da aprendizagem escolar: passado, presente e futuro, São Paulo, Cortez Editora, 2021<p><span style="font-size: 14pt; text-align: justify;"><b>141 – Avaliação da aprendizagem escolar: passado, presente e futuro, São Paulo, Cortez Editora, 2021</b></span></p><p><span style="font-size: 14pt; text-align: justify;"><b>Cipriano Luckesi</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p><b> </b></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">A Cortez Editora, no decurso do ano de 2021, publicou um livro
de minha autoria a respeito da avaliação da aprendizagem escolar, cujo título
se encontra acima nominando no presente post.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Para a elaboração desse livro foram utilizadas duas
abordagens. A parte da publicação denominada LIVRO I contém um tratamento das
concepções pedagógicas relativas à fenomenologia da avaliação da aprendizagem, constituídas
nos períodos denominados da Modernidade e da Contemporaneidade, e, na parte
denominada LIVRO II, o leitor encontrará uma proposição para a prática da avaliação
da aprendizagem no cotidiano das atividades docentes em nossas escolas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">As páginas da publicação denominada de LIVRO I, na sua Parte A,
aborda a avaliação da aprendizagem no seio das concepções pedagógicas denominadas
Tradicionais, contém os capítulos denominados:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo I – Avaliação da aprendizagem escolar no contexto da
Pedagogia Jesuítica; Capítulo 2 – Avaliação da aprendizagem escolar na
Pedagogia de John Amós Comênio; Capítulo 3 – Avaliação da aprendizagem em
Joahnn Friedrich Herbart.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"> LIVRO I, Parte B, aborda a avaliação da aprendizagem nas
Pedagogias da Escola Nova:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 4 - Avaliação da aprendizagem na Proposta Pedagógica
de Maria Montessori, Capítulo 5 - Avaliação da aprendizagem escolar na
Pedagogia de John Dewey<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"> LIVRO I,</span><span style="font-size: 18.6667px;"> Parte C, </span><span style="font-size: 14pt;">aborda a avaliação da aprendizagem nas
Teorias da Tecnologia Educacional:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 6 – Avaliação da aprendizagem em Ralph Tyler</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Capítulo 7 – Avaliação da aprendizagem em Benjamin Bloom</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Capítulo 8 – Avaliação da aprendizagem em Norman Gronlund<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">A parte da obra denominada LIVRO II, contém um único capítulo dedicado à abordagem do tema - Avaliação da aprendizagem: do presente para
o futuro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">E, finalmente, encerrando o livro, um texto intitulado - Concluindo
a presente publicação: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Posturas do
professor no processo de ensinar e aprender.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Aao final do livro, o leitor encontrará ainda uma longa
bibliografia sobre a temática da avaliação da aprendizagem tratada no decurso das páginas do livro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Importa que o leitor possa observar que, ao longo da história
da Modernidade e da Contemporaneidade, períodos nos quais foram constituídas as
propostas pedagógicas conhecidas como Tradicionais, Escolanovistas e da Tecnologia
Educacional, o tratamento predominante da fenomenologia da avaliação da
aprendizagem está comprometido com a investigação da qualidade da aprendizagem
dos estudantes, cujos resultados subsidiam as decisões dos educadores tendo em
vista investimentos na aprendizagem satisfatória <i>por parte de cada um e todos os estudantes </i>matriculados em nossas instituições educativas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">O presente post traz uma notícia sintética a respeito do
livro por mim publicado, através da Cortez Editora, São Paulo, 2021 – <i>Avaliação
da aprendizagem escolar: passado, presente e futuro</i> –, no qual os conteúdos
abordados são fundamentais para todos nós profissionais que atuamos nas instituições
de ensino, investindo na aprendizagem satisfatória e no consequente desenvolvimento de cada
um dos estudantes com os quais atuamos no ensino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Desejo a todos, uma boa leitura e muitas aprendizagens, tendo
sempre como perspectiva o sucesso de nossa ação como educadores e como educadoras
que atuamos nas instituições de ensino desse nosso imenso país.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Bons estudos a todos!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></p>Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-26936149156300292342020-08-25T22:36:00.007-03:002023-11-14T15:01:51.613-03:00140 - RETOMANDO SINTETICAMENTE O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM COMO UMA INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE DO APRENDIDO<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">140 - RETOMANDO SINTETICAMENTE
O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM COMO UMA INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE DO APRENDIDO<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Retomando o exposto nos
textos anteriores, reafirmo que o ato de avaliar é um ato de investigar a
qualidade da realidade, cujo resultado, a depender de nossas escolhas e
decisões, pode subsidiar nosso modo de agir na busca dos melhores resultados
decorrentes de nossa ação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Na prática de ensino, após a
elaboração do instrumento de coleta de dados com os cuidados necessários --- anteriormente
assinalados: (01) mapa de conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula,
(02) linguagem compreensível, (03) compatibilidade entre ensinado e aprendido
em termos de conteúdos e metodologia utilizada no ensino, e, (04) precisão
naquilo que se solicita ---, importa utilizá-lo na coleta de dados a respeito
da aprendizagem de cada um dos estudantes. No dia a dia da escola, dizemos:
“Fazer avaliação” ou “aplicar o teste”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Um instrumento de coleta de
dados para a avaliação, desde que elaborado com adequação epistemológica, como
descrito em textos anteriores, terá o mérito de nos subsidiar, como educadores,
no investimento efetivo na aprendizagem de nossos estudantes. Os resultados da
investigação avaliativa nos permitem tomar decisões de como continuar na
prática do ensino que estamos realizando: rever conteúdos, re-ensinar,
prosseguir... <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Enfim, os resultados de uma
prática investigativa da qualidade da aprendizagem por parte dos estudantes
subsidiam nossas decisões como gestores da sala de aula. Com os resultados em
mãos, podemos considerá-los satisfatórios, como também temos a possibilidade de
considerá-los, por um momento, insatisfatórios, e, a seguir, tomar decisões de
rever ou re-ensinar até que todos os nossos estudantes aprendam e, com isso,
tenham recursos internos para seu próprio desenvolvimento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">A investigação avaliativa,
afinal, é nossa parceira a “nos avisar se nossos atos já produziram os
resultados desejados ou se ainda importa investir mais, tendo em vista obter os
resultados com a qualidade previamente definida”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Desse modo, após adequada
elaboração do instrumento de coleta de dados (testes, provas, orientação para
atividades...), cabe aplicá-lo, e, a seguir, proceder sua correção. Caso revele
resultados satisfatórios, ótimo, segue-se em frente; caso revele resultados
insatisfatórios, cabe decidir por re-investir na efetiva busca dos resultados
desejados --- conduta adequada ---, ou decidir “inadequadamente” por deixar os
resultados como se encontram.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;">Essa é uma decisão que cabe a
nós educadores no seio da sala de aula no conjunto de nossas relações
pedagógicas com os estudantes com os quais assumimos a responsabilidade de
ensiná-los no âmbito de conhecimentos de nossa especialidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: times; line-height: 107%;"><span>Desejo a todos bons estudos,
boas aprendizagens e bons cuidados com nossos estudantes no cotidiano escolar.
Afinal, chegaram até nós para aprender e, por essa razão, desenvolver-se como
seres humanos, como cidadãos e como profissionais (como “profissionais”, se não
agora, no futuro).</span><span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<span style="font-family: times;"><br /><br />
<br />
<br />
<br /></span>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-23194430197889244092020-08-25T22:33:00.002-03:002023-11-14T14:40:26.839-03:00139 - PRECISÃO<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">139 - PRECISÃO<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">A quarta característica fundamental
que deve se fazer presente em todo e qualquer instrumento de coleta de dados
para a prática da avaliação da aprendizagem é a “precisão”, ou seja, educador e
estudante devem ter a mesma compreensão a respeito daquilo que se solicita em
uma pergunta, em uma questão ou em uma tarefa a ser realizada como expressão da
posse de um conhecimento e de uma habilidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">A precisão está comprometida
com a “delimitação da conduta” a ser expressa pelo estudante ao responder a uma
solicitação de desempenho que lhe é feita. A precisão está comprometida com o
contorno daquilo que se solicita, como também com o contorno da resposta que
deve ser dada pelo estudante, de tal forma que ele possa demonstrar que
aprendeu aquilo que lhe fora ensinado, ou seja, mostrar que ele adquiriu a
compreensão e a habilidade relativa ao determinado conteúdo que está em pauta
na questão proposta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">Certa vez, em um Seminário,
a respeito da exigência da “precisão” nas questões propostas ao estudante,
através dos instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem,
ouvi o seguinte relato hilário de um conferencista, mas, ao mesmo tempo,
fundamental.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">Dizia o conferencista que
fora perguntado: “Que fez D. Pedro I no ‘Dia do Fico’?” Resposta do estudante:
“Ficou”. Sem a contextualização do conteúdo, todas as respostas são possíveis,
inclusive as jocosas. O leitor deste texto, creio, deve conhecer muitos outros
relatos jocosos, que circulam pelos meios de comunicação, em especial pelas
Redes Sociais, tendo como base a “imprecisão” daquilo que se solicita ao
estudante.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">Num diálogo presencial,
facilmente, haveria o esclarecimento daquilo que se pergunta. Todavia, em um
teste escrito, essa possibilidade permanece muito mais remota.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">Enfim, “precisão” é uma
característica fundamental de questões elaboradas e propostas aos estudantes em
testes que têm como objetivo investigar a qualidade da aprendizagem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">Sintetizando os quatro
últimos textos publicados neste blog: um instrumento de coleta de dados para a
avaliação da aprendizagem na escola deve ter minimamente as seguintes
características:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">(01) abranger
os conteúdos trabalhados no ensino, nem mais nem menos que isso, desde que
importa ter ciência se o estudante aprendeu aquilo que fora ensinado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">(02)
usar linguagem compreensível para o estudante que irá responder as questões
propostas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">(03)
compatibilidade entre ensinado e aprendido em termos de conteúdos e
metodologia;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 1cm; text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">(04)
precisão na descritiva do desempenho solicitado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-size: large;">No próximo texto, será
retomada a integração dessas características necessárias a todo instrumento de
coleta de dados para a prática da avaliação da aprendizagem na escola.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-58934560675978946672020-08-22T12:46:00.004-03:002023-11-14T14:39:22.639-03:00138 - COMPATIBILIDADE ENTRE ENSINADO E APRENDIDO NA ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b>138 - COMPATIBILIDADE ENTRE
ENSINADO E APRENDIDO NA ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA A
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em texto anterior, publicado
neste blog, sinalizei os quatro cuidados que deveriam ser levados em conta na elaboração
de instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem no espaço
escolar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">No presente texto, partilho com os usuários deste blog a necessidade do cuidado com a
“Compatibilidade entre o ensinado e o aprendido” na construção do instrumento
de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem, ou seja, levar em conta na
coleta de dados exclusivamente “aquilo que foi ensinado” e “do modo” como
ocorreu o ensino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Que significa essa
proposição?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Significa que, na construção
de um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem, importa
ter cuidado em relação à compatibilidade (01) entre a abrangência dos conteúdos
trabalhados no ensino e a abrangência dos solicitados, (02) compatibilidade
entre o nível de dificuldade presente no ensino e aquele presente nas questões
propostas, assim como (03) entre a metodologia utilizada na abordagem dos
conteúdos nos procedimentos de ensino e a metodologia a ser utilizada na
resposta às questões propostas no instrumento de coleta de dados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Afinal, o educador escolar,
responsável pelo ensino, necessita ter ciência a respeito da efetiva
aprendizagem por parte do estudante; para tanto, importa saber se ele efetivamente
aprendeu aquilo que fora ensinado e da forma como fora ensinado (metodologia).Esse
deve ser o objetivo do uso de instrumentos de coleta de dados sobre o
desempenho do estudante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nesse contexto, vale ter
presente que aquilo que está “a mais do que fora ensinado”, estará em desacordo
com o fato de que o educador, avaliativamente, necessita ter ciência se o
estudante aprendeu aquilo que que fora ensinado; e aquilo que está “a menos do
que fora ensinado”, não permite ao educador ter ciência se o estudante aprendeu
efetivamente aquilo que fora ensinado. Então, a “compatibilidade entre ensinado
e aprendido” se apresenta como uma característica fundamental dos instrumentos
de coleta de dados para a avalição da aprendizagem. Afinal, trata-se de uma
investigação e esta pauta-se nos cuidados epistemológicos relativos a essa
atividade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em síntese, o instrumento de
coleta de dados, em primeiro lugar, deverá conter questões ou problemas a serem
resolvidos pelo estudante com nível equivalente de “complexidade” aos conteúdos
trabalhados em sala de aula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em segundo lugar, as
questões propostas não devem ser nem mais difíceis nem mais fáceis que o
ensinado, simplesmente compatíveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">E, por último, vale uma observação
a respeito da compatibilidade necessária entre a metodologia de abordagem dos
conteúdos ensinados e a utilizada para a prática de coleta de dados. Se o
ensino ocorreu por uma metodologia ativa, as questões devem seguir a mesma
metodologia. Se a metodologia utilizada no ensino trabalhou com abordagens
históricas, o mesmo deve ocorrer no instrumento de coleta de dados. O que não
deve ocorrer é o ensino ter sido realizado por uma abordagem metodológica e a
coleta de dados por outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em síntese, exclusivamente os
conteúdos ensinados de modo efetivo --- nem mais nem menos que isso --- devem
ser os conteúdos a compor o instrumento de coleta de dados para a avaliação da
aprendizagem no ensino escolar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""Verdana",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-20190075602269673752020-08-17T13:44:00.006-03:002023-11-14T14:36:41.692-03:00137 - LINGUAGEM COMPREENSÍVEL NA COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">137 - LINGUAGEM
COMPREENSÍVEL NA COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No texto anterior deste
blog, tratei da questão relativa à “abrangência e à especificidade” dos
conteúdos a serem abordados em um instrumento de coleta de dados para a
avaliação da aprendizagem que decorre de nossas intervenções ensinantes em na sala
de aula.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Nesta oportunidade desejo
tratar da segunda variável a, necessariamente, ser levada em conta na
construção dos instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem
dos estudantes em sala de aula; no caso, aprendizagem decorrente de nossas
intervenções pedagógicas “de ensino” em sala de aula como professores e
professoras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No cotidiano de nossas
vidas em nossas variadas relações, no contexto dos processos comunicativos ---
sejam eles comuns ou específicos ---, importa que o nosso interlocutor
compreenda aquilo que perguntamos ou aquilo que expomos, ou seja, importa o uso
de uma “linguagem compreensível”, que facilite o entendimento daquilo que
comunicamos, seja solicitando uma informação, seja oferecendo uma informação
sobre alguma coisa, ato, conduta... Sem esse entendimento, não há possibilidade
do encaminhamento de uma ação subsequente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No caso da coleta de
dados sobre o desempenho do estudante escolar em sua aprendizagem, tendo em
vista aquilatar sua qualidade, importa cuidado semelhante. Não há como ele
responder a uma questão contida em nosso instrumento de coleta de dados a
respeito de sua aprendizagem, caso não compreenda aquilo que estamos
solicitando.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Recordo-me que --- em
minha vida escolar pregressa, aqui e acolá, em um dia de “prova”, como se
denominava à época a aplicação de um instrumento de coleta de dados a respeito
da aprendizagem do estudante ---, ao chamar o professor e solicitar um
esclarecimento a respeito de uma determinada questão, que não estava
compreendendo, a resposta comum era: “Hoje, não posso responder àquilo que está
me perguntado. É um dia de prova”. Como responder, com adequação à uma pergunta
que não se está compreendendo? De fato, não há como cumprir bem uma tarefa, sem
sua compreensão; de fato, só podemos responder com adequação àquilo que
entendemos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Essa é a razão prela qual,
em um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem ---
teste, prova, questionário, tarefa a ser realizada ---, importa o uso de uma “linguagem
compreensível”. Sem compreensão daquilo que se pergunta, não há resposta
possível.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Então, ao professor, à professora,
no processo de elaboração de um instrumento de coleta de dados para a avaliação
da aprendizagem, cabe o cuidado com a linguagem compreensível.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">E, mesmo tendo tido esse
cuidado, se, no momento da coleta de dados, o estudante revela não ter
compreendido aquilo que perguntamos ou que colocamos como situação problema, importa
ajudá-lo a compreender aquilo que estamos lhe sendo solicitando. Impossível
responder com adequação quando não se compreende a pergunta ou aquilo que está
sendo solicitado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Então, no instrumento de
coleta de dados para a avaliação da aprendizagem, cabe o cuidado com uma “linguagem
plenamente compreensível e compatível com os conteúdos ensinados”, a fim de que
o estudante possa ter ciência daquilo que se lhe está pedindo como desempenho em
decorrência de sua aprendizagem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Sem o cuidado com a linguagem
compreensível, dificilmente, poderemos ter certeza de que o estudante compreendeu
aquilo que perguntamos, ou que colocamos como uma questão a ser respondida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No próximo texto, abordaremos
a questão da “compatibilidade entre ensinado e aprendido”, como um cuidado
necessário na elaboração de um instrumento de coleta de dados para a avaliação
da aprendizagem. Até lá!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-85916843356661242312020-08-16T14:38:00.004-03:002023-11-14T14:36:16.745-03:00136 - MAPA DOS CONTEÚDOS COMPONENTES DE UM INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">136 - MAPA DOS CONTEÚDOS COMPONENTES DE UM INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Cipriano Luckesi<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No último post deste blog, escrevi a respeito dos conteúdos a serem
levados em conta em uma prática de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem.
Então, recomendava, como primeiro cuidado: “servir-se de um ‘mapa’ daquilo que
fora ensinado e que o estudante deveria ter aprendido; ‘nem mais nem menos que
isso’. Perguntas para além ou para aquém do ensinado não ajudam a coletar dados
para a realização de uma avaliação do desempenho do estudante”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No presente texto, pretendo ampliar e aprofundar um pouco a compreensão
dessa recomendação; e, em textos subsequentes, pretendo ampliar a compreensão a
respeito das outras recomendações propostas para a elaboração de instrumentos
de coleta de dados, em conformidade com texto anterior, de número 138, deste blog.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">De modo usual, em nosso cotidiano escolar, não nos ocupamos de estar
suficientemente atentos ao mapa de conteúdos que deve servir de pano de fundo
para a elaboração do instrumento de coleta de dados para a avaliação da
aprendizagem, seja ele um teste, um questionário, uma orientação para uma
atividade prática, entre outras possibilidades.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Segue um exemplo usualmente presente em nosso cotidiano escolar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Nos procedimentos de ensino da “adição”, em Matemática, seguimos aproximadamente
os seguintes conteúdos: raciocínio aditivo, fórmula da adição, propriedades da
adição, solução de problemas simples, solução de problemas complexos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Como os temas iniciais parecem ser mais simples e fáceis, usualmente,
nos testes em sala de aula eles nem aparecem. São elaboradas e propostas
questões predominantemente relativas as operações com problemas mais complexos.
Todavia, para operar com problemas mais complexos, importa que o estudante
tenha adquirido as habilidades que subsidiam essa atividade de “solucionar problemas
complexos”. Sem elas, não há como o estudante ter um desempenho adequado nas habilidades
mais complexas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Então, importa ao professor, em decorrência dos procedimentos avaliativos,
ter ciência se o estudante adquiriu os conceitos, assim como as habilidades, no
caso da adição, a respeito do uso do raciocínio aditivo, da utilização da
fórmula da adição, de suas propriedades, assim como de sua aplicação na solução
de problemas simples e também complexos. Afinal, foram esses os conteúdos
trabalhados no ensino, em torno dos quais, como consequência, os estudantes
deveriam ter adquirido compreensão e habilidades em seus usos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">A investigação avaliativa, afinal, tem como objetivo, permitir ao gestor
da ação de ensino (professor/a) em sala de aula ter ciência se o estudante
adquiriu, ou não, o conhecimento proposto, articulado com a habilidade
correspondente. Se sim, ótimo; caso, contrário, importa ensinar de novo até que
o estudante manifeste ter adquirido a habilidade necessária, à medida que
tenhamos o desejo de que “todos” os estudantes sob nossa responsabilidade
aprendam aquilo que ensinamos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">No processo do ensino escolar, como também de qualquer ensino, importa “conjuntamente”
o ensinar-aprender. O “ensino” implica no seu correspondente “aprendizagem”. Não
há ensino --- tendo em vista ser efetivamente ensino --- sem aprendizagem, nem
aprendizagem sem ensino, mesmo que este provenha das lições da vida e não de um
tutor, seja esse tutor uma pessoa ou recursos de comunicação (livros, tapes, dicionários...).
Um ato de ensinar, sem uma aprendizagem, corresponde simplesmente a uma
comunicação, não propriamente a um ensino, desde que este, em sua
fenomenologia, “para efetivamente ser ensino”, exige uma aprendizagem
correspondente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Desse modo, como consequência dessa compreensão, a elaboração e uso de
um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem por parte do
estudante implica o uso de um “mapa” dos conteúdos ensinados, de tal forma que
o educador em sala de aula possa ter ciência da efetiva aprendizagem, ou não, por
parte de seus estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Caso os resultados da aprendizagem dos estudantes se manifestem positivos,
ótimo; caso, se manifestem negativos e efetivamente desejamos que eles sejam
positivos, o caminho metodológico é ensinar de novo, de novo e de novo, quantas
vezes forem necessárias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Em síntese, tendo em vista ter ciência, através do ato avaliativo da
aprendizagem, se os estudantes efetivamente aprenderam o que fora ensinado,
importa sempre, como “recurso prévio à elaboração de um instrumento de coleta
de dados sobre a aprendizagem”, servir-se de uma mapa (um roteiro) do que fora
ensinado como conteúdo essencial e que o estudante deveria ter aprendido,
conjuntamente como informação/habilidade. Nada mais, nada menos que isso: um
mapa do que fora ensinado e deveria ter sido aprendido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face="Verdana, sans-serif">Nos artigos subsequentes deste blog investiremos na compreensão de
outras variáveis necessárias a serem levadas em conta na elaboração de
instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem: linguagem
compreensiva, correspondência entre ensinado e aprendido, precisão nas
solicitações.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #050505; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: georgia;"><span face="Verdana, sans-serif">Desejo bons estudos!</span><span style="font-family: georgia;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-53236930866650940972020-08-01T14:45:00.005-03:002023-11-14T15:04:36.007-03:00135 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR COMO INVESTIGAÇÃO DA SUA QUALIDADE<span style="font-family: times; font-size: large;"><br />
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">135 – AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM ESCOLAR COMO INVESTIGAÇÃO DA SUA QUALIDADE<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">O ato de avaliar a aprendizagem
dos estudantes, no decurso de um ano letivo, é um ato de investigar a sua
qualidade, tendo como consequência subsidiar decisões. Tenho insistido em
textos anteriores deste blog que o ato de avaliar a aprendizagem se encerra
quando a qualidade da aprendizagem do estudante é revelada. A decisão, com base
no resultado dessa investigação, já não pertence mais ao ato de avaliar, mas
sim ao ato de “tomar decisão” com base na qualidade revelada, seja ela positiva
ou negativa. Temática já abordada em textos anteriores neste blog.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Epistemologicamente, para
se chegar ao conhecimento da qualidade da realidade, decorrente de uma
investigação avaliativa, importa dois passos: (01) a descritiva da realidade a
ser avaliada e (02) a atribuição da qualidade à realidade investigada através
da comparação da realidade descrita com um padrão de qualidade previamente
assumido como satisfatório.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Tendo em vista “ter
ciência da realidade” no que se refere à aprendizagem do estudante, importa ter
presente que a aprendizagem se dá no interior da pessoa, cujo desempenho será
qualificado; fator que implica na necessidade de coleta de dados, através de
recursos que “convidem” o estudante a expressar aquilo que aprendeu,
respondendo a perguntas, a situações problemas, apresentando demonstrações,
desempenhos...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Estando em frente a uma
pessoa, seja ela criança ou adulto, não há como ter ciência do que se passa
dentro dela, a menos que ela revele, seja por suas posturas, seus estados de
ânimo expressos através de condutas, gestos... ou por relatos a partir de indagações
ou solicitações de desempenhos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">No caso da aprendizagem
escolar, não há como ter ciência da qualidade --- positiva ou negativa --- da
aprendizagem de um estudante, a menos que ele revele aquilo que vai por dentro
de seu sistema cognitivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Para tanto, importa que
quem pratica o ato avaliativo --- no caso da investigação da qualidade da aprendizagem
do estudante ---, necessita servir-se de recursos que “convidem o estudante a
revelar aquilo que ele aprendeu”, em termos dos conteúdos ensinados, de sua compreensão,
das habilidades adquiridas, da capacidade de proceder aplicações do aprendido,
assim como a capacidade de avaliar o conteúdo aprendido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Em síntese, uma conduta
aprendida permanece ancorada no sistema nervoso do aprendiz e só se revela se for
investigada, através de uma solicitação pela qual ele revele que aprendeu o que
fora ensinado ou que ainda não aprendera.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">As perguntas de um teste,
de uma entrevista, assim como a solicitação para o desempenho de uma tarefa com
base em uma determinada aprendizagem, são recursos dos quais nos servimos para
solicitar ao aprendiz que nos revele se já tem a posse daquilo que ensinamos
com a qualidade necessária da referida aprendizagem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times;"><span style="font-size: large;">Sem essa interlocução com
o aprendiz --- no caso da escola, com o estudante --- não há como ter ciência
se ele aprendeu, ou não, aquilo que fora ensinado. Essa interlocução pode
dar-se verbalmente ou por escrito, em suas mais variadas modalidades. No caso,
importa que o aprendiz revele sua aprendizagem, através de uma conduta que
possa ser observada, seja realizando uma tarefa, seja respondendo a um
instrumento de coleta de dados.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Para proceder a coleta de
dados sobre o desempenho do estudante em sua aprendizagem, importa:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 43.5pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -25.5pt;">
<span style="font-family: times;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 107%;"><span style="mso-list: Ignore;">(01)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 107%;">servir-se
de um “mapa” daquilo que fora ensinado e que o estudante deveria ter aprendido;
“nem mais nem menos que isso”. Perguntas para além ou para aquém do ensinado
não ajudam a coletar dados para a realização de uma avaliação do desempenho do
estudante;<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 43.5pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 43.5pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 43.5pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -25.5pt;">
<span style="font-family: times;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 107%;"><span style="mso-list: Ignore;">(02)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 107%;">uso
de uma “linguagem compreensível” nos procedimentos de coleta de dados. O
estudante necessita compreender o que se lhe pergunta. E, quando não
compreende, importa auxiliá-lo a compreender o que se solicita. Impossível
responder a uma pergunta se não se compreende aquilo que está sendo solicitado;<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 43.5pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -25.5pt;">
<span style="font-family: times;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 107%;"><span style="mso-list: Ignore;">(03)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 107%;">“compatibilidade
entre ensinado e aprendido”, em termos de conteúdos e metodologias utilizadas.
Se se ensina fácil, pergunta-se fácil; se se ensina de modo complexo, pergunta-se
de modo complexo; se se ensina com uma linguagem sofisticada, pergunta-se com
uma linguagem sofisticada. O mesmo ocorrendo com as metodologias utilizadas na
prática de ensino dos variados conteúdos escolares. Por exemplo, se ensino Língua
Portuguesa for realizado através de análise de texto, as perguntas deverão
decorrer de análise de texto; se o ensino ocorrer por Gramática, perguntas
características de gramática. Se o ensino História ocorrer de modo factual,
perguntas factuais; se ensino se der por relações histórico-sociais, perguntas
com características semelhantes. Se se deseja ter ciência se o estudante
aprendeu o que fora ensinado, não se pode ensinar e uma forma e perguntar por
outra;<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 43.5pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -25.5pt;">
<span style="font-family: times;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 107%;"><span style="mso-list: Ignore;">(04)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 107%;">precisão.
As perguntas formuladas necessitam ter precisão, ou seja, a questão formulada
deve explicitar as condições do entendimento e da resposta. Por exemplo: “O que
fez D. Pedro I”. Certamente que esse personagem histórico brasileiro “fez
muitíssimas coisas”; então, importa precisar, na pergunta, quando, onde,
como..., a fim de que educador/avaliador e estudante compreendam uma
determinada questão de modo equivalente. Fator que evita a dubiedade, afinal,
uma condição inadequada tanto para o estudante como para o educador.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span><span style="font-family: times; font-size: large;">Só após esse
instrumento de coleta de dados estar elaborado com essas quatro características
metodológicas básicas é que pode ser utilizado para investigar a aprendizagem
dos estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span><span style="font-family: times; font-size: large;">Após a aplicação
do recurso de coleta de dados, há que se corrigir as respostas praticadas pelos
estudantes através da comparação das mesmas com os conteúdos corretamente
compreendidos (forma como devem ter sido praticados no ensino).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span><span style="font-family: times; font-size: large;">Usualmente, em
nosso meio, os resultados dessa prática avaliativa são registrados notarialmente
através de convenções numéricas --- notas escolares de zero (0,0) a 10,0 (dez)
--- ou por símbolos alfabéticos --- tais como A, B, C, D, E ---, ou outra
modalidade de registro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span><span style="font-family: times; font-size: large;">No contexto deste
escrito, importa insistir na necessidade dos cuidados metodológicos com o
exercício do ato de avaliar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span><span style="font-family: times; font-size: large;">Para este texto,
bastam as considerações sobre a coleta de dados e a prática da atribuição de
qualidade à aprendizagem dos estudantes. Em momento posterior, cuidaremos da
questão do “uso dos seus resultados” , tendo em vista melhor desempenho seja na
prática do ensino em sala de aula, seja da aprendizagem por parte dos
estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: times; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-55043736961723241872020-07-26T16:27:00.002-03:002023-11-14T14:34:02.002-03:00134 - AVALIAÇÃO COMO INVESTIGAÇÃO E BASE PARA SUCESSIVAS E AJUSTADAS DECISÕES<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 107%;"><span style="font-size: large;">134 - AVALIAÇÃO COMO INVESTIGAÇÃO E BASE
PARA SUCESSIVAS E AJUSTADAS DECISÕES<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 107%;"><span style="font-size: large;">Cipriano Luckesi<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Já sinalizei aqui, em
post anterior, que existem três atos que todos os seres humanos,
universalmente, praticam nos mais variados rincões do Planeta. São eles: (1) investigar
o que é a realidade e como ela funciona; (2) investigar a qualidade da
realidade; (3) tomar decisões e agir tendo por base os resultados das duas
investigações anteriormente assinaladas. Esses três atos praticados por todos
os seres humanos decorrem de sua constituição evolutiva.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">No caso, o ato de avaliar
a aprendizagem de nossos estudantes em sala de aula faz parte da segunda área
de atuação do ser humano, assinalada acima, que é conhecer valores, qualidades,
base para escolhas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">A avaliação da
aprendizagem, no caso do ensino escolar, se realiza como um ato de investigar a
qualidade da aprendizagem dos estudantes, revelando-a.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A “decisão de agir”, tendo por base o resultado
revelado por essa investigação, já não pertence mais ao “ato de avaliar”, mas
sim ao “ato de tomar decisões” e, em consequência, agir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">O ato de avaliar subsidia
as decisões do sujeito da ação, que, com base no conhecimento da qualidade da realidade,
escolhe tanto agir, como também o modo de agir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Ao longo dos anos da
escolaridade no Ocidente, do século XVI aos nossos dias, a avaliação da
aprendizagem, vagarosamente, tornou-se independente em relação aos atos de
planejar e executar o ensino em nossas escolas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Nas “teorias pedagogias”
propostas ao longo desse período, os atos avaliativos da aprendizagem sempre
foram compreendidos como subsidiários dos atos de ensinar e aprender, Porém,
vagarosamente na História Moderna, e, “sem estar assentada nas teorias
pedagógicas” elaboradas e defendidas por correntes pedagógicas ou autores, os
atos avaliativos praticados no sistema escolar e em nossas salas de aula foram
se tornando independentes dos atos de ensinar e aprender.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Informo, porém, que,
mesmo tendo buscado informações, não consegui identificar uma referência
explícita entre os historiadores da educação assim como entre os historiadores
da avaliação da aprendizagem a respeito da “data histórica” em que o ato de
avaliar a aprendizagem na escola e o uso dos seus resultados para aprovar ou
reprovar estudantes em seu percurso de escolaridade tornaram-se independentes
dos atos pedagógicos de ensinar e aprender, como ocorre em nossos dias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">O professor José Carlos
Libâneo --- em sua Dissertação de Mestrado, sob o título “<span style="background: rgb(249, 249, 249); color: black; letter-spacing: -0.1pt; mso-color-alt: windowtext;">A prática pedagógica de professores da escola pública”, </span>como
requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação, PUC/SP, cuja defesa
ocorreu no ano de <span style="background: rgb(249, 249, 249); color: black; letter-spacing: -0.1pt; mso-color-alt: windowtext;">1984 --- </span>registrou, com base em depoimentos
coletados junto a educadores escolares da cidade de São Paulo, o modo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>independnte e autônomo como os atos
avaliativos da aprendizagem eram praticados em sala de aula com relação às
propostas pedagógicas anunciadas como orientadoras do ensino em sala de aula.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Com base nos depoimentos
dos participantes da investigação, foi possível classificá-los em tradicionais,
escolanovistas e tecnicistas; contudo, a prática avaliativa era realizada por
todos os participantes da pesquisa de modo equivalente, ou seja, “exclusivamente”
para aprovar/reprovar os estudantes em sua escolaridade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Ainda que, do ponto de
vista pedagógico, os participantes da referida investigação informassem orientar
suas ações segundo uma determinada concepção pedagógica, e, por isso, se
diferenciavam entre si, no que se referia às práticas avaliativas, todos agiam
de forma equivalente, servindo-se das provas e dos exames, modalidade de
conduta predominante em nossas atividades escolares.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">No caso, vale observar
que o período de tempo entre 1984, quando a coleta de dados para a investigação
acima citada fora realizada, e a presente data, perfazendo um total de 36 anos,
ocorre uma quantidade expressiva de anos do ponto de vista individual, mas não
do ponto de vista histórico-social, desde que a sociedade demanda muito tempo para
viabilizar uma mudança de conduta em grande número de pessoas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">A independência da
prática avaliativa da aprendizagem em relação às proposições pedagógicas passou,
no decurso do tempo em nosso cotidiano escolar, a representar um recurso de atemorização
aos estudantes, tendo em vista supostamente levá-los a estudar e aprender. Todos
nós, quando estudantes, tivemos medo em relação “às provas e aos exames”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Nessas ocasiões, como
expressão desse temor, tínhamos um suor frio entre nossos dedos ou em nossas
axilas. Constantemente, ouvíamos na sala de aula expressões como: “Estudem! As
provas vêm aí”. “Se preparem! Verão as questões que estou preparando para vocês
responderem”. “Estão brincando?!... Verão no dia das provas...”. “Se preparem,
as provas estão próximas”. Expressões que repercutiam --- e certamente ainda
repercutem --- em nossos ouvidos, assim como em nossas residências e famílias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Em texto anterior, no
espaço deste blog, sinalizei que, na história da escola no decurso da
Modernidade, não se encontra uma só teoria pedagógica que tenha prescrito o uso
dos resultados da investigação avaliativa da aprendizagem escolar “exclusivamente”
para os atos de aprovar/reprovar os estudantes nas séries da escolaridade
organizacionalmente estabelecida, assim como não se encontra uma “teoria
pedagógica, filosófica e cientificamente estabelecida,” que tenha proposto o
uso das provas e dos exames como recursos importantes para “estimular os
estudantes a se dedicarem aos estudos”. Mas, eu e todos os leitores deste
texto, ao longo de nossa escolaridade, ouvimos recomendações semelhantes, e,
certamente, já as utilizamos também repetindo inconscientemente aquilo que
aconteceu com cada um de nós.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Foi o uso dos resultados
da investigação avaliativa da aprendizagem exclusivamente para os atos de
aprovar/reprovar os estudantes que conduziu ao desaparecimento no cotidiano
escolar de sua compreensão como prática investigativa e base para decisões
pedagógicas construtivas nos atos de ensinar e aprender, como estava proposto
na “Ratio Studiorum” ou nas “Leges Scholae bene ordenate”, publicações já referenciadas
em textos anteriores desse blog. Historicamente sobreviveu, de modo
predominante, seu uso classificatório-probatório, possibilitando seu uso ameaçador.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">A meu ver, nós,
educadores escolares, fomos constituídos para o exercício de nossa atividade profissional
--- para além de nossas formações acadêmicas --- no seio de práticas comuns cotidianas
vivenciadas por todos nós a respeito do aprovar/reprovar. E, à medida que vivenciamos
esse contexto, ele se tornou tão comum em nossas vidas de tal forma que nem
mesmo nos demos --- ou não nos damos --- conta do significado epistemológico próprio
do ato de avaliar. De modo simples e pelo senso comum, aprendemos que provas,
exames e notas escolares são da forma que são, sem um aprofundamento
conceitual, que sempre se faz necessário em nossas vidas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Como consequência, o ato
de avaliar a aprendizagem dos estudantes, ao longo do tempo, vem sendo
praticado independente de sua característica investigativa e subsidiária de
novas decisões construtivas, assumindo, dessa forma, uma característica
exclusivamente classificatória-probatória. A prática cotidiana da avaliação da
aprendizagem em nossas escolas não tem sido a de investigar a qualidade da
efetiva aprendizagem dos estudantes em relação àquilo que fora ensinado e da
forma que fora ensinado, tendo em vista reorientações, se necessárias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Cabe, então, nesse
contexto, assumir compreender e praticar a avaliação como investigação da
qualidade dos resultados do ato pedagógico de ensinar em nossas escolas, cujo
resultado deve subsidiar nossas decisões, seja para promover nossos estudantes
na escolaridade, seja para reensiná-los, caso essa seja a necessidade, até que
efetivamente aprendam e, por isso, se desenvolvam.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Caso se constate, através
da avaliação, que a aprendizagem não tenha sido satisfatória, importa decidir
por ensinar mais, e mais, nossos estudantes, à medida que o único resultado
positivo de nossa ação de educadores escolares é que nossos estudantes efetivamente
aprendam aquilo que ensinamos. Em outras profissões, buscar-se-ão outros
resultados; na nossa, a aprendizagem de nossos estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">A investigação
avaliativa, que, no cotidiano escolar, denominamos de “avaliação”, é nossa
parceira a nos avisar que investimos e nossos estudantes aprenderam, ou que
investimos e somente parte de nossos estudantes aprenderam, ou que ensinamos e
eles ainda não aprenderam.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Se desejamos, pois, que
todos nossos estudantes aprendam e se desenvolvam como indivíduos e como
cidadãos, a investigação avaliativa é nossa parceira a nos avisar a respeito da
qualidade de suas aprendizagens, fator que nos possibilita tomar a decisão de
considerar que já atingimos a qualidade desejada em sua aprendizagem ou de considerar
que ainda não atingimos a qualidade necessária e, por isso, decidimos investir,
mais e mais, para que todos os nossos estudantes possam manifestar ter
aprendido satisfatoriamente aquilo que vieram aprender através de nossos atos pedagógicos
em sala de aula. Então, poderemos nos dar por satisfeitos com nossa capacidade
de ensinar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: times;"><br /></span></div>
<span style="font-family: times;"><span style="font-size: large;"><br /></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-29787701189318675222020-07-16T13:30:00.005-03:002023-11-14T14:30:50.933-03:00133– AVALIAÇÃO A SERVIÇO DO SUCESSO NA APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b>133 – AVALIAÇÃO A
SERVIÇO DO SUCESSO NA APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Cipriano Luckesi<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O modelo de escola
com ensino coletivo e simultâneo tem uma história de quase cinco séculos, de
meados do século XVI aos nossos dias, e, durante esse período, de modo
intermitente, variadas propostas pedagógicas sinalizaram a importância de cuidados
a favor da aprendizagem satisfatória por parte de todos os estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No espaço desses quase
quinhentos anos de História, naquilo que se refere à avaliação da aprendizagem,
os exames escolares aparecem exclusivamente no seio de duas propostas
pedagógicas, situadas no início desse longo período de tempo, sendo importante
sinalizar que sua prática estava posta “para além” dos cuidados com a aprendizagem
satisfatória por parte de todos os estudantes no decurso do ano letivo, estava posta ao seu final, como veremos a seguir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">A primeira dessas
propostas foi a jesuítica, portanto, de vertente católica, cuja sistematização
fora tornada pública em 1599, através do documento “Ratio atque institutio
studiorum Societatis Jesus” (Ordenamento e institucionalização dos estudos na
Sociedade de Jesus), usualmente conhecido por “Ratio Studiorum”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">E, a outra, a proposta
de vertente protestante, que fora partilhada publicamente, de modo especial, pelas
obras de John Amós Comênio, um bispo tcheco da Ordem dos Irmãos Morávios, sendo
uma delas a “Didática magna”, cuja primeira versão é de 1632, na Língua Tcheca,
vertida para a Língua Latina pelo próprio autor e publicada em 1657, e a outra
denominada “Leis para a boa ordenação da escola”, datada de 1653. Esta última
obra está constituída por uma normatização da educação escolar, através de
prescrições sob a forma de itens, semelhante à forma de redação da “Ratio
Studiorum”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Os interessados em
manusear e estudar esses documentos poderão, de um lado, servir-se da obra “O
método pedagógico dos jesuítas --- O Ratio Studiorum: introdução e tradução”,
da autoria do padre Leonel Franca,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Rio
de Janeiro, Editora Agir, 1952, onde se encontra o texto do documento original
traduzido do Latim para o Português<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pelo
autor dessa publicação; e, de outro lado, servir -se da obra “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Leges </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">scholae bene
ordinatae”</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">, relativa às
prescrições para a organização escolar no seio da comunidade protestante, com
tradução do Latim para o Italiano, realizada por </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Giuliana
</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Limit</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">i, sob o </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">título de </span><span lang="DE" style="font-family: "times new roman" , serif;">“Norme
per </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">un buon ordinamento delle scuol</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">e”</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">, publicado em “Studi e Testi Comeniani”, Roma,
Edizione dell’Ateneo, 1965, p. 47-107.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Na “Ratio
Studiorum”, no que se refere ao ensino nas denominadas Classes de Estudos
Inferiores, equivalentes ao hoje Ensino Fundamental no Brasil, os exames
estavam prescritos para serem realizados “por uma única vez” no decurso do ano
letivo, ao seu final.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Para o
acompanhamento dos estudantes no decurso dos meses do ano letivo, havia a “Pauta
do Professor”, uma Caderneta, contendo o nome de cada um dos estudantes da
turma de alunos, na qual o professor deveria fazer anotações relativas às
aprendizagens e condutas de cada estudante, assim como em relação aos seus
progressos; anotações que, por sua vez, seriam obrigatoriamente utilizadas pela
Banca de Exames, ao final do ano letivo, por ocasião dos exames escritos e
orais. A Pauta do Professor era o recurso de acompanhamento e de registro da
vida de cada estudante no decurso dos dias do ano letivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Nas obras de
Comênio, que tratam da vida escolar, em especial na <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Leges </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">scholae bene ordinatae”</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> (Leis para a boa ordenação da escola), está
definido que, na escola, haveriam exames ao final de cada aula, ao final de
cada dia de aula, ao final de cada semana, de cada quinzena, de cada mês, no
meio e ao final do ano letivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Contudo, vale sinalizar que Comênio, nessa
prescritiva constante de exames, entendia que haveria que ocorrer uma
intermitência no seu uso tendo em vista sinalizar para os estudantes a
necessidade e importância de estudar e aprender constantemente, afinal, no
decurso de todas as aulas. Frente a essa recomendação, somente os exames
semestrais e anuais seriam utilizados como base para as decisões de
aprovação/reprovação dos estudantes em suas aprendizagens. Os exames diários,
semanais, quinzenais, mensais tinham a função sinalizar para os estudantes a
necessidade da atenção e dos cuidados necessários com os estudos e consequentes
aprendizagens.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">A “Didática magna”, por sua vez, é uma obra voltada
mais para temas pedagógicos gerais, ainda que eventualmente faça referência à
questão dos exames escolares.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Outros autores, ao longo da História
Moderna, para além dos séculos XVI e XVII, como </span><span style="background: white; color: black; font-family: "times new roman" , serif;">Johann Friedrich Herbart</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">, final do século XVIII e início do XIX; Maria Montessori e John Dewey,
final do século XIX e primeira metade do século XX;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ralph Tyler, Benjamin Bloom, </span><span style="background: white; color: black; font-family: "times new roman" , serif;">Norman Gronlund</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">, segunda metade do século XX; todos propõem
que os atos avaliativos da aprendizagem na escola sejam recursos utilizados
para diagnosticar e tomar decisões a respeito do desempenho dos estudantes em
seus estudos, tendo em vista a busca do seu sucesso e não como recurso de aprovação/reprovação nos anos de escolaridade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Importa registrar que, em nossas escolas, no
seu cotidiano, os exames escolares, quando praticados ao longo do ano letivo,
recebem a denominação de provas --- como ocorre nas expressões: “provas
semanais”, “provas mensais”, “bimensais” ... --- permanecendo a denominação de
“exames” para sua prática ao final do ano letivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Frente aos registros anteriores, qual a
origem da prática com a qual nos deparamos hoje em nossas escolas relativa ao
uso permanente e sucessivo das provas e dos exames na vida escolar, tanto no
decurso dos meses, como ao final do ano letivo? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Não tenho referência, por mais que tenha procurado, de quando e como se
tomou a decisão do uso dos resultados das provas e dos exames de modo exclusivo para a arpovação/reprovação dos estuidantes escolares; evidentemente, se é que essa foi uma decisão tomada em um
determinado momento no tempo. Parece ter sido uma prática que se tornou habitual,
sem um marco temporal específico para seu início. Contudo, caso algum leitor tenha
informação relativa “ao momento histórico em que passamos ao uso quase que
exclusivo das provas e exames”, ficaria agradecido por essa informação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O fato é que esse modo de agir com a prática
das provas e dos exames, de modo quase que exclusivo em nossas escolas, emerge
no decurso da sociedade moderna --- na qual, socialmente, os cidadãos estão
classificados em classe alta, classe média e classe baixa, sendo que as grandes
massas populacionais se encontram classificadas na classe baixa ---, repetindo o
modelo das classes sociais, ou seja, poucos aprovados e muitos reprovados, o que significa
poucos incluídos e muitos excluídos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Nesse contexto, a universalização dos
exames, também denominados de provas no decurso do ano letivo, parece ser uma
prática instituída ao longo do tempo no seio do modelo social moderno no qual
vivemos, sem um ponto específico no tempo, no qual teria sido tomada a decisão
de agir segundo essa modalidade de conduta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Provas e exames escolares, estatisticamente no
Brasil, estão na base de uma larga exclusão social de estudantes via a escola,
através de múltiplas e sucessivas reprovações, justificadas pelas baixas notas
escolares obtidas no decurso do ano letivo. Evidentemente, uma larga exclusão
social daqueles que tiveram a possibilidade de ingressar em nossas escolas, à
medida que existe um quantitativo de crianças e adolescentes que nem mesmo
tiveram ou têm acesso à escolaridade em nosso país.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Estatisticamente, de cada 100 crianças que
ingressam na primeira série do Ensino Fundamental, em nosso país, 16 anos
depois --- tendo passado pelas séries do Ensino Fundamental, pelos anos de
escolaridade do Ensino Médio e pelos anos de estudos universitários --- em
média, aproximadamente, 20 estudantes, ou menos que isso, obtém um diploma
universitário, fator que representa uma devastadora exclusão social via a
escola.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Então, se desejamos investir em um modo social
inclusivo em nosso meio social com as contribuições da escola, importa que nós
educadores escolares --- do Ensino Fundamental à Universidade ---, cuidemos da
efetiva aprendizagem e consequente desenvolvimento de nossos estudantes.</span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Nesse
contexto, a avaliação será a parceira de todos e de cada um de nós “a nos
avisar” se nossas atividades de ensino estão produzindo os resultados desejados
junto aos estudantes com os quais trabalhamos pedagogicamente, ou não. E, t</span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">er ciência daquilo que ocorre na realidade, em termos de sua qualidade, permite decidir, sendo necessário, a investir mais e mais na busca dos resultados desejados No caso do ensino, investir
mais e mais em nossos estudantes para que efetivamente aprendam e se integrem
na vida social com a melhor qualidade possível.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Em síntese a avaliação não deve estar posta,
de modo autônomo, para aprovar/reprovar estudantes em nossas escolas, do Ensino
Fundamental à Universidade, mas sim como nossa auxiliar --- nossa parceira --- a
nos avisar se os estudantes, aos quais dedicamos nossos atos de ensinar, já
atingiram o nível desejado de aprendizagem ou a nos avisar que eles “ainda não
atingiram esse nível”, razão pela qual importa escolher investir mais, e mais, em
sua aprendizagem, na busca da satisfatoriedade por parte de “todos” os
estudantes que se encontram sob nossa responsabilidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No país, da
pré-escola à Pós-graduação, somos aproximadamente dois milhões e quatrocentos
mil educadores atuando em nossas escolas, da creche à universidade. Temos um
poder em mãos que necessitamos reconhecer e utilizar em função da qualificação
de todos, como seres humanos e como cidadãos, tendo em vista uma vida social
saudável para todos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">A avaliação da
aprendizagem, por si, não resolve essa ou qualquer outra questão pedagógica ou
social, mas ela --- se praticada de modo adequado --- é a parceira a nos avisar
a respeito do sucesso ou do insucesso de nossa atividade profissional, que está
vinculada à aprendizagem e ao desenvolvimento de nossos estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Não é o ato
avaliativo, que, por si, decide sobre a vida dos estudantes, mas sim nós os
educadores, gestores de nossas salas de aula, que decidimos investir mais ou
investir menos em suas aprendizagens. A aprendizagem é um fator essencial
para desenvolvimento de cada um, assim como para sua integração social como
cidadão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">A história nos
convida a agir a favor da aprendizagem e a favor da consequente cidadania para
todos que vivem nesse imenso país e a avaliação, no âmbito escolar, é a
parceira a nos sinalizar --- a nós educadores escolares --- se estamos
conseguindo contribuir para esse objetivo ou se importa investir mais e mais
para que todos nossos estudantes aprendam, se desenvolvam e adquiram recursos
formativos tendo em vista uma vida saudável para si mesmos e para todos.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<br /></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-58370036860429865402020-07-12T14:07:00.005-03:002023-11-14T14:29:56.557-03:00132 -- AVALIAR COMO UM DOS TRÊS ATOS UNIVERSAIS PRATICADOS PELO SER HUMANO<b><br /></b>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><b>132 - AVALIAR COMO UM DOS TRÊS ATOS UNIVERSAIS PRATICADOS PELO SER HUMANO</b></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Cipriano Luckesi</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="text-indent: 35.45pt;">Josef-Léon Cardijn, fundador, em 1923, na
Bélgica, da organização católica Juventude Operária Católica (JOC), estabeleceu
como seu slogan “Ver, julgar e agir”. Esses três verbos representam os três
atos universais que todo ser humano pratica cotidianamente, 24 horas por dia:
“conhecer fatos e seu funcionamento”, “conhecer valores” e “agir”.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;">(01) “Ver” significa conhecer o que é a realidade e como ela funciona; (02)
“julgar” significa investigar e reconhecer qual a qualidade da realidade; e (03)
“agir”, significa, com base no conhecimento do que é e como funciona a
realidade, assim como de sua qualidade, tomar decisões e agir.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Pois bem, o “ver” está comprometido com o
conhecimento da realidade, estudando o que ela é, e seu funcionamento, seja
pelo senso comum, seja pela ciência. Já </span><span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"> </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">o
ato de avaliar é o ato de investigar a qualidade da realidade, que traduz o ato
de “julgar” do slogan da JOC, que, por sua vez, subsidia o “ato de tomar decisões
e agir”. Desse modo, o ato de avaliar se realiza exclusivamente como um ato de
investigar e revelar a qualidade da realidade. O “agir” pertence ao gestor da
ação que, com base no conhecimento da qualidade da realidade, “toma decisões a
respeito do que fazer, propriamente do agir”.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Tomando essa compreensão a respeito do ato de "</span><span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">investigar
a qualidade"</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"> da realidade (avaliação) e, com base nos seus resultados
investigativos, a consequente "</span><span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">tomada de decisões"</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"> (agir), facilmente
chegamos à compreensão de que quem toma decisão não é o avaliador, mas sim o
gestor da ação. A investigação avaliativa encerra sua ação no momento que
revela a qualidade da realidade. E o uso dos resultados dessa investigação pertence
ao âmbito de decisão do seu gestor.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Transpondo essa compreensão para as atividades
de ensino-aprendizagem na escola e na sala de aula, onde múltiplos atos
avaliativos ocorrem, importa que, no cotidiano, consigamos em nossas ações ter
presente que esses dois atos --- avaliar e tomar decisão --- pertencem a dois
diferentes personagens, ainda que praticados pela mesma pessoa. Um ato pertence
ao avaliador --- investigar a qualidade da realidade --- e o outro ao gestor da
ação --- tomar decisão.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">O professor/a em sala de aula exerce os dois
papéis: de gestor/a e de avaliador/a. Gestor/a da sala de aula, desde que
responsável por "</span><span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">administrar"</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"> tudo o que ocorre nesse espaço pedagógico,
mas ao mesmo tempo "</span><span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">avaliador/a"</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">, desde que o ato de avaliar pertence ao
modo de ser de cada um de nós nas 24 horas do dia, como também em nossas ações
profissionais. Avaliar e gerir são dois atos diferentes do mesmo personagem,
que, no caso da sala de aula é o professor/a.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Na história da educação escolar, do século XVI
para cá, vagarosamente o ato de avaliar, que ao longo desses anos se denominou “examinar”,
deixou de ser um ato subsidiário dos atos de ensinar-aprender, como, de forma epistemologicamente
adequada, se encontra exposto nos documentos pedagógicos dos séculos XVI e
XVII, para ser exclusivamente um ato de aprovar/reprovar os estudantes.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Na “Ratio Studiorum”, documento de 1599, que
ordenou a Pedagogia Jesuítica, havia a obrigação do uso da “Pauta do Professor”,
uma caderneta na qual o professor deveria registrar diariamente, no decurso do
ano letivo inteiro, a vida escolar de cada estudante. Esse era o recurso de “acompanhamento
do estudante durante o ano letivo”. Os exames ocorriam por uma única, ao final
do ano letivo, que, na Europa, ocorria antes das férias da Páscoa. Já John Amós
Comênio --- em sua obra “Diática Magna”, publicada na língua tcheca em 1627,
conhecida como “Didática Tcheca”, e traduzida para o latim pelo próprio autor.
em 1657, sob o título “Didática Magna” --- propôs os exames escolares, que com
mais especificação, foram configurados na obra “Leis para a boa ordenação da
escola”, de 1653.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">No caso, os exames escolares, na proposta
comeniana, mais que uma forma de aprovar/reprovar, eram recursos a serem
utilizados para estimular os estudantes a se dedicarem aos estudos e à
aprendizagem. Propôs exames a serem praticados ao final de cada aula, ao final
de cada dia letivo, ao final de cada semana. aos sábados (daí a denominação
conhecida de todos nós, “sabatina”), de cada quinzena, de cada mês, de semestre
em semestre e ao final do ano letivo. De fato, para a aprovação/reprovação
subsidiavam os exames semestrais e anuais, os outros tinham como destino manter
os estudantes atentos às suas aprendizagens.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">O modelo do uso de exames com destino exclusivo
à aprovação/reprovação dos estudantes em nossas escolas foi sendo constituído
ao longo do tempo nos variados sistemas escolares, chegando a nós, seja como
estudantes (que fomos), seja como professores (que somos).</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Se efetivamente desejamos auxiliar “todos os
nossos estudantes” a atingirem a maestria nas aprendizagens dos conteúdos com
os quais trabalhamos no ensino, importa tomar um novo caminho --- diverso dos
exames escolares conhecidos de nós todos --- vinculado ao conceito epistemológico
do ato de avaliar, que é “subsidiar a busca do melhor resultado decorrente de
nossa ação”.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">É dessa forma que agimos no dia a dia. Sempre
buscamos resultados positivos em nossas ações. Por que não na sala de aula? Católicos
e protestantes dos séculos XVI/XVII investiram nisso. Qual a razão para não retomarmos
a meta do sucesso da aprendizagem de “todos os nossos estudantes”?</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">O investimento nessa meta será saudável para
todos para todos os nossos estudantes, nós como profissionais da educação institucional,
assim como para a sociedade como um todo.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 35.45pt;">Se dessa forma agirmos, estaremos fazendo jus à
epistemologia do ato de avaliar, que é subsidiar decisões adequadas tendo em
vista a obtenção de resultados satisfatórios desejados decorrentes de nossas
ações.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><b><br /></b></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large; line-height: 107%;"><br /></span></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-65930475728949922752019-05-25T13:33:00.006-03:002023-11-14T14:29:32.216-03:00131- IMPORTÂNCIA DO GESTOR NO ATO PEDAGÓGICO<br />
<h2 style="line-height: normal;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-large;"> <b>131 - </b><b>IMPORTÂNCIA DO GESTOR NO ATO PEDAGÓGICO</b></span></span></h2>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Cipriano Luckesi</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Um participante do Facebook, Renê Silva, postou
uma mensagem que envolvia o meu nome, como o leitor poderá constatar no texto
que se segue. Minha postagem está dividido em duas Partes. Na primeira, está reproduzida
a mensagem de Renê Silva; na segunda, seguem algumas observações de minha parte,
que, a meu ver, se somam às do autor do texto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Fico agradecido pela possibilidade de postar
uma nova mensagem, seja no site que mantenho no Google, seja no Facebook,
estimulado pelo referido texto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">PARTE I<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Mensagem postada por Renê Silva no Facebook, na
data de 24 de maio de 2019.<o:p></o:p></span></span></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr style="height: 7.5pt; mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="height: 7.5pt; padding: 0cm;"></td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 0cm;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">NOVO ENSINO MÉDIO<o:p></o:p></span></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">Desde ontem estou em
Feira de Santana participando do Encontro Formativo sobre Novo Ensino Médio
promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia. O Prof. Roberto
Alves, que coordena o encontro tem sido didaticamente muito perspicaz em suas
orientações. </span></span><span class="mbtext"><span color="windowtext" style="font-family: "times new roman" , serif;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">Para muito além das
críticas e outros interesses que podem estar por trás, a BNCC e a proposta do
Novo Ensino Médio trazem questões muito interessantes, que vem sendo
discutidas e defendidas por muitos educadores pesquisadores há muito tempo.</span></span><span class="mbtext"><span color="windowtext" style="font-family: "times new roman" , serif;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O fomento ao
protagonismo do estudante, prática de metodologias ativas, uso pedagógico de
recursos digitais, trabalho multi, inter, transdisciplinar, não são
discussões que surgem agora com o Novo Ensino Médio. Mudar o sistema de
organização do Ensino Médio não vai garantir a mudança de prática pedagógica.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">O risco que vejo, é
de mudar conceitualmente a estrutura sem mudar as práticas. Como exemplo,
para ilustrar esse risco, conto uma experiência que vivenciei em Planaltino
com o, na época, Secretário de Educação e hoje prefeito Zeca Braga.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">N</span></span></span><span class="mbtext" style="font-size: x-large;"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">os idos dos anos
2000 e alguma coisa, fomos nós dois participar de uma formação em Salvador,
onde em uma das atividades escutamos uma aula do Prof. Cipriano Luckesi. </span></span><span class="mbtext" style="font-size: x-large;"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">Avaliação era e
ainda é um tema que nos inquieta.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Para resumir, ao
retornar, tivemos a ideia de ampliar essa discussão com a rede e propor a
mudança de registro da aprendizagem dos alunos de nota para conceito.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Na nossa ingênua boa
intenção, acreditávamos que com essa mudança, conseguiríamos trazer uma
compreensão diferente da finalidade da avaliação da aprendizagem. Quebramos a
cara. Apesar de todas as discussões, as resistências e dificuldades de
compreensão da proposta venceram (culpa nossa, pois não demos tempo
suficiente para os aprofundamentos), e foi montada uma estratégia de
equivalência entre conceitos e nota.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Os conceitos iam de
A até E, sendo A "o estudante alcançou satisfatoriamente as competências
e habilidades propostas" e E "o aluno não minimamente as
competências e habilidades propostas". Queríamos que a avaliação
estivesse realmente voltada para a aprendizagem dos objetivos propostos, das
competências e habilidades. Ai, esqueceram os objetivos, e A virou de 8 a 10,
B de 6 a 7,9, C de 4 a 5,9, D de 2 a 3,9 e E de 0 a 1,9. Não mudou o olhar, a
prática pedagógica. Nossa ingenuidade levou a um fracasso.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Mesma situação de
risco vejo hoje com o Novo Ensino Médio. Os Itinerários Formativos a serem
construídos, podem continuar sendo apenas mais do mesmo, mudando o nome de
aula para Itinerário, onde a proposta de aprofundamento pode virar apenas
mais uma aula comum. Não vejo que a mudança no sistema garantirá mudanças de
práticas.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Lógico que por força
de Lei essa mudança de organização já está imposta, mas não será a Lei que
garantirá mudanças de práticas, até porque, mudanças de práticas demandam
vários fatores, que vão desde formação até condições efetivas de trabalho
para implementação de novas práticas.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="mbtext"><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;">Precisaremos de
muitos espaços de diálogos com os colegas professores para juntos repensarmos
nossas práticas.</span></span><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">PARTE II<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Seguem as considerações que fiz, em função do
texto acima, postado no Facebook na página de Renê Silva. Além da gratidão pela
citação de minhas contribuições para a fenomenologia da avalição em educação,
algumas observações a partir de sua postagem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 12pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-size: large;"><span face=""helvetica" , sans-serif" style="color: #1d2129;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span><span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;">René Silva</span></span></span><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"> escreveu: “Tivemos a ideia de ampliar essa discussão com
a rede e propor a mudança de registro da aprendizagem dos alunos de nota para
conceito. Na nossa ingênua boa intenção, </span></span><span style="color: #141823; font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">, acreditávamos que com essa mudança, conseguiríamos trazer uma compreensão diferente da finalidade da avaliação da aprendizagem. Quebramos a cara</span><span style="font-size: large; text-indent: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;">.”</span></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 12pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">De fato, notas (registros numéricos) ou
conceitos (registros alfabéticos) não têm a ver com a fenomenologia da prática da
avaliação da aprendizagem, mas sim como formas administrativas e sintéticas de
registrar a classificação do estudante em termos de sua aprendizagem de
determinados conteúdos escolares; classificação realizada pelo sistema de
ensino (no caso, pelo professor, pela professora e, a seguir, nos documentos
oficiais da escola e do sistema de ensino). O registro não está comprometido
diretamente com a prática avaliativa. É um registro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Avaliação, como você sabe, é o processo de
investigar a qualidade da aprendizagem dos estudantes em decorrência da
atividade do ensino-aprendizagem, cujos resultados da investigação possibilitam
decisões corretivas, se necessárias. Notas ou conceitos são formas de registrar
a memória das aprendizagens dos estudantes, segundo determinados critérios de
aprendizagem assumidos. Uma atividade externa ao ato avaliativo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white;">2. <span style="mso-spacerun: yes;"> O autor do texto ainda</span> registrou: “Mesma
situação de risco vejo hoje com o Novo Ensino Médio. Os Itinerários Formativos
a serem construídos, podem continuar sendo apenas mais do mesmo, mudando o nome
de aula para Itinerário, onde a proposta de aprofundamento pode virar apenas
mais uma aula comum. Não vejo que a mudança no sistema garantirá mudanças de
práticas. Lógico que por força de Lei essa mudança de organização já está
imposta, mas não será a Lei que garantirá mudanças de práticas, até porque,
mudanças de práticas demandam vários fatores, que vão desde formação até
condições efetivas de trabalho para implementação de novas práticas.
Precisaremos de muitos espaços de diálogos com os colegas professores para
juntos repensarmos nossas práticas”.<o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">A meu ver, perfeita sua observação. No Brasil,
já tivemos várias propostas pedagógicas que não foram à frente, vinculadas às
Leis de 1961, de 1971, de 1996. Agora, temos a BNCC.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Não serão documentos que modificarão, para
melhor, a educação no país, mas sim o investimento em cada escola como um todo
(com seus gestores como líderes nos cuidados com os estudantes) e em sala de
aula. Os documentos configuram linhas de ação, porém, se elas não forem
traduzidas em práticas cotidianas, serão letras mortas, como tem ocorrido ao
longo do tempo. E, para isso, necessitamos que cada educador, em sua sala de
aula, assuma que seus estudantes irão aprender, ainda que as condições
materiais de ensino sejam precárias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Os estudantes vêm para a escola, tendo em vista
aprender. Eles não têm como dar conta das condições precárias das condições de
ensino; vem para a escola tendo em vista aprender.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">As reinvindicações por melhores condições nas
instituições de ensino terão que ocorrer nos movimentos sociais, nos sindicatos,
nos partidos políticos, nas bancadas eleitas para os órgãos públicos... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na sala de aula, há necessidade das melhores
aulas que pudermos ministrar, ainda que com condições precárias. Sempre haverá
a presença de quem ensina e quem aprende.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Fui uma criança multirrepetente e deixei de
sê-lo, junto com outros colegas de infortúnio, quando um professor de Língua
Portuguesa nos disse: “Vocês aprenderão, se forem bem ensinados. Irei cuidar de
vocês”. Repetência, no meu caso, nunca mais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No Brasil, hoje, somos aproximadamente, em
números redondos, 2.500.000 professores no Ensino Básico (Da creche ao Ensino
Médio, incluindo EJA), distribuídos por 5.500 municípios, e, no Ensino
Superior, também de forma aproximada, somos 410.000 educadores em sala de aula.
Por outro lado, o número de exclusão social via a escola é avassalador. De cada
100 estudantes que ingressam na 1ª. série do Ensino Fundamental, somente entre
15 e 20% concluem o Ensino Superior, dezesseis ou dezessete anos depois. Nossa,
excessivas repetências e saídas da escola, antes do tempo escolar definido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Tenho clareza das dificuldades e dos limites
que encontramos para exercer nossa atividade profissional, contudo, creio eu,
importa que cada um de nós e os milhares de professores praticantes do ensino
em nossas escolas tomem consciência do poder que têm em mãos e invistam em seus
estudantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Se, no espaço de vinte anos, ao invés de termos
1.000.000 de diplomados de Ensino Superior (= aproximadamente 20% dos
estudantes que ingressam na 1a. série do Ensino Fundamental, 16 ou 17 anos
antes), tivermos 4.000.000 de diplomados (= aproximadamente a 80% daqueles que
ingressaram no Ensino Fundamental, 16/17 anos antes), teremos um sociedade
muito diversa da que temos hoje. Ao invés de 20.000.000 de diplomados, em vinte
anos, teremos 80.000.000. A realidade social será outra.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Creio que, mesmo com condições adversas,
podemos garantir a aprendizagem satisfatória e a permanência de um maior número
de estudantes no ensino escolar formal do país. E, evidentemente, uma
consciência crítica mais consistente e mais saudável. Para isso, importa o investimento
profissional de cada um de nós em nossas práticas profissionais na escola e em
sala de aula.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Para isso, importa que nós educadores escolares
tomemos pé em todos os documentos oficiais tornados públicos, como a BNCC e
outros, contudo, para além deles, nossas habilidades em ensinar e nossos
investimentos em todos e cada um dos nossos estudantes. A avaliação, então,
será nossa parceira a nos revelar se nossas atividades já produziram os
resultados desejados e estabelecidos nos Planos de Ação e de Ensino ou, se
ainda, estão a exigir novos e novos investimentos, afim de que os resultados
desejados sejam obtidos. Afinal, é dessa forma que a avaliação atua no
cotidiano de cada um de nós.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Todos e quaisquer atos que praticamos em nosso
cotidiano são acompanhados por um ato avaliativo que nos revela se obtivemos o
resultado que desejávamos, ou não. Se sim, ótimo. Se não, cabe decidir:
desistir ou investir mais e mais, até que cheguemos aos resultados positivos. O
ato avaliativo é nosso parceiro na busca dos resultados desejados e planejados.
Ele nos revela a qualidade dos resultados de nossa ação. Cabe a nós decidir se
iremos permanecer com p “mais do mesmo” ou se vamos investir para obter um
resultado melhor e m ais significativo com nossa ação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No cotidiano de cada um de nós, os atos
avaliativos são quase que automáticos, de tal forma que quase que não nos damos
conta de que eles estão presentes; contudo, nas atividades profissionais, eles
são praticados de modo consciente, como metodologias específicas, que todos nós
conhecemos, ainda que possamos aperfeiçoá-las.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">A avaliação, no caso da prática educativa, tem,
única e exclusivamente, a possibilidade de nos revelar a qualidade dos
resultados de nossa ação. Com base neles, podemos decidir por investir mais e mais;
ou se decidimos nada mais fazer e “deixar as coisas como estão”. O ideal para
um gestor seria decidir investir mais, e mais, até obter os resultados
desejados. Um Secretário de Educação é o gestor da sua instituição, assim como
o diretor de uma escola, assim como um professor em sala de aula, assim como
cada um de nós em nossas vidas. O gestor toma decisões, a avaliação subsidia a
decisão. Ambas as atividades a serviço do sucesso dos objetivos que se tenha
com o projeto de ação.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: times new roman, serif; font-size: large;"><span style="background-color: white;">________________________________________________</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-81569202296867292482018-02-17T12:46:00.002-03:002023-11-14T14:29:03.707-03:00130 - FUNCIONALIDADE DO CONHECIMENTO, ENSINO E AVALIAÇÃO<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="text-indent: 0cm;"><span style="font-size: large;">Cipriano Luckesi</span></span><br />
<span style="text-indent: 0cm;"><span style="font-size: large;">ccluckesi@gmail.com</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O ato de conhecer reflexivo é próprio do ser humano. Por essa
característica, ele conhece, e, sabe que conhece (reflete = dobra-se sobre si
mesmo); fator que lhe permite ter consciência do seu conhecimento, das suas
possibilidades e dos seus limites. Nosso conhecimento é funcional e, desse
modo, nos permite uma relação eficiente com tudo o que nos cerca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Depois de obtido, o conhecimento permite nos relacionarmos com tudo
aquilo que está a nossa volta, a fim de que possamos administrar a vida de modo
eficiente. O conhecimento factual elucida a realidade, o que quer dizer que
“traz luz à realidade” (termo originado do latim <i style="mso-bidi-font-style: normal;">e-lucere</i> = trazer a luz), isto é, permite compreendê-la e, por
isso, agir de modo eficiente com ela. A atividade cognitiva factual busca
compreender “o que é” e “como funciona” a realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Vale observar que “a relação eficiente com tudo aquilo que nos cerca”
não significa, por si, uma relação ao mesmo tempo ética, significa simplesmente
uma relação de eficiência. A relação ética depende de um fator a mais, para
além do conhecimento factual da realidade. Ela implica em uma escolha, com base
em valores, fator que está comprometido com o fato de que o ser humano, afetiva
e eticamente, se relaciona com o mundo pela “não indiferença”, isto é, tomando
posição segundo uma escala de valores que varia entre o positivo e o negativo.
O modo ético de agir depende da aprendizagem de valores, que são
circunstanciais e dependentes das escolhas humanas, assim como das relações
entre seres humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Necessitamos dos dois âmbitos de conhecimento a fim de manter uma vida
saudável em relação a nós mesmos, aos outros e ao ambiente que nos envolve.
Todavia, neste texto, desejo ater-me a questão da funcionalidade do
conhecimento, tendo em vista sinalizar a questão do ensino e da avaliação da
aprendizagem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">A funcionalidade do conhecimento é constitutiva do ser humano, própria
do modelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homo sapiens</i>, ao qual
pertencemos há milhões de anos. Adquirimos conhecimentos pela aprendizagem como
um recurso que a natureza nos forneceu para administrarmos a vida em todas as
nossas relações, desde que somos um “ser de relações”, como definiu o Prof.
Paulo Freire. Sem o conhecimento, como compreensão da realidade, agiríamos às
escuras, na ignorância ou instintivamente, como acontece com outros seres vivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">A escola nasceu no contexto da necessidade do ser humano aprender sistematicamente.
Espontaneamente, aprendemos na relação direta e imediata com o mundo
circundante e suas manifestações. Porém, para além do espontâneo, há uma
aprendizagem intencional, desejada, buscada, que ocorre através das heranças
dos conhecimentos adquiridos, acumulados e transferidos de geração em geração,
ao longo do tempo. No que se refere à aprendizagem, sempre somos herdeiros de
nossos ancestrais. Ao lado de aprendermos diretamente com os desafios que o
mundo nos impõe, aprendemos indiretamente a partir dos conhecimentos que foram sendo
acumulados ao longo do tempo e nos foram, e nos são, transmitidos por variados
meios de comunicação, tais como oral, escrito, pictórico, cinematográfico...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Tanto os conhecimentos adquiridos diretamente pela relação com o mundo,
como os conhecimentos adquiridos de modo indireto através das leituras, dos
meios de comunicação, do ensino..., desde que apropriados por cada um de nós,
tem uma funcionalidade em nossas vidas. Eles nos guiam em nossas decisões,
condutas e ações. A meu ver, deveriam ser ensinados e aprendidos por essa
razão. Todavia, em nossas escolas, nossos estudantes têm sido levados a
aprender --- adquirir conhecimentos --- mais pela pressão da autoridade
pedagógica que pela sua qualidade funcional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Quem de nós, quando estudantes, não ouviu frases iguais ou semelhantes
às que se seguem? “Preparem-se, estamos próximos das provas!” “Vocês não têm
estudado. Verão o que acontecerá com vocês no dia da prova.” “Já preparei
ótimas questões para as provas; vocês verão no dia.” “Vocês estão brincado;
verão o que acontecerá no dia das provas.” Todos nós, no decurso de nossa escolaridade,
ouvimos frases equivalentes a essas. Pior, quantos de nós já repetimos
expressões semelhantes diante de nossos estudantes em sala de aula,
reproduzindo aquilo que aconteceu conosco?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Nesse contexto de imposição pedagógica, a razão para aprender não está
no fato de que a posse do conhecimento tem uma funcionalidade essencial na vida
de cada um e de todos nós. Então, didaticamente, que tal, ao invés de
ameaçarmos nossos estudantes, convidá-los e orientá-los a aprender em razão do
fato de que o conhecimento é a base de nossa ação no cotidiano? Todos nós,
afinal, agimos --- de modo eficiente --- no limite de nossos conhecimentos e
habilidades. Nossos estudantes também. Então, importa conduzi-los a aprender
pela qualidade funcional do conhecimento e não pela ameaça da reprovação como
uma forma de castigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O ensino da adição ou da subtração, em matemática, como de todos os
outros conteúdos cognitivos --- que atravessam a escolaridade da educação infantil à pós-graduação --- têm sua funcionalidade
nos procedimentos de compreensão do mundo, assim como no agir junto a esse mesmo mundo. Então, qual a razão
para não convidar nossos estudantes a aprender pela beleza da compreensão
da vida e do mundo, ao invés de acreditar que é, e será, a ameaça e o medo que
farão com que eles aprendam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Cada um de nós poderá olhar para o passado pessoal de aprendizagens
escolares, e, facilmente, constataremos que “fomos obrigados a aprender” muito
mais pelo medo da reprovação que pela qualidade funcional do conhecimento que
nos guia em nossas ações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O convite deste texto é para que, em nossas práticas docentes, sejamos
parceiros de nossos estudantes, ensinando-os pacientemente, a fim de que
compreendam o mundo, assim como construam habilidades pessoais que lhes
permitam agir de forma adequada e eficiente.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Os conhecimentos não têm a
finalidade de garantir, em primeiro lugar, respostas adequadas nos testes e
provas escolares. Eles têm a função de “e-lucidar” a realidade e nos permitir
agir de modo eficiente. Essa é a razão pela qual a humanidade inventou a escola
como espaço intencional do ensino e da aprendizagem para as novas gerações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Os testes e as provas existem exclusivamente para subsidiar o educador em sua tarefa pedagógica de “diagnosticar” se seu estudante aprendeu, ou não, aquilo que lhe fora ensinado.
Caso se diagnostique que aprendeu, ótimo. Caso se diagnostique que não tenha
aprendido, importa ensinar de novo, e de novo, e de novo... até que aprenda,
desde que a posse do conhecimento é um guia necessário para a vida eficiente e saudável. Mais --- todos podem aprender tudo o que ensinamos, desde que chegaram ao mundo com
recursos para aprender. Parra tanto, importa o uso dos currículos, dos planos de ensino e de metodologias adequadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O exercício do ato de ensinar está comprometido com o fato de que o
estudante pode e necessita aprender aquilo que se refere ao seu estar no mundo e às possibilidades do
seu agir. E, no caso, o ato de avaliar a qualidade da aprendizagem do estudante, por si,
nasce comprometido com o fato de que o educador, exclusivamente olhando para o estudante, não
terá como ter ciência do que se passa dentro dele em decorrência do ensino; pelo exclusivo recurso da observação passiva, nunca terá ciência se aprendeu, ou não, aquilo que ensinara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Então, a única forma de saber se um estudante aprendeu aquilo que
ensinamos é perguntar-lhe se adquiriu as compreensões e habilidades que
propusemos com base no currículo escolar assumido como válido. Importa, pois, que o estudante revele (expresse) aquilo que se passa em sua subjetividade em termos de compreensões e habilidades adquiridas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Caso sua resposta pessoal seja "de que aprendeu aquilo que lhe fora ensinado", importa que demonstre que
aprendeu, seja através de uma descritiva, de um raciocínio lógico, seja através da
solução de um problema, seja através de um desempenho qualquer, desde que,
frente a nossa incapacidade de penetrar em sua subjetividade, importa que,
através de seus atos, revele sua aprendizagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">A função de praticar atos de "investigação avaliativa" não tem, em
primeiro lugar, a função de aprovar ou reprovar um estudante ou atribuir-lhe notas. Tem, sim, a função de subsidiar novas decisões do educador na perspectiva de obter o melhor resultado
decorrente de sua ação pedagógica.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A função da avaliação da aprendizagem é revelar se o
estudante aprendeu, ou não, aquilo que fora ensinado. Se sim, ótimo; caso,
contrário, ensinar de novo até que a aprendizagem se faça. Então, à medida que
todos aprenderam com nosso ensino, todos serão aprovados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Por si, essa compreensão expressa uma lógica simples, porém, a pratica escolar cotidiana tem
revelado dificuldades para praticá-la em função da história do exercício
pedagógico em nossa sociedade, que assumiu uma característica excludente,
marcando inclusive nossas biografias pessoais. Afinal, no de curso de nossa escolaridade, todos fomos marcados por
experiências excludentes, que, agora, no lugar de profissionais da educação escolar, repetimos
aquilo que ocorreu com cada um de nós, ou seja, fomos castigados, inconscientemente
castigamos; fomos reprovados, inconscientemente reprovamos; fomos ameaçados como
recurso para a aprendizagem, agimos de forma semelhante, repetindo o que
ocorreu conosco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">No lugar de professor, professora, importa saudavelmente olhar para o nosso passado de estudantes e aprender a nos conduzir de modo mais saudável na relação com nossos
estudantes, integrando e ultrapassando aquilo que ocorreu com cada um de nós. Podemos aprender a agir de modo diverso, a partir das dores que vivenciamos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Os estudantes vieram para a escola para aprender e nós --- professores e adultos da
relação pedagógica --- vamos para a escola para ensiná-los até que aprendam
aquilo que é necessário que aprendam, segundo o currículo que assumimos para
orientar nossa ação pedagógica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Nossa meta como educadores escolares é: liderar nossos estudantes para
que aprendam aquilo que ensinamos, devido ao fato de que os conhecimentos
adquiridos têm um sentido funcional em suas vidas, como na vida de todos, à
medida que subsidiam um agir eficiente e saudável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Os testes? Esses servirão somente para que os estudantes nos revelem se
aprenderam, ou não, aquilo que ensinamos. Não tem a função de submetê-los a
ameaças, obrigando-os a aprender. Nossa liderança criativa --- se dessa forma for
utilizada --- deverá ser suficiente para estimulá-los e conduzi-los a aprender,
com alegria e prazer. Se nossos olhos brilharem enquanto ensinamos, os olhos dos nossos estudantes brilharão frente a beleza e a alegria de aprender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Será sempre prazeroso ter, através do conhecimento, o domínio sobre
aquilo que nos cerca, à medida que esse domínio nos possibilita a compreensão do mundo que nos envolve, assim como nos subsidia (oferece suporte) em nossas decisões na busca da eficiência em nossa
ação; afinal, o sucesso no agir.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">________________________________________</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-82474900386753719372017-12-18T09:19:00.006-03:002023-11-14T14:28:41.498-03:00129 - ESCOLA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">
Cipriano Luckesi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
<br />
Segundo dados estatísticos recentes, 1% da população brasileira detém 28% da
riqueza, 9% outros 55% da riqueza do país, 40% da população, denominada de
classe média, detém 32% da riqueza, e 50% da população brasileira detém
12% da riqueza do país. É excessiva à pobreza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Que papel pode ter a educação para a transformação dessa realidade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Também segundo dados estatísticos, no Ensino Básico brasileiro, nós somos
2.300.000 (dois milhões e trezentos mil) professores e, no ensino superior, nós
somos aproximadamente 380.000 professores (trezentos e oitenta mil). Afinal um número
extremamente significativo de profissionais que podem fazer a diferença nas
questões da inclusão social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
A cada ano, no Brasil, ingressam na primeira série do Ensino Fundamental em
torno de 5 milhões de estudantes e concluem o ensino superior, 16 anos depois,
em torno de um milhão de estudantes. Ocorre, então, uma exclusão social de 80%
dos estudantes nesse espaço de escolarização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Qual a razão para que os cinco milhões de estudantes que ingressam na primeira
série do Ensino Fundamental não cheguem à conclusão do ensino superior com um
diploma universitário em mãos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
São ceifadas ao longo do caminho, seja pelas múltiplas reprovações, seja por um
ensino sem qualidade satisfatória, seja por necessidades familiares do trabalho
dos jovens para sua sobrevivência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Em nossas mãos de educadores escolares está a possibilidade de atuar a favor
desses estudantes, suprimindo a exclusão decorrente das reprovações excessivas,
das exclusões pelo cansaço de não aprender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Claro, o mais comum é sinalizar as políticas sociais são desfavoráveis. Não
discordo desse ponto de vista. Contudo, não falo delas. Falo da sala de aula.
Lá, somos os líderes e os responsáveis para que os estudantes aprendam. Ninguém
nos impede de exercer esse papel. Importa ser proativo. Investir --- e muito!
--- na aprendizagem dos estudantes que nos são confiados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Suprimir as reprovações não significa promover os estudantes sem que eles
tenham aprendido satisfatoriamente aquilo que fora ensinado. Ao contrário,
importa ensinar para que efetivamente todos --- todos --- aprendam com
qualidade satisfatória o ensinado.<br />
<br />
Então, estaremos atuando, na prática educativa escolar, a favor da
democratização social.<br />
<br />
Caso garantamos, através do nosso trabalho, que 80% --- já nem penso em 100%
--- dos nossos estudantes que ingressam na primeira série do Ensino
Fundamental, 16 anos depois, cheguem ao diploma universitário, com qualidade
positiva de aprendizagem, em 20 anos, nós teremos 80 milhões de diplomados
nesse país, além daqueles que já existem nessas condições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Então, nenhum cidadão brasileiro estará recebendo R$965,00 de salário por
um mês de trabalho ou menos que isso, como revelam nossas estatísticas.
Sairemos dessa faixa de miséria em que se encontra uma população imensamente
excluída.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Temos em nossas mãos um poder, que desconhecemos, que é a educação escolar com
qualidade positiva para todos os nossos estudantes que ingressam em nossas instituições
de ensino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
As Faculdades de Educação têm em suas mãos a condição de formação de futuros
educadores, seja através dos cursos de pedagogia, seja através das
licenciaturas. Professores que atuem com o poder que tem de ensinar com
qualidade positiva para todos os seus estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Repito: temos em mãos um poder que desconhecemos. Nada especial a não ser
exercitar o papel profissional que temos nas escolas e nas salas de aula.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br />
Um olhar e uma ação proativos.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
---------------------------------------------------------------------------------------------</div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-5270593716113881032017-12-07T18:59:00.006-03:002023-11-14T14:28:19.225-03:00128 - PROFESSOR GESTOR DA SALA DE AULA E PROFESSOR AVALIADOR<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Cipriano
Luckesi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><a href="mailto:ccluckesi@gmail.com"><span style="font-size: x-small;">ccluckesi@gmail.com</span></a><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nos
textos recentemente publicados neste blog, sob os números 128,129,130, foram
tratados temas relativos à avaliação em educação como “subsidiária de decisões
pedagógicas construtivas” da aprendizagem satisfatória dos estudantes. No
presente texto, pretendemos sinalizar a necessidade e importância da distinção dos
papéis do educador como avaliador e como gestor da sala de aula. Importa
observar que “distinguir” não é “separar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O
gestor é aquele que age, tendo em vista a produção de resultados satisfatórios
com sua ação. O avaliador é aquele que investiga a qualidade dos resultados
obtidos, subsidiando novas decisões e encaminhamentos tendo em vista a produção
de resultados satisfatório, caso esse seja o desejo da gestão da ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No
caso da sala de aula, o professor exerce os dois papéis, o de gestor da ação
pedagógica e de avaliador dos resultados de sua ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nas instituições
complexas, esses papéis são exercidos por equipes diferentes: a da gestão e a
da avaliação. A primeira realiza as atividades e a segunda subsidia a primeira,
investigando e revelando a qualidade da realidade; fator que lhe possibilita
tomar as medidas necessárias, reorientando as atividades, tendo em vista
construir os resultados desejados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por
vezes na sala de sula, essa fenomenologia confunde um pouco o educador,
parecendo que o ato de avaliar atua por ele mesmo, produzindo resultados. Nesse
contexto de compreensão, importa ter clareza que o ato de avaliar se assemelha ao
ato de investigar na ciência, ou seja, ambos são atos de investigação e ambos revelam
aspectos da realidade, porém não atuam em sua modificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A
ciência revela o que é a realidade e como ela funciona, a avaliação revela a
qualidade da realidade. Em ambas as circunstâncias, a produção de novos resultados
dependerá da ação do gestor de uma ação. No caso, a ciência ela subsidia as múltiplas
e variadas tecnologias que temos; a avaliação subsidia novas decisões do gestor
frente aos objetivos de sua ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Como
sinalizamos, na sala de aula, o professor exerce tanto o papel de gestor, ou
seja, aquele que investe na ação, tendo em vista a conquista dos objetivos
previamente estabelecidos e, ao mesmo tempo, exerce o papel de avaliador, tendo
em vista verificar a qualidade dos resultados de sua ação. Nesse contexto, é
fácil a confusão em acreditar que a avaliação, por si, é autônoma e produziria
resultados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">De
fato, ela não é autônoma; ela subsidia a gestão da ação. A avaliação, na sala
de aula, como em qualquer outro âmbito de ação, revela a qualidade da realidade.
Com essa informação em mãos, o gestor da ação toma decisões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No
caso da sala de aula, as decisões, decorrentes dos atos avaliativos, têm a ver
com:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(01) admitir que os resultados obtidos
apresentam a qualidade satisfatória, e, pois, preenchem todos os requisitos
propostos no planejamento de ensino para a aprendizagem dos estudantes (<i>uso probatório </i>dos resultados da
avaliação);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(02) admitir que os resultados
ainda não atingiram o nível de satisfatoriedade, fator que pode conduzir o
gestor da ação a duas opções: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 2cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(a) assumir a qualidade revelada
--- ainda que não satisfatória --- como final e não proceder nenhuma nova intervenção
na ação, “deixando as coisas como estão” (<i>uso
probatório </i>dos resultados da avaliação. Ainda que os resultados sejam
insatisfatórios, o gestor decide por encerrá-la no nível em que se encontram);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 2cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(b) assumir a qualidade da
realidade, revelada pela avaliação, como ainda não-satisfatória, e, pois,
intermediária, o que implica na tomada de novas, e novas, decisões, a fim de
que os resultados da ação atinjam a qualidade desejada (<i>uso diagnóstico </i>dos resultados da investigação avaliativa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A
compreensão exposta, acima, auxilia o educador em sala de aula a entender que
ele é, ao mesmo tempo, tanto o gestor da sala de aula, como o avaliador dos
resultados de sua ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Como
avaliador, busca revelar a qualidade dos resultados de sua ação, tendo em vista
subsidiar o seu lado de gestor a tomar decisões, as mais ajustadas, tendo em
vista a conquista do objetivo final que é o de que sua atividade produza a
aprendizagem satisfatória por parte de <i>todos</i>
os estudantes colocados sob sua responsabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quanto
a compreensão, aqui exposta, importa ter um olhar <i>proativo</i>, isto é, um olhar voltado para o futuro, com o desejo de construí-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Não serve
para nada olhar para o passado a não ser como diagnóstico daquilo que já ocorreu
e necessita ser ultrapassado e integrado. Olhar para o passado como
justificativa para não investir proativamente na ação, implica em um uso
inadequado dos atos avaliativos. A natureza inventou a avaliação, a fim de que
nos sirvamos de seus recursos de forma construtiva, ou seja da forma saudável.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Tendo
em vista estar ciente de quando, em sala de aula, estamos atuando no papel de
gestor ou de avaliador, importa estar atento a esses papéis. A gestão da sala
de aula é a responsável pela produção de resultados satisfatórias. A avaliação
é a subsidiária que revela à gestão: “você já conquistou o resultado desejado”,
“você ainda não conquistou o resultado desejado”. Cabe ao gestor decidir o que
fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">------------------------------------------------------------------------</span></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-61884349120207602382017-12-03T19:12:00.007-03:002023-11-14T14:27:58.093-03:00127 - USO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO: DIAGNÓSTICO, PROBATÓRIO, SELETIVO<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Cipriano
Luckesi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><a href="mailto:ccluckesi@gmail.com">ccluckesi@gmail.com</a> <span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Como
temos explicitado em posts anteriores deste blog, a avaliação é um ato de
investigar a qualidade da realidade, revelando-a. Isso significa que o ato de
avaliar se encerra no momento em que revela a qualidade da realidade, de modo
semelhante ao que ocorre com a ciência, que encerra seu papel quando revela o
que é a realidade ou como ela funciona.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">As decisões
e intervenções tecnológicas com base no uso dos resultados da ciência, assim
como as tomadas de decisão por parte do gestor de uma ação com base nos
resultados da investigação avaliativa --- seja para investir mais, e mais, até
que os resultados da ação atinjam a qualidade desejada, seja para decidir não
investir mais na ação em curso, aceitando a qualidade dos resultados no nível
em que se encontra --- tem seu fundamento no conhecimento estabelecido pela
investigação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No
caso da investigação avaliativa, o gestor da ação pode servir-se dos seus
resultados para “diagnosticar” a qualidade dos resultados da ação em andamento,
como também para “aprovar” o resultado final da ação, ou ainda para “selecionar”
pessoas ou bens em função de sua qualidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em
síntese, são três os usos possíveis dos resultados da avaliação, quando ela
está sendo praticada em relação a um sujeito: uso diagnóstico, uso probatório e
uso seletivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O <b>USO DIAGNÓSTICO</b> é aquele que, frente à
qualidade dos resultados, subsidia o gestor ada ação proceder correções ou
intervenções no seu percurso tendo em vista “atingir o resultado desejado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O <b>USO PROBATÓRIO</b> ocorre quando, após a
coleta de dados e sua qualificação, o gestor da ação decide transformar o
natural processo do ato avaliativo em um ordenamento de todos os participantes,
segundo uma escala de qualidades com variação do superior para o inferior, ou,
ao contrário, do inferior para o superior, definindo uma faixa dessa escala,
dentro da qual se situam os “aprovados” e fora da qual se situam os “reprovados”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O <b>USO SELETIVO</b> dos resultados da
investigação avaliativa, comumente, está presente em toda e qualquer situação,
onde ocorre a concorrência por uma vaga, como ocorre, por exemplo, nos concursos,
sejam eles públicos ou privados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Na
sala de aula e na escola em geral, comumente, ocorreriam dois desses usos.
Nessa circunstância, não faz sentido o “uso seletivo”, desde que o estudante já
tem sua vaga garantida na escola. Ele já se encontra matriculado na escola e na
turma de estudantes. Então, restam os outros dois usos possíveis dos resultados
da investigação avaliativa: o uso diagnóstico e o probatório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Na
sala de aula, o uso diagnóstico dos resultados do ato avaliativo necessita ser
praticado de modo constante na relação professor-estudante, tendo em vista
garantir que o estudante efetivamente se aproprie dos conteúdos ensinados ---
conhecimentos e habilidades. Para tanto, os atos avaliativos, de modo
constante, subsidiam o professor, como gestor da sala de aula, a tomar
sucessivas decisões de tal forma que os estudantes se apropriem dos conteúdos
ensinados. Afinal, essa é a meta da ação de ensinar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A
orientação dada por Ralph Tyler, pesquisador norte-americano que cunhou, em
1930, a expressão ”avaliação da aprendizagem” era: (1) ensine alguma coisa; (2)
diagnostique a aprendizagem; (3) aprendeu? Ótimo, siga em frente; (4) não
aprendeu, ensine de novo até que aprenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Com
essa atitude e investimento, todos os estudantes de uma turma poderão e deverão
chegar ao padrão satisfatório desejado de qualidade. O educador criará e recriará
situações que possibilitem a todos a aprendizagem satisfatória do conteúdo ensinado,
desde que esse é o resultado desejado de sua ação. Ninguém, afinal, age para
obter resultados insatisfatórios. Todos, por natureza, desejamos que nossa ação
produza resultados satisfatórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Esse
é o modelo de uso dos resultados da avaliação que a natureza adotou. Nosso
sistema nervoso e todo nosso sistema orgânico adotam esse algoritmo. Mas,
também esse é o uso dos resultados da avaliação que praticamos, de modo comum e
habitual em nosso dia a dia, tendo em vista atingir os resultados que desejamos
em decorrência de nossa ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em
qualquer ação cotidiana, praticada por seres humanos, verificaremos esse fato.
Constantemente, estamos tomando novas e novas decisões, com o objetivo de que
nossa ação efetivamente produza o resultado que desejamos. Basta observar uma
pessoa cozinhando e ficaremos cientes de que ela está constantemente avaliando
a comida que prepara, procedendo correções; o mesmo ocorre com um pedreiro, com
um marceneiro, como um escritor, com um artista, com um cirurgião... com nosso
movimento, andando pela rua de nossa cidade, a todo momento procedemos
correções, tendo em vista chegar ao nosso destino. E, desse modo, todas as
nossas ações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"> Contudo, na educação escolar, em função de
razões históricas e sociológicas, já bastante estudadas, inclusive em textos deste
blog, praticamos, quase que com exclusividade, o uso “probatório” dos
resultados da avaliação da aprendizagem de nossos estudantes, esquecendo-nos do
seu uso diagnóstico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Os estudos
sobre a questão do uso diagnóstico dos resultados da avaliação nos atos de ensinar-e-aprender
já se aproximem de um século. No mundo, substituindo a expressão “exames
escolares”, se fala em “avaliação da aprendizagem” desde 1930, com Ralph Tyler,
USA, e, no Brasil, desde o início dos anos 1970, com os estudos “para” e “em
torno” da Lei 5.692/71.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O
uso diagnóstico subsidia a construção dos resultados desejados; o uso
probatório aprova ou reprova os resultados de uma ação. O uso diagnóstico
subsidia uma ação chegar ao seu final de modo satisfatório, o uso probatório
encerra uma ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">As
notas escolares --- como usadas cotidianamente, e de forma quase que exclusiva,
em nossas escolas, como recurso de registro do desempenho dos estudantes em sua
aprendizagem --- levam no seu bojo uma distorção do uso probatório dos
resultados da avaliação, no que se refere à necessária aprendizagem, de todo os
estudantes, em todos os conteúdos curriculares, assumidos como necessários à
formação do estudante. A “média de notas”, ao invés de efetivamente revelar a
satisfatoriedade na aprendizagem, revela essa distorção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Só
para exemplificar e entender essa compreensão, vale um, exemplo. Um estudante
obtém a nota 10,0 (dez) decorrente de seu desempenho na aprendizagem do
conteúdo “adição”, no âmbito da aritmética, contudo, no conteúdo “subtração”,
ele obtém 2,0 (dois). Procedendo-se a média entre as notas obtidas, como ocorre
cotidianamente em nossas escolas, ela será 6,0 (seis), decorrente de 10,0+2,0 =
12,0, que, dividido por 2, = 6,0. Com a média 6,0, o estudante está aprovado,
porém os registros revelam que ele só aprendeu adição. Essa é a distorção do
uso probatório de modo exclusivo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Então,
importa que nós educadores nos sirvamos, em nossas atividades escolares, da
avaliação constante da aprendizagem dos estudantes e do uso diagnóstico dos
seus resultados, tendo em vista subsidiar nossas decisões a favor da
aprendizagem satisfatória “de todos”, em “todos os conteúdos ensinados”. Então,
a aprovação do estudante em sua aprendizagem (o uso probatório) decorrerá
naturalmente da efetiva aprendizagem satisfatória por parte de todos os
estudantes, decorrente de nosso investimento cotidiano em sua aprendizagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O
uso seletivo dos resultados da avaliação permanecerá, como sempre ocorreu, para
os concursos, onde os candidatos concorrem à uma vaga, seja em uma instituição,
seja em uma atividade, seja em um pódio...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O convite
é para que aprendamos, em nossas escolas, a nos servir dos resultados da
avaliação da aprendizagem, como recurso subsidiário do sucesso de todos, assim
como de sua consequente inclusão social. Afinal, todos podem e devem aprender,
fator que garante seu desenvolvimento em direção à vida adulta e em direção a
vida participativa na sociedade. Uma sociedade saudável educa a todos para que
todos aprendam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">-------------------------------------------------------------------------------------------------------</span></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-2470209879690655472017-11-30T13:48:00.004-03:002023-11-14T14:27:38.824-03:00126- RECRIANDO O ATO AVALIATIVO PRATICADO PELA NATUREZA: MODALIDADES SUCESSIVA E PONTUAL<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Cipriano Luckesi</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"> ccluckesi@gmail.com</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No
texto anterior deste blog, abordei a questão de como nosso sistema nervoso
central se serve da rede de fibras nervosas do nosso corpo, assim como das
conexões entre os seus neurônios, para receber informações, processá-las e
comandar soluções, de modo intermitente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No
texto que se segue, desejo sinalizar como, em nossas ações, cotidianamente e de
maneira habitual, agimos de modo semelhante, contudo, quando passamos para
ações no âmbito profissional, os atos avaliativos podem e devem ganhar, de modo
casado, as formas sucessiva e pontual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No
dia a dia, todos nós agimos comumente, sem estarmos atentos ao fato de que
todos os nossos atos são precedidos de um ato avaliativo. A seguir, ofereço exemplos
de algumas práticas avaliativas cotidianas, exclusivamente para ficarmos
cientes de que o ato avaliativo precede todas as nossas escolhas e, pois, nossas
ações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">De
manhã, em frente ao espelho, investigamos a qualidade de nossa aparência e, em
consequência, tomamos variadas, rápidas e sucessivas decisões. Decidimos melhorar
a aparência de nosso rosto, de nosso penteado, da roupa que vestimos.... Fora
do espelho, avaliamos os sapatos que calçamos, sua combinação com todas as
peças de roupas que vestimos, sua adequação ao ambiente para onde nos
dirigiremos, seu conforto.... Enfim, mesmo sem prestarmos atenção a esses modos
de agir, estamos, de modo habitual, e de algum modo inconsciente, praticando
atos avaliativos e fazendo uso dos seus resultados, na perspectiva de obter
melhores e m ais significativos resultados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O
leitor, por si mesmo, poderá prestar atenção aos seus atos cotidianos e constatar
que atos avaliativos são praticados a todos os momentos, colados ao nosso viver
cotidiano. Afinal, em síntese, não agimos, sem que nossos atos sejam precedidos
de um ato avaliativo, sempre na perspectiva de tomar a decisão e o consequente
encaminhamento na perspectiva de obter o melhor resultado. No caso, repetimos a
prática avaliativa do nosso sistema orgânico, em torno do qual tecemos observações
no texto anterior deste blog.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Então,
o ato avaliar, que representa um dos três atos universais do ser humano [tema anteriormente
tratado neste blog: (01) investigar o que é e como funciona a realidade, (02) investigar
a qualidade da realidade, (03) agir como base nas duas formas de conhecimento],
além de ser utilizado espontaneamente, pode e necessita ser utilizado de forma
consciente e metodologicamente orientado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Então,
existem duas possibilidades: (a) praticar a avaliação de modo sucessivo e (b) praticar
a avaliação em momentos pontuais da ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A “pratica
sucessiva” é aquela que é realizada constantemente no percurso de uma ação ---
contudo, de forma consciente ---, tendo em vista constatar a qualidade dos
resultados que estão sendo obtidos e, no caso, se necessário, proceder intervenções
corretivas na ação, cujo objetivo é a busca do resultado satisfatório desejado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A “prática
pontual” da avaliação é aquela que é praticada ao final de um percurso de ação,
tendo em vista classificar o seu resultado ou ainda --- além de classificá-lo
--- aprová-lo/reprová-lo.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">As práticas sucessiva e pontual da investigação avaliativa são realizadas tendo como base os princípios da lógica formal (princípio de identidade - "a = a"; </span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 0cm;">princípio</span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 0cm;"> </span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 0cm;">de contradição - "a não pode ser não-a"; e </span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 0cm;">princípio</span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 0cm;"> </span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-indent: 0cm;">do terceiro excluído - "entre 'a' e 'não-a', não existe outra possibilidade), ou seja, "um objeto de investigação de cada vez", daí ela ter as características de sucessiva (vezes sucessivas, mas uma por vez) e pontual (uma só vez).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Transitando
dessas compreensões gerais sobre avaliação para a compreensão da avaliação no
âmbito do ensino-aprendizagem escolar, a “prática sucessiva” é aquela que o
educador, em múltiplos e sucessivos momentos de sua ação pedagógica, realiza investigações
avaliativas a respeito dos resultados de sua ação pedagógica, que é expressa
pela aprendizagem dos estudantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por
exemplo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(a) no início do tratamento de um tema
novo em sala de aula, com o objetivo de ter consciência de quantos de seus
estudantes já tem domínio no assunto a ser tratado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(b) no decurso de um horário de
aula, tendo em vista aquilatar as compreensões (ou não) que os estudantes estão
adquirindo do conteúdo abordado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(c) ao final de um horário de aula,
para aquilatar o quanto os estudantes se aproximaram da compreensão necessária
do conteúdo trabalhado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(d) no início de um horário de aula
subsequente, com o objetivo de constara a qualidade da apropriação do conteúdo trabalhado
anteriormente;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(e) após o encerramento do
tratamento de um determinado conteúdo, tendo em vista aquilatar como está o
desempenho dos estudantes a respeito do tema, cujo tratamento se encerrou.
Essas entre outras possibilidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Atos
sucessivos de avaliação subsidiam o educador a diagnosticar e intervir mais, e
mais, tendo em vista garantir que todos os estudantes tenham aprendido o
conteúdo ensinado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Então,
a avaliação será a “parceira” do educador, a lhe sinalizar, de modo sucessivo, a
qualidade dos resultados de sua ação, o que implica em tomadas de decisão de investir
mais, e mais, em caso de necessidade, ou prosseguir para novas tarefas, desde que
a anterior já produziu resultados com a qualidade desejada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A “prática
pontual” se dará em momentos específicos da ação pedagógica, usualmente ao seu final,
desde que tem por destino proceder a “classificação” dos resultados, tendo por
base a qualidade atingida. No caso do estudante, a qualidade de sua
aprendizagem, manifestada através de seu desempenho em uma tarefa ou em um
teste para verificar conhecimentos e habilidades adquiridos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Casando
a “prática sucessiva” com a “prática pontual”, observaremos que a primeira
subsidia o educador a chegar ao final de sua ação com resultados de
aprendizagem qualitativamente satisfatórios, desde que as decisões de
intervenção corretiva foram sendo realizadas ao longo do percurso da ação
pedagógica. Por outro lado, se a qualidade do resultado da aprendizagem dos
estudantes foi sendo construído ao longo de uma unidade de ensino, será natural
que, “pontualmente”, ao seu final, eles (todos) apresentem resultados satisfatórios,
permitindo sua classificação no topo da escala de qualidades, e, pois, uma
qualidade probatória positiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Desse
modo, nós educadores necessitamos incorporar em nosso modo de agir pedagógico
cotidiano, que as práticas “sucessivas” e “pontuais” --- “casadas” --- da
avaliação da aprendizagem em sala de aula. Elas não se opõem nem se excluem; se
somam. Importa servirmo-nos das duas da forma mais criativa possível, a fim de
que “todos” os nossos estudantes efetivamente aprendam o necessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dessa
forma, estaremos contribuindo para a democratização da sociedade, via a
educação escolar. Hoje, a cada cinco milhões de estudantes que ingressam na 1ª
série do Ensino Fundamental, dezesseis anos depois, somente um milhão obtém um
diploma universitário, ou seja, quatro milhões de estudantes (= 80% deles) são
ceifados por variadas razões, mas especialmente em decorrência das múltiplas e
sucessivas não- aprendizagens e, consequentes, reprovações.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">É
certo que não temos em nossas mãos “individuais” a possibilidade de reverter
políticas públicas (nesse âmbito, só podemos atuar “coletivamente”), contudo,
em nossa sala de aula, somos autônomos para investir mais, e mais, a fim de que
todos os nossos estudantes aprendam e, com isso, tenham recursos para inserir-se
nos mais variados processos de democratização social. Sucesso para nós todos em
nossas salas de aula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">---------------------------------------------------------</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-47035701525475627252017-11-29T13:27:00.003-03:002023-11-14T14:27:04.714-03:00125 - AVALIAÇÃO COMO UM ATO NATURAL NO SER HUMANO: O QUE APRENDER COM ELE?<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Cipriano Luckesi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><a href="mailto:ccluckesi@gmail.com">ccluckesi@gmail.com</a><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Iniciemos pela compreensão conceitual dos processos avaliativos na vida
humana em geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O ato avaliativo, como tenho sinalizado em outras oportunidades, é
universal. Pertence à natureza humana, como lhe pertence também o ato de conhecer
factualmente, assim como de agir com base nas duas áreas cognitivas citadas
(tecnologia). O ato de avaliar é praticado de modo natural e habitual por nosso
organismo, e, de forma semelhante, o praticamos no cotidiano via o senso comum.
Contudo, em variadas circunstâncias --- como as profissionais ---, para ser
significativo, necessitamos praticá-lo de modo consciente e decidido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Neste texto, abordaremos a questão de como o ato de avaliar pertence à
natureza humana e é universal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O resultado do ato avaliativo, como investigação, revela a qualidade da
realidade, de maneira semelhante como a ciência revela o que é a realidade e
seu funcionamento. O agir, por sua vez, usufrui de ambas as formas de
conhecimentos --- factual e avaliativo ---, realizando as ações necessárias à
dinâmica da vida. A ciência oferece suporte às variadas tecnologias; a
avaliação às escolhas, que, subsidiam decisões a respeito de investir, ou não,
na ação, e, em qual ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ao tempo que nosso organismo “intermitentemente” pratica atos
avaliativos, também ele faz usos intermitentes dos seus resultados, de forma
fisiológica e habitual, orientando ações que nosso corpo executa por si mesmo, na
busca de garantir sua sobrevivência e bem-estar, assim como ações que realizamos
cotidianamente, no espaço e tempo em que vivemos, para nossa sobrevivência no
planeta, que, todos nós desejamos que seja a melhor possível. Fato que
significa um uso diagnóstico dos resultados desse ato avaliativo intermitente,
à medida que a natureza inventou essa modalidade de avaliação constante para
garantir tomadas de decisão a favor da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nosso sistema nervoso é uma central de administração do nosso corpo,
que, a todos os instantes, recebe milhares e milhares de informações,
originárias de todas as áreas de nosso corpo, também de forma instantânea,
processa essas informações e envia comandos para variados pontos de nosso
organismo, tendo em vista garantir nossa sobrevivência. O sistema nervoso autônomo
(SNA) se expressa como a mais fantástica central de administração da vida,
coletando informações, processando-as, enviando-as de imediato para os mais
variados rincões do corpo, exigindo soluções, sob pena de colapso, seja de
imediato ou a longo prazo. Nosso sistema nervoso é incansável como central de
recepção de informação, seu processamento e sua utilização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dentro dessa perspectiva --- da avaliação praticada pelo sistema
nervoso central e do uso dos seus resultados ---, não há ato humano que não
seja precedido de uma avaliação, incluindo os atos de funcionamento
inconsciente em nosso corpo, atos próprios do funcionamento natural do nosso
sistema orgânico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Do ponto de vista fisiológico, podemos citar, como um exemplo, a
administração da necessidade de oxigênio para garantir a sobrevivência do nosso
organismo; ou as decisões instantâneas entre fuga e permanência frente a acontecimentos
que garantem ou ameaçam a integridade de nosso corpo ou de nossa vida; entre
muitíssimos outros exemplos que poderíamos relembrar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Podemos, ainda --- só para exemplificar entre as infinitas possibilidades
---, lembrar que, a todos os instantes, nosso sistema proprioceptivo está em
atuação permanente, avaliando todos os nossos movimentos, conduzindo à busca
permanente do nosso equilíbrio frente a múltiplos fatores intervenientes,
sempre na perspectiva de manutenção de um estado corporal saudável. Por vezes,
a solução intempestiva, que emerge, não será satisfatória, mas foi essa a “intenção”
do nosso sistema orgânico que recebeu informações, avaliou a situação e nos
induziu, de imediato, à alguma ação, que, por si, deveria ser compensatória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Frente às avaliações intermitentes de nosso organismo, de imediato e de
forma intempestiva, agimos com base nos seus resultados. Usualmente, tendo em
vista nos salvar de alguma situação ameaçadora ou desagradável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Então, seja para nossa vida cotidiana, seja para nossa vida
profissional, há que se aprender com o modo de agir do nosso sistema orgânico,
e, dentro dela, de modo especial com nosso sistema nervoso autônomo. Isto é avaliar
sempre e constantemente, se desejamos orientar nossa ação, tendo em vista
resultados satisfatórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Esse entendimento nos leva a compreender que o ato de avaliar é nosso
parceiro intermitentemente na busca de resultados satisfatórios, seja nos subsidiando
a encontrar o caminho adequado para nossa ação, seja nos sinalizando a
necessidade de praticar correções de rumos, tendo em vista a conquista dos
resultados satisfatórios que desejamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nosso organismo usa a avaliação e seus resultados exclusivamente sob a
modalidade diagnóstica. A natureza inventou essa modalidade de uso para que
pudéssemos viver da melhor forma possível, ou seja, atuar na perspectiva da
obtenção de resultados satisfatórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Claro, podemos não estar atentos aos sinais parceiros da avaliação
natural e sistêmica do nosso corpo, fato que nos conduz a múltiplos desvios em
nosso estado de saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Creio que, para nossa prática educativa cotidiana, temos muito a
aprender com nosso sistema orgânico no que se refere à avaliação como recurso
intermitente de investigar a qualidade da realidade e, dessa forma, subsidiar
decisões, tendo em vista a obtenção de resultados satisfatórios em decorrência
da ação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em próximo texto, tratarei da avaliação no âmbito profissional dos
educadores, no desejo de que aprendamos fazer dessa prática uma parceira em
nossa jornada diária em busca de resultados satisfatórios em decorrência de
nossa ação. Afinal, a natureza nos ensina que o ato de avaliar, por si, está
sempre ao nosso lado e ao nosso dispor, tendo em vista o sucesso de nossa ação
em termos de resultados satisfatórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
-------------------------------------------------------------------</div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-9441607633072337572017-11-25T17:18:00.004-03:002023-11-14T14:26:47.188-03:00124 - COMPREENSÃO DO SIGNIFICADO DO ATO DE AVALIAR EM EDUCAÇÃO: BUSCA DE RESULTADOS SATISFATÓRIOS<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Cipriano Luckesi</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ccluckesi@gmail.com</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Em minha última publicação neste Blog, sinalizei que três são os atos
cognitivos que se dão na vida de todos os seres humanos, por isso, são
universais. A respeito desse fato, expressei-me como se segue:</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">“Existem três condutas no ser humano que pertencem à sua natureza: (1)
conhecer factualmente a realidade, seu modo de ser e seu modo de funcionamento;
(2) conhecer a qualidade da realidade; (3) agir tendo por base tanto o seu
conhecimento factual como o conhecimento da sua qualidade. O conhecimento
factual garante saber como agir; o conheci mento da qualidade permite a escolha
e o agir garante os resultados desejados.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Podemos distinguir essas facetas do ser humano, contudo, elas não são
separadas. Atuam conjuntamente. Tendo em vista “praticar o conhecimento
factual”, há necessidade de escolhas; tendo em vista “fazer escolhas”, há
necessidade de descritivas factuais da realidade, que sustentam as qualidades;
e, por último, “para agir”, necessitamos dos conhecimentos tanto dos dados
factuais da realidade, que nos permitem cognitivamente conduzir nossa ação da
melhor e mais adequada forma, quanto das qualidades da realidade, que se
encontra à nossa frente, e exige de cada um de nós escolhas.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Conhecer factualmente, avaliar e agir são três atos universais
disponíveis e necessários a cada um de nós na vida, de tal forma que os
praticamos, usualmente, de modo habitual”</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
------------</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Desejo, nessa oportunidade, esclarecer um pouco mais o papel da
avaliação, como um dos atos cognitivos universais do ser humano, especialmente
no que se refere à sua função no cotidiano de todos nós e no cotidiano escolar.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">O ato de avaliar incide tanto sobre aquilo que nos cerca como sobre os
resultados de nossa ação. Para este texto, focarei a atenção no uso dos
resultados da investigação avaliativa, tendo em vista a busca da
satisfatoriedade nos resultados de nossos atos.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
-------------</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Em sã consciência, ninguém age para conseguir resultados
insatisfatórios. Podemos até chegar a resultados insatisfatórios, mas esse
episódio não decorre de uma escolha e de um desejo conscientes de nossa parte,
mas sim de possíveis ações ou usos de meios que não levam ou não levaram aos
resultados desejados.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Em si, o ser humano aposta no sucesso de sua ação, até mesmo quando a
ação é eticamente inadequada. Como se diz popularmente, o agente “deseja se dar
bem”, isto é, atua, na esperança e no desejo de obter um resultado satisfatório,
mesmo que seja só para si e, no caso, até em detrimento dos outros. Afinal,
essa é uma questão de compreensão ética e não da epistemologia da ação. Quando
estamos abordando a questão da avaliação, neste texto, estamos nos referindo ao
seu algoritmo epistemológico e não ético.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">A função do ato universal de avaliar, quando está incidindo dobre os
resultados de uma ação, é subsidiar o seu gestor a obtê-los com a
característica de “satisfatórios”, se este for efetivamente o seu desejo, sua
intenção e seu investimento.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">O ato de avaliar, neste caso, revela a qualidade dos resultados obtidos
com o investimento na ação. Com esse conhecimento em mãos, o gestor da ação tem
duas opções:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 83.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -48.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">(01)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">aceitar a qualidade dos resultados de sua ação “como está” (seja ela positiva
ou negativa) e, dessa forma, encerrar o seu projeto de ação;</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 83.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 83.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -48.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">(02)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">ou assumir que a qualidade do resultado obtido ainda não está
satisfatória e, então, decidir investir mais, e mais, até que o resultado
atinja o nível de satisfatoriedade. Afinal, não investimos numa ação para obter
resultados insatisfatórios.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Com essa compreensão em mãos, podemos nos voltar para o ato de avaliar a
aprendizagem de nossos educandos em sala de aula.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">O que desejamos com nossa atividade em sala de aula? Naturalmente, nosso
desejo seria que nossos estudantes aprendam, de modo satisfatório, aquilo que
ensinamos. Sua aprendizagem é o resultado de nossa ação de ensinar. Então, qual
seria a razão para apostarmos no insucesso de nossa ação pedagógica?
Epistemológica e psicologicamente, não temos razão para tal, desde que, em
princípio, de modo compatível com a natureza do agir humano, desejamos o
sucesso de nossa ação, traduzido em resultados satisfatórios.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Nos âmbitos gerais de nosso cotidiano, sempre buscamos o resultado mais
satisfatório em decorrência de nossa ação. Por exemplo, quando estamos
cozinhando nossa comida, constantemente, estamos experimentando como ela se
encontra, para que, afinal, “chegue no ponto desejado”; quando levamos um
tecido ao alfaiate ou à costureira para coser uma roupa para nós, antes da
costura final, experimentamo-la, tendo em vista proceder os ajustes
necessários, para que “fique bem em nosso corpo”; quando estamos preparando
nossa casa, tendo em vista receber amigos, permanecemos atentos a cada detalhe
do ambiente onde vivemos, tendo em vista colocar “cada coisa no seu lugar e de
forma esteticamente agradável”. E, dessa forma, tudo o mais. Buscamos sempre a
satisfatoriedade dos resultados de nossa ação.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Poderá ocorrer que algo não fique bem? Certamente. Porém, “não como um
desejo intencional”, mas sim como uma “carência” devido nossa incompetência
para produzir o resultado desejado ou devido os limites dos recursos que temos
para atingir o resultado desejado. Contudo, sempre investimos mais e com os
melhores e mais significativos recursos que temos em mãos para que o resultado
seja satisfatório. A natureza humana, em si, tem como meta: “desistir da
qualidade satisfatória, nunca”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Tomemos essas compreensões e meditemos um pouco sobre a sala de aula.
Nós educadores escolares nos dirigimos à sala de aula com o objetivo (desejo)
de ensinar nossos estudantes. O resultado desejado dessa ação é que eles
aprendam “satisfatoriamente” aquilo que ensinamos. O estudante, por seu turno,
vem à sala de aula para aprender e, por isso, desenvolver-se. O resultado
desejado de sua parte é sua aprendizagem e, em consequência, seu
desenvolvimento.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Então, nesse caso, como em todas as outras situações onde nos
encontramos agindo para obter um resultado satisfatório decorrente de nossa
ação, nosso objetivo e desejo é de que o resultado de nossa ação seja
satisfatório, ou seja, que o estudante efetivamente aprenda aquilo que
ensinamos, de modo satisfatório.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">No caso, o ato de avaliar --- como ato de investigar a qualidade do
resultado de nossa ação --- se expressa como o parceiro a nos alertar para o
fato de que “já atingimos” o resultado satisfatório desejado, “ou não”. Se
atingimos, ótimo. Se não atingimos o resultado desejado, temos duas opções: (a)
aceitar a qualidade insatisfatória de nossa ação, admitindo que ela já se encontra encerrada e não há, pois, mais o que fazer; (b) decidir investir mais, e
mais, na ação, que se encontra em movimento construtivo, até que o resultado satisfatório seja alcançado.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">O desejo de investir mais, e mais, numa sala de aula não implica em
“ensinar tudo de novo”. Muitas vezes, dizemos ser impossível “ensinar tudo de
novo”. Certamente que sim. Todavia, ocorre que uma boa e significativa coleta
de dados sobre o desempenho dos estudantes em sua aprendizagem nos revela
“onde” e “o que” eles não aprenderam, de tal forma que podemos e devemos rever
somente “aquilo que não aprenderam” e não “tudo o que fora ensinado”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Para tanto, nosso instrumento de coleta de dados sobre o desempenho do
estudante deverá ter características básicas de um “instrumento e coleta de
dados para a investigação científica”, ou seja, deverá:</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 35.7pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-indent: -17.85pt;">
<span style="font-family: "symbol"; font-size: 10pt;">·</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 7pt;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">“ser sistemático”, o
que quer dizer --- cobrir todos os conteúdos (conhecimentos, habilidades e
valores) próprios do desempenho que estamos avaliando. Por exemplo, para saber
se alguém aprendeu adição, necessitamos de coletar dados sobre raciocínio
aditivo, fórmula da adição, propriedades da adição, solução de problemas
simples, solução de problemas complexos. Nem mais nem menos, desde que essas
são as variáveis necessárias para se ter uma noção se o estudante aprendeu, ou
não, adição. Claro, essas variáveis deverão ser ajustadas ao nível de ensino e
ao currículo e plano de ensino que estivemos adotando para atuar junto a esses
estudantes em torno dos quais estamos praticando atos avaliativos.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 35.7pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-indent: -17.85pt;">
<span style="font-family: "symbol"; font-size: 10pt;">·</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 7pt;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">“ser expresso em linguagem
compreensível”. O estudante deverá compreender aquilo que estamos solicitando.
Nada de linguagem rebuscada ou incompreensível, de tal forma que o estudante
não compreenda aquilo que lhe está sendo perguntado. Só podemos responder com
adequação a pergunta que compreendemos.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 35.7pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-indent: -17.85pt;">
<span style="font-family: "symbol"; font-size: 10pt;">·</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 7pt;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">“manter compatibilidade
entre ensinado e aprendido”, em termos de conteúdos, habilidades, metodologia
de raciocínio, nível de dificuldade, nível de complexidade. Nem mais nem menos
do que o ensinado. Compatibilidade total. Não podemos desejar saber se o
estudante aprendeu algo diferente daquilo que fora ensinado. Se desejamos algo
diferente, deveríamos ter ensinado esse algo diferente.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 35.7pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-indent: -17.85pt;">
<span style="font-family: "symbol"; font-size: 10pt;">·</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 7pt;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">“ter precisão”.
Educador e estudante devem compreender uma pergunta de forma equivalente. Nada
de dubiedade ou possibilidade de compreensões variadas da mesma pergunta. Por
exemplo, em história, perguntar: “O que fez D. Pedro I?” Ele poderá ter feito
tantas e tantas coisas. Importa precisar a questão --- “O que fez D. Pedro I no
denominado ‘Dia do Fico’, em relação à sua permanência, ou não, no Brasil,
diante das exigências de seu pai, o Rei de Portugal, de que retornasse à sua
terra?” Então, só haverá uma resposta possível.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Um instrumento de coleta de dados com tais qualidades, possibilitará ao
educador, no papel de avaliador, aquilatar se seu estudante aprendeu, ou não,
aquilo que deveria ter aprendido. Se sim, ótimo. Caso contrário, desde que o
conteúdo é essencial na aprendizagem do estudante, ensinar de novo “aquilo que
não fora aprendido”, através de um estudo a mais, de um exercício a mais, de
uma atividade de grupo a mais..., afinal, o educador, em sala de aula, saberá
como superar esse impasse de uma não-aprendizagem.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">-----------</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">Em síntese, nesse contexto, a avaliação será “nossa parceira” nos
subsidiando com conhecimentos sobre a qualidade da aprendizagem de nossos
estudantes, fator que nos permitirá tomar novas e sucessivas decisões, de tal
forma que o processo de ensinar e aprender em nossas escolas atinja seu efetivo
objetivo, que é de que “todos” aprendam satisfatoriamente aquilo que tem a
aprender, segundo o currículo estabelecido.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18pt;">O padrão de qualidade a ser atingido pelo estudante é a satisfatoriedade
na aprendizagem daquilo que está posto para ser ensinado, tanto nos currículos
como nos planos de ensino. Importa que “todos” aprendam aquilo que devem
aprender. Esse será um dos recursos para a democratização da sociedade ---
todos aprenderem aquilo que necessitam aprender. Não é a solução plena para a
equalização social, contudo, é um recurso fundamental para tanto.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0cm;">
</div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"> ____________________________________________________________________</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-52414484215422700992017-11-24T22:03:00.005-03:002023-11-14T14:26:30.760-03:00123- AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<b style="font-family: "times new roman", serif; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b style="font-family: "times new roman", serif; text-indent: 0cm;"><span style="font-size: large;">Cipriano Luckesi</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: medium;">ccluckesi@gmail.com</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-weight: bold;"><br /></span></span>
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-weight: bold;">01.</span> <b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Uma introdução à
questão da avaliação em educação<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Existem
três condutas no ser humano que pertencem à sua natureza: (1) conhecer
factualmente a realidade, seu modo de ser e seu modo de funcionamento; (2)
conhecer a qualidade da realidade; (3) agir tendo por base tanto o conhecimento
factual da realidade como o conhecimento da sua qualidade. O conhecimento
factual garante saber como agir; o conheci mento da qualidade permite a escolha
e o agir garante os resultados desejados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Podemos
distinguir essas facetas do ser humano, contudo, elas não são separadas. Atuam
conjuntamente. Tendo em vista praticar o conhecimento factual, há necessidade
de escolhas; tendo em vista fazer escolhas, há necessidade de descritivas factuais
da realidade, que sustentam as qualidades; e, por último, para agir,
necessitamos dos conhecimentos tanto dos dados factuais da realidade, que nos
permitem cognitivamente conduzir nossa ação da melhor e mais adequada forma,
quanto das qualidades da realidade, que se encontra à nossa frente, e exige de
cada um de nós escolhas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Conhecer
factualmente, avaliar e agir são três atos universais disponíveis e necessários
a cada um de nós na vida e os praticamos, usualmente, de modo habitual e
inconsciente. Para ter ciência deles e de como funcionam, importa,
conscientemente, parar e investigar cada um deles, de forma distinta, seus
lugares e papéis em nossa vida, inclusive o modo pelo qual podemos nos servir
de cada um deles, de modo produtivo e satisfatório.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">As
compreensões expostas acima nos guiarão nos passos subsequentes do texto que se
segue, tratando da avaliação na educação infantil, compreensão que, afinal,
poderá e deverá estender-se para todos os outros níveis de escolaridade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">As
crianças crescem, naturalmente, em direção à vida adulta. O destino comum e
natural de todos nós é sermos concebidos no seio de nossas mães, nascermos,
vivermos nossa infância, pré-adolescência, adolescência, vida adulta,
maturidade, velhice e um dia... vem o falecimento. Em princípio, a educação
formal tem por tarefa cuidar de todos os seres humanos ao longo da existência,
mas, de modo especial, na infância, pré-adolescência, adolescência, início da
vida adulta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">E,
no contexto da educação formal, temos uma proposta de atividade educativa a ser
levada em conta, denominada de “currículo”, uma prática educativa institucional
que traduz o currículo em ações pedagógicas, que devem ser eficientes. E, no
contexto das práticas pedagógicas, temos a avaliação. Currículo significa um guia
para a ação. Curriculum, factual e historicamente, era composto pelas guias,
uma de cada lado das pistas, entre as quais transitar os atletas que corriam
com as bigas romanas (carros de corrida), ou seja, não podiam corre por onde
desejassem, mas somente entre as guias. Hoje, na prática educativa, currículo é
a guia que deve dar direção à ação dos professores em sua ação pedagógica. O
currículo delimita o que deve ser ensinado e aprendido, evitando esparramar-se
pela quase infinita amplitude de conhecimentos hoje disponíveis científica e
culturalmente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Acima,
sinalizamos que o ato de avaliar expressa uma das faces universais do ser
humano, sua necessidade de investigara qualidade da realidade, tendo em vista
servir-se desse conhecimento como base para suas tomadas de decisão e sua consequente
ação, cuja finalidade, em sã consciência, é obter resultados desejados de forma
bem-sucedida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Nesse
contexto, vale sinalizar que todos os atos praticados pelo ser humano, por si,
destinam-se a produzir resultados positivos. Então, a avaliação, que tem por
base uma descritiva da realidade e sua consequente qualificação, tem o papel de
“alertar” cada sujeito agente para a qualidade dos resultados que estão sendo
produzidos em decorrência de sua ação. Caberá, pois, a cada sujeito, em sua
ação, “escutar” --- ou não --- esse alerta (esse aviso) da avaliação, e, se
desejar, corrigir os rumos da ação que administra, tendo em vista, efetivamente
obter os resultados desejados. Esse é o papel do ato avaliativo, que, por si, é
natural e constitutivo do ser humano.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">De
modo universal, “portanto sem exceção”, não existe ação humana que não seja
precedida por um ato avaliativo. Ato que lhe indica a qualidade da realidade,
em função da qual, pode decidir pelo caminho a seguir, tendo em vista construir
o resultado que deseja.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Essa
é a constituição e esse é o papel fundamental do ato avaliativo, que, em
princípio, deveria também configurar o modo de agir de todo educador, afinal,
um sujeito agente na atividade educativa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Contudo,
vale sinalizar que, historicamente, inventaram-se outros usos para os resultados
da investigação avaliativa quando utilizada para qualificar condutas do ser
humano, tais como a classificação com desdobramentos nas
aprovações/reprovações, assim como nas premiações e nos castigos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O
uso classificatório dos resultados da investigação avaliativa, propriamente não
pertence à avaliação, mas, sim, ao âmbito dos usos dos seus resultados. E esse
uso, também de forma histórica, trouxe distorções, de modo especial na prática
educativa formal escolar, com decisões de aprovação, reprovação, premiações e
castigos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O
convite deste texto é para que nós educadores, ainda que possamos nos servir
dos resultados da avaliação para classificar, aprovar/reprovar, premiar e
castigar, nos sirvamos, em primeiríssimo lugar, dos seus resultados de modo
diagnóstico, tendo em vista orientar nossas tomadas de decisão na perspectiva
de subsidiar a efetiva produção dos resultados desejados de nossa ação,
traçados no currículo de nossa área de ensino, como em nossos planos de ação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No
cotidiano de nossas vidas, a todos os instantes, segundo a segundo, nos
servimos de atos avaliativos na perspectiva de reorientar nossa ação na busca
do sucesso dos seus resultados. Assim age a mulher ou o homem que, logo pela
manhã, diante do espelho de sua toilete residencial, se prepara para sair para
a rua ou para o trabalho. Todos nós nos colocamos diante do espelho e nos
auto-avaliamos, tendo em vista tomarmos decisões para apresentar-nos junto aos
outros com a melhor aparência possível; todas as pessoas que preparam alimentos
nos fogões de suas casas, constantemente, estão a experimentar o alimento em
cozimento, tendo em vista conduzi-lo à satisfatoriedade; todo artista de
teatro, em seus ensaios, busca autoavaliar-se e até mesmo solicita a seus pares
para que o assistam e sinalizem possibilidades de melhorar seu desempenho; e,
dessa forma, todos as práticas do seres humanos, universalmente, passam pelo
crivo da avaliação, sempre tendo em vista a obtenção do melhor resultado.
Deseja-se sempre chegar ao melhor resultado. Essa é uma conduta quase que
automática na vida de todos nós. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Todavia,
na escola, ao invés do permanente uso diagnostico dos resultados do ato
avaliativo, tendo em vista conduzir todos os estudantes à obtenção do melhor e
mais significativo resultado, herdamos o caminho da classificação, da aprovação/reprovação,
premiação e castigo, práticas presentes cotidianamente em nossas salas de aula.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Estamos,
pois, convidando os leitores deste texto, certamente educadores escolares, a
inverter a ordem dos usos cotidianos dos resultados dos atos avaliativos,
presentes em nossas escolas. Colocar em primeiríssimo lugar, o uso diagnóstico
como um parceiro para nos guiar a investir mais, e mais, em nossos estudantes,
de tal forma que efetivamente aprendam aquilo quem se encontra nos currículos
correspondentes aos seus níveis de ensino e aprendizagem. E servir-se do uso
classificatório dos resultados da avaliação, como padrão de qualidade ideal a
ser atingido. A exemplo, seguindo nosso usual sistema de anotação, investir na
prática de ensino a fim de todos os estudantes, com os quais trabalhamos, para
atinjam a qualidade registrada, por exemplo, pela nota 8 (oito), ou seja, uma
aprendizagem satisfatória.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Isso
significa, em primeiro lugar, seguir aquilo que a natureza humana inventou como
seu modo universal de ser: usar a investigação avaliativa, como recurso
subsidiário para as decisões de investir na busca do sucesso dos resultados de
nossas ações. E, então, secundariamente, até poderemos nos servir de algum uso
classificatório dos resultados da avaliação, quando for necessário, como nas
competições e nas premiações; contudo, não no cotidiano escolar. Na escola, o
convite é para nos servirmos da avaliação como nossa parceira a nos sinalizar
que já podemos nos descansar de novos investimentos devido termos atingido o
resultado desejado; ou a nos sinalizar que necessitamos investir mais, e mais
ainda, se desejamos, efetivamente, atingir os resultados desejados, desde que,
ainda estamos a caminho para meta desejada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-weight: bold;">02.</span> <b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">A trajetória da infância à vida adulta, em
termos de aprendizagens<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Recentemente,
participei de um evento denominado “Colóquio de Educação Infantil: práticas e
reflexões”, promovido pelo Centro de Educação Infantil, Santa Casa, Salvador,
Ba, no dia 16/11/2017, no qual apresentei uma abordagem sobre o tema “Avaliação
na educação infantil”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Minha
fala foi precedida por duas anteriores, sendo que uma delas esteve centrada na
exibição de um tape sobre o direito das crianças, com imagens capturadas em
variados espações geográficos do mundo e a subsequente sobre a Base Nacional
Curricular Comum, voltada para a Educação Infantil.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Após
assistir o tape “Vozes da Criança”, apresentado pela psicóloga Ana Marcílio,
fiquei a pensar que o modo básico de ser das crianças é universal, assim como
dos adultos. Todas as crianças --- independente de região geográfica, país,
cultura... --- correm, pulam, falam, praticam as mais variadas atividades. São “ativas”
e, dessa forma, aprendem, se desenvolvem e, consequentemente, se formam.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Do
outro lado, fiquei também a pensar em nós adultos, que somos muitíssimos menos
buliçosos, e que chegamos à altura da vida em que nos encontramos devido termos
sido muito buliçosos... e ativos, de modo semelhante às crianças que vi no tape.
A natureza nos inventou dessa forma.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Na
infância, necessitamos de múltiplos momentos de atividades tendo em vista
“experimentar” o mundo, experimentar nosso corpo e aprender com cada movimento;
aprender o domínio do corpo e dos movimentos, assim como compreender cada
experiência que se dá nesse espaço-tempo, chamado mundo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Vagarosamente,
com o passar do tempo e dos anos de nosso desenvolvimento, e nossa consequente
formação, vamos afunilando nossos interesses, de tal forma que, então, também
de modo vagaroso, reduzimos as buscas e as práticas por todas as atividades
possíveis com as quais nos deparamos. Seguimos pela vida focando nossas
possibilidades e interesses. Nossa experiência, ao longo do tempo e das
experiências, vai se tornando seletiva e centrada neste ou naquele conjunto de
interesses e atividades, vamos nos centrando em determinadas experiências, que
nos interessam, secundarizando outras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Então,
fiquei a meditar na afirmação de que “quem só pode o menos, não pode o mais; porém,
quem pode o mais, pode o menos”. Ou seja, as crianças --- que, ainda, tem menos
organização corporal, mental e emocional --- não tem como exercer ações de um
adulto, que já construiu e é capaz de administrar sua vida. Contudo, um adulto,
que já ultrapassou e integrou todas as fases anteriores do desenvolvimento
biológico, cognitivo e psicológico, além de poder exercer ações que bem cabem a
um adulto, se o desejar, e com algum esforço e dedicação, poderá retornar a
exercer atividades que praticou e vivenciou na infância ou na adolescência. Ao
menos sabe como foi isso. Então, pode compreender a segunda parte da afirmação:
“Quem pode o mais, pode o menos”, isto é, possui recursos neurológicos e
psicológicos que lhe permitem agir em situações que exigem menos, seja do ponto
de vista psicológico, assim como neurológico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Nossas
aprendizagens, ao longo da vida, através das atividades e suas compreensões,
criam ativamente os algoritmos de memória que são os recursos --- conhecimentos
e habilidades --- dos quais lançamos mão para administrar nosso cotidiano
pessoal e profissional. Nossas aprendizagens, ao longo da vida, nos dão
suporte, para vivermos no cotidiano, da melhor forma possível.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Algoritmos
de memória, construídos ao longo do tempo e das experiências, permanecem disponíveis
no nosso subconsciente e retornam ao consciente, quando dele necessitamos. Não
existe ato nosso que não seja regido por nosso sistema nervoso. Por isso, ele é
denominado de “sistema nervoso central”; afinal, a central de administração da
vida, que mantém e usa todos os conhecimentos e habilidades adquiridos: (01) conhecimento
“factual” (parte do senso comum, ciência), que nos possibilita saber o que é a
realidade e como ela funciona; (02) conhecimento “avaliativo” (filosofia), que
nos revela a qualidade à realidade e, por isso, precede e subsidia nossas escolhas,
nos oferecendo sentido para a nossa ação; e, por último, (03) o “agir”, tendo
por suporte tanto os valores, as qualidades, (filosofia) que nos garantem as
possibilidades das escolhas, assim como os conhecimentos factuais, que nos
subsidiam atuar de modo eficiente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Afinal,
o famoso trio --- “ver” (ciência), “julgar” (filosofia) e “agir” (tecnologia,
isto é, formas práticas de agir sustentadas nas escolhas e nos conhecimentos do
funcionamento da realidade) --- que nos subsidia permanentemente em nosso
viver.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Os
algoritmos de memória, construídos ativamente, não estão sempre ativos em nosso
cotidiano, contudo, permanecem sempre disponíveis no nosso subconsciente.
Quando necessitamos deles, estão a postos; basta evocá-los e utilizá-los.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Exemplo
não faltam sobre esse caminho do aprender e do uso dos seus resultados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Quem
aprendeu a falar uma língua, além da língua materna, realizou essa aprendizagem
de maneira ativa, ao longo de um tempo, adquirindo as habilidades de pronunciar
sons e palavras dessa outra língua, entendendo-os, assim como as habilidades de
ouvir sons e palavras pronunciadas nessa outra língua, formando frases e
comunicações com sentido, tendo em vista expressar entendimentos e/ou
pensamentos, narrativas, modos de fazer alguma coisa... Tanto os algoritmos da
língua materna, como aqueles da língua estrangeira aprendida, permanecem disponíveis
no subconsciente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Só
vem à tona quando a necessidade os convida. Quando temos o domínio de uma
língua “estrangeira”, não estamos permanentemente a utilizá-la. De modo comum,
usamos a língua materna, mas, se necessário, toda nossa habilidade de nos
servimos da outra língua, que fora aprendida, vem à tona e passamos a usar os
seus recursos. Encerrada a necessidade, esse algoritmo de memória, relativo à
língua estrangeira, retorna ao subconsciente, dando lugar, no nível consciente,
ao uso de outros algoritmos de memória que, também momentaneamente, estivermos
necessitando. Sem essa dinâmica de reter conhecimentos e habilidades na memória
e disponibilizá-los no momento da necessidade, nosso consciente não suportaria a
quantidade, quase infinita, de conhecimentos e habilidades que possuímos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Outro
exemplo --- entre todos os outros possíveis, que cada leitor poderá formular
--- pode ser andar de bicicleta. Após muito treinamento, nos equilibramos sobre
a mesma, pedalamos e nos locomovemos. Depois de ter adquirido essa habilidade, seu
algoritmo de memória permanece “oculto” no subconsciente. Tendo necessidade
desse recurso em outro momento da vida, o conhecimento e a habilidade de andar
de bicicleta vêm novamente à tona, e, então, nos equilibramos sobre ela,
pedalamos e nos locomovemos. Encerrada essa necessidade, esse conhecimento e essa
habilidade retornam a “dormir” no subconsciente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Como
se formam os algoritmos de memória que nos dão suporte para vivermos nosso
cotidiano? Nosso sistema nervos deve ter aproximadamente 86 milhões de
neurônios, segundo recentes estimativas. Cada neurônio, através de nossas
atividades, se conecta a múltiplos outros, constituindo os algoritmos de
memória, que nos possibilitam escolher e agir. Através da atividade
compreendida, constituímos nossos conhecimentos e habilidades, que permanecem
guardados em nossa memória, à espera de serem acessados para nos orientar na
ação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">03.<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">As aprendizagens escolares: como se dão?<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">As
aprendizagens são mediadas por nossas ações compreendidas, seja em decorrência
do fato de estarmos no mundo e com ele nos relacionarmos, seja pelo fato de um
adulto nos mostrar e nos exercitar nos caminhos de como compreender e agir no
mundo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No
dia a dia de nossas vidas, aprendemos nos relacionando com o mundo que nos cerca.
Experimentamos, conseguimos resolver impasses que se nos apresentam, como
também nos frustramos quando não conseguimos sucesso. Contudo, seguimos em
frente, nos confrontando com o mundo, aprendendo tano com as soluções
bem-sucedidas como com as frustrações, sempre nos formando.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No
contexto do ensino, seja ele mais espontâneo (familiar), seja ele mais formal
(na escola, por exemplo), haverá alguém que ensina e alguém que aprende. Quem
ensina, para ensinar, já deve ter o percurso da aprendizagem daquilo que
ensina; razão pela qual pode mediar a aprendizagem do outro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Em
nosso sistema educacional --- seja ele infantil, fundamental, médio ou superior
---, o ensino é mediado por um profissional (professor), que, de um lado, deve
estar preparado para exercer essa função; e, de outro, necessitará reconhecer e
servir-se de um currículo, que é reconhecido e assumido como o conjunto de
conhecimentos e habilidades necessários ao desenvolvimento dos estudantes, em
suas diversas fases de vida. O currículo significa uma seleção de conteúdos,
entre os milhares possíveis, para orientar a ação do educador e do seu
estudante, no percurso da educação escolar. Não haveria, dentro da escola,
possibilidade de ensinar e aprender tantas e tantas possíveis experiências;
daí, o currículo conter uma seleção de conteúdos que orienta o professor no
ensino e o estudante em sua aprendizagem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No
caso da educação infantil, hoje, no Brasil, temos uma Base Nacional Curricular
Comum, que estabelece os conteúdos a serem levados em conta pelos educadores e
educadoras no atendimento dessas crianças, tendo em vista o seu percurso de
aprendizagem e desenvolvimento. Esse é o currículo que está disponível para
orientar a ação do educador, como o gestor da vida escolar ou da sala de aula.
Ele tem a responsabilidade de executar o currículo, mas, muito mais que isso,
garantir que o currículo executado produza os resultados desejados e
estabelecidos. O professor, a professora são os guardiões da aprendizagem e
desenvolvimento dos seus educandos, servindo-se, para tanto, do currículo, como
seu guia de ação. Afinal, um currículo não é nada mais que isso: um guia para orientar
nossa ação no ato de ensinar e um guia para orientar o estudante no ato de
aprender.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">04.<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Avaliação na
Educação Infantil<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Como
em qualquer atividade humana, na escolaridade infantil como em outro nível de
escolaridade, a avaliação se dará pelos três passos anunciados na primeira
parte deste texto: configurar o objeto da investigação avaliativa; coletar
dados para descrever a realidade; qualificar a realidade, comparando-a ao
padrão de qualidade assumido como satisfatório.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"> -------</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No
caso da educação infantil, a “configuração do objeto da investigação avaliativa”
deve ter presente o currículo assumido com aquele que orienta tanto a ação do
educador ao ensinar, como a ação do educando ao aprender e, evidentemente, no
plano de ensino do educador, que, por si, deve traduzir as delimitações
contidas no currículo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Contudo,
poderão emergir necessidades que exijam reestruturação do plano de ensino,
fator que também deverá atuar na configuração do objeto de investigação
avaliativa, desde que o educador desejará, através da atividade avaliativa, ter
ciência da qualidade da aprendizagem e do desenvolvimento dos seus educandos, à
medida que esse conhecimento servirá de base para suas decisões na prática do
ensino, tendo em vista a qualidade desejada dos resultados de sua ação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Não
poderá, nem deverá desejar investigar a qualidade de resultados de uma ação que
não fora praticada. A avaliação, como investigação da qualidade dos resultados
da aprendizagem dos educandos, só poderá incidir sobre os resultados de uma
ação efetivamente realizada. No caso, se, devido razões variadas, o planejado
não fora cumprido, a avaliação da aprendizagem, para ser metodologicamente
justa, deverá incidir exclusivamente sobre os resultados da ação executada; nem
mais, nem menos; somente sobre ela.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Poder-se-á
praticar uma avaliação “da razão pela qual o planejado não fora cumprido”,
porém essa investigação tem a ver com uma “avaliação da prática de ensino”, não
da “aprendizagem dos educandos”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Ainda
vale uma observação. A partir do exposto a respeito da “configuração do objeto
de investigação avaliativa”, poder-se-á pesar que o ato avaliativo, então, só
poderá ser praticado sobre um “todo” e, ao final de um longo período de
atividade educativa. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Não,
isso seria um engano. Cada pequena atividade, cada ato, em si, poderá ser
objeto de um ato avaliativo. É e sempre será. A cada instante de nossa
atividade, praticamos atos avaliativos e, com base em seus resultados, tomamos
novas e sucessivas decisões.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Por
vezes, nem mesmo nos damos conta de praticamos um ato avaliativo e tomamos nova
decisão. Não existe na vida humana, decisão que não tenha sido precedida de uma
investigação avaliativa. A ação poderá ter sido rápida ou longa, em termos de
tempo, o certo que tanto em uma como em outra, a investigação avaliativa estará
presente, sendo a parceira de quem decide, subsidiando a melhor decisão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"> ------</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Configurado
o objeto da investigação avaliativa, caberá ao avaliador --- que, no caso, é o
educador, que exerce tanto o papel de gestor do ensino como de avaliador ---
praticar a “coleta de dados”, tendo em vista descrever seu objeto de estudo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Essa
coleta de dados poderá ocorrer simplesmente pela observação dos atos e condutas
do educando; poderá ocorrer pela entrevista (conversa), quando ela for
possível; poderá ocorrer pelo uso de algum recurso específico de coleta de
dados, tais como testes variados, hoje disponíveis; por testes, criados pelo próprio
educador (teste, aqui, não significa um recurso que implica no uso de lápis e
papel).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Importa
saber como está a criança, em seus variados desempenhos, e, daí, como agir para
ajudá-lo. O currículo sempre será um guia fundamental, porém existirão situações
inesperadas, que exigirão rápidas avaliações e sucessivas decisões do educador,
tendo em vista propiciar à criança a melhor possibilidade de aprendizagem e
desenvolvimento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"> --------</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Por
último, o terceiro passo da investigação avaliativa: “a qualificação da
realidade”. A qualificação da realidade avaliada se obtém pela comparação da
realidade descrita com o padrão de qualidade, considerado como satisfatório.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O
currículo e seus desdobramentos em planos de cuidados pedagógicos, que ocuparam
o papel de orientação para o educador, também, no caso, servirá de padrão de
qualidade a ser atingido pela ação do educador. Quando planejamos uma ação,
traçamos também aquilo que desejamos atingir como resultado de nossa ação.
Efetivamente, ninguém planeja uma ação para não chegar a resultado algum.
Planejamos devido desejarmos atingir um resultado e com determinada qualidade.
Então, no ato avaliativo, que se apresenta como uma investigação da qualidade
da realidade, a pergunta fundamental é: “Obteve-se o resultado desejado; e, com
a qualidade desejada”? Em caso positivo, ótimo. Em caso negativo, o que se
deseja fazer? Desistir de obter o resultado desejado? Investir mais, e mais,
tendo em vista obter aquilo que se deseja? Quem toma a decisão nem é a
avaliação, nem o avaliador; é o gestor da ação. No caso do ensino, o gestor da
ação é o professor, o cuidador.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Então,
o eixo central da prática educativa é o currículo, mas, importa sinalizar, o
“currículo traduzido em ações cuidadosas e sábias do educador”. Isso implica
uma consistência formação teórica e prática para atuar junto aos educandos em
suas variadas idades. Em toda e qualquer prática educativa --- na educação
infantil, mais ainda ---, importa que o educador, educador esteja plenamente
preparado para atuar junto às crianças, acolhendo-as em sua individualidade e
subsidiando-as a caminhar pela sua aprendizagem e consequente desenvolvimento.
Isso implica em autoformação cognitiva, afetiva e metodológica. Importa uma
sabedoria a respeito das crianças, tendo em vista atuar com elas. Sem misso, as
compreensões e recomendação pedagógicas serão inócuas. Aliás, em qualquer nível
de ensino, a conduta do educador será capital.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: "times new roman" , serif;">05.<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Encerrando<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">O
ato avaliativo, como sinalizamos no início do presente texto, é um dos modos
universais do ser humano: conhecer factualmente, conhecer os valores de tudo o
que existe, e, por último, servir-se dos conhecimentos decorrentes das duas
modalidades de conhecer, tendo em vista garantir a ação maios satisfatória
possível.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Desse
modo, a avaliação é universal no ser humano. Não vive qualquer momento de sua
vida, sem que esteja avaliando e decidindo. Na maior parte das vezes, sem estar
atento a esse fato. O ato de avaliar faz parte do agir cotidiano. Para
compreendê-lo, é preciso desejar e, dessa forma, investir em sua compreensão
epistemológica e metodológica.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No
presente texto, investimos na compreensão do ato avaliativo, assim como de sua
prática no contexto da educação infantil. Um convite a todos os leitores para a
compreensão do ato avaliativo, assim como para as possibilidades do seu uso nos
variados níveis de educação institucionalizada. Também na educação espontânea
do cotidiano, por que não?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">_________________________________________________________________________</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-34015711440279677062017-11-11T21:34:00.004-03:002023-11-14T14:26:09.616-03:00122 - ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL EM AVALIAÇÃO EDUCACIONAL / Fortaleza, Ce / Avaliação e seus espaços: desafios e reflexões<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: medium;"><br /></span>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Recebi e partilho</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>ANAIS</b> DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL EM AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, evento ocorrido em Fortaleza, CE, entre os dias 09 e 11 de novembro de 2017, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>REALIZAÇÃO</b>: <span style="background-color: white; color: #596972; letter-spacing: 0.5px; text-align: center;">Universidade Federal do Ceará, </span><span style="background-color: white; color: #596972; letter-spacing: 0.5px; text-align: center;">Faculdade de Educação – FACED, </span><span style="background-color: white; color: #596972; letter-spacing: 0.5px; text-align: center;">Programa de Pós-graduação em Educação</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #596972; letter-spacing: 0.5px; text-align: center;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><span style="background-color: white; color: #596972; letter-spacing: 0.5px; text-align: center;"><b>ORGANIZAÇÃO</b>: </span><span style="background-color: white; color: #596972; letter-spacing: 0.5px; text-align: center;">Linha de Pesquisa em Avaliação Educacional – NAVE / FACED</span></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Para acessar o texto da publicação, usar</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"> o link</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"> --- http://www.nave.ufc.br/vii_ciae, clicando em "Anais".</span></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Um e-book sobre avaliação em educação.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">_____________________________________________</span></div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6079183691184362806.post-36109730846264061622017-06-09T20:53:00.004-03:002023-11-14T14:25:36.500-03:00121- ENSINO, AVALIAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Cipriano Luckesi</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Contato --- ccluckesi@gmail.com</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Pretendo, neste
texto, tratar da questão do nosso investimento de educadores regulares na
democratização social através de nossos cotidianos atos de ensinar estudantes
sob nossa reponsabilidade no cotidiano escolar. Parto, (01) da compreensão da
força que nós educadores temos em mãos, como mediadores no processo de
aprendizagem e desenvolvimento dos nossos estudantes, na perspectiva de estamos
investindo na democratização social; passo, a seguir, (02) para uma compreensão
de recursos para uma prática pedagógica consistente, onde professor ensina e
estudante aprende; prossigo, (03) lembrando das posturas necessárias de nós
educadores no investimento na aprendizagem dos nossos educandos; e, por último,
(04) abordo a avaliação nas práticas educativas escolares como nossa parceira
na conquista do sucesso em nossa atividade, contribuindo dessa forma para a
democratização social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Certamente que é
um projeto de longo alcance, em termos de tempo, desde que na história e na
construção de significativas mudanças a demanda de tempo sempre se faz
presente. Nossos investimentos não produzirão modificações na vida humana
amanhã, em termos de dias, mas será significativa no amanhã em termos de futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">01 - CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM PARA
A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Democratização
social significa que todos os cidadãos podem participar, em situação de
igualdade, da vida individual e coletiva. Para que isso ocorra, importa
recursos. Claro, o ideal seria que os recursos econômicos fossem efetivamente
distribuídos para o bem-estar de todos. Contudo, sabemos que, no contexto desse
fator e de múltiplos outros, vivemos numa sociedade de desiguais. Também vale
ficar ciente de que a educação, por si e diretamente, não tem poder suficiente
para proceder essa distribuição. Porém, tem um poder indireto, formando
sujeitos capazes de buscar e exercitar seus direitos, com base em suas
habilidades construídas no cotidiano de nossas escolas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Hoje temos no Brasil,
segundo o Censo Escolar de Educação Básica, 2016, INEP, 180.100 (cento e
oitenta mil e cem escolas de ensino básico), nas quais atuam 2.200.000 (dois
milhões e duzentos mil) professores. E, 48.800.000 (quarenta e oito milhões e
oitocentos mil) estudantes matriculados no Ensino Básico, ou seja, um quarto da
população do país. Acrescente-se a esse número os estudantes de nível superior.
Diante desses dados, cabe perguntar: Que consequências sociais, políticas,
econômicas e éticas teríamos no país, se efetivamente todos nós educadores, em
nossas escolas, efetivamente garantíssemos a aprendizagem e, consequentemente,
o desenvolvimento dos nossos educandos? Essa é a questão que desejo abordar
nesse texto. Mais que isso, desejo abordar compreensões e recursos para uma
prática de ensino eficiente a serviço do bem de todos nós cidadãos desta nação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b style="text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b style="text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b style="text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">02 - COMO SE PROCESSA A APRENDIZAGEM
EFETIVA POR PARTE DO ESTUDANTE</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">O objetivo da
escola é ensinar “para que os estudantes efetivamente aprendam”. Todas as atividades
humanas destinam-se a produzir os resultados positivos desejados. Ninguém de
nós age, apostando no insucesso de nossa ação. Em sã consciência, ninguém de
nós coloca resultado negativos como objetivo de nossa ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Os resultados
propostos e desejados de nossa ação pedagógica, no seio de nossas escolas, são
a aprendizagem de nossos estudantes, segundo o currículo estabelecido, e o seu
consequente desenvolvimento. Para investir na busca do sucesso em nossas
práticas de ensino, de início, importa compreender como o estudante aprende,
afim de que possamos agir com base nessa compreensão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">A aprendizagem
constrói dentro de nós, como também dentro de nossos estudantes, as habilidades
necessárias para estar e agir no mundo da forma mais satisfatória possível. As
aprendizagens constroem os algoritmos neurológicos de nossas habilidades
mentais, afetivas, emocionais e motoras. Para tanto, importa que o
ensino-aprendizagem tenha a característica fundamental de realizar-se
ativamente. Nosso sistema nervoso cria os algoritmos de memória, a serem
utilizados quando necessário, de forma, ao mesmo tempo, compreensiva e ativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Tendo em vista
praticar um ensino-aprendizagem ativo, importa ter presente os passos que se
seguem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(01) <b>Uma aprendizagem ativa pela</b> <b>exposição de conteúdos novos</b>. O
responsável por trazer os conteúdos novos, herdados da experiência
sociocultural anterior da humanidade é o educador, subsidiado pelos recursos
didáticos. O educador pode expor oralmente novos conteúdos, mas também pode
servir-se de recursos que levem novos conteúdos aos estudantes, tais como
livros didáticos ou não, documentários, tapes, filmes... A <b>exposição</b> é o meio pelo qual o educador faz a mediação entre as
heranças socioculturais da humanidade e o estudante, que vai aprender ---
adquirir habilidades ---, através dessa mediação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(02) <b>O segundo passo da aprendizagem é a
assimilação dos conteúdos expostos</b>. Para aprender “ativamente”, importa que
o estudante assimile o novo conteúdo e, para isso, necessita do suporte do
educador. Observar que, na assimilação, o estudante passa a ser o personagem
principal da aprendizagem. Afinal, é ele quem aprende. O professor dá-lhe
suporte. Suporte, aqui, significa auxiliar o estudante a compreender o que foi
exposto, tomando posse inicial desse conteúdo. Diz-se “inicial” devido ao fato
de que, nesse estágio, o estudante somente assimilou os conteúdos exposto, ou
seja, compreendeu o quem lhe fora comunicado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(03) <b>O terceiro passo necessário da aprendizagem
é a exercitação orientada pelo educador</b>. O professor cria os exercícios
articulados com o conteúdo exposto e a ser aprendido pelo estudante, ao mesmo
tempo que o orienta, corrige, reorienta. O estudante, ao exercitar os conteúdos
novos, torna-os propriamente seus, transformando-os em habilidades. A
construção de habilidades depende de exercitação em todos os campos da vida
humana, desde que o ser humano é um ser ativo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(04) <b>O quarto passo está comprometido com a
aplicação dos conteúdos aprendidos</b>. Após tornar-se senhor de um conteúdo
novo, através da assimilação e da exercitação, o educando pode, então, realizar
aplicações desse conteúdo em diversos campos da vida. A aplicação de um
conteúdo em variados campos da vida amplia uma habilidade adquirida, devido o
estudante perceber que aquela habilidade possibilita outras possibilidades de
compreensão, assim como de ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(05) <b>O quinto passo está comprometido com a
re-criação dos conteúdos aprendidos</b>. Após o aprendiz adquirir uma
habilidade (compreensão teórica + modo de agir), mediada pela exposição +
assimilação + exercitação + aplicação, está apto a recriar uma determinada compreensão
como uma determinada habilidade; e, então, poder servir-se de sua aprendizagem
de modo pessoal e segundo suas necessidades. Esse passo da aprendizagem pode
ser traduzido pela afirmação: “Já sei isso e, então, posso recriar essa
compreensão e essa prática tendo em vista novas e emergentes situações”. O
aprendido garante a possibilidade de sua re-criação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(06) <b>O sexto passo é a elaboração da síntese</b>.
Todos os passos da aprendizagem, sinalizados anteriormente, conduzem à síntese,
que representa a posse plena de um conhecimento novo; é a integração ordenada
das múltiplas facetas de uma aprendizagem como um todo. A síntese nem sempre
será realizada no decurso das aprendizagens escolares, desde que estas são
parciais. Usualmente, devido expressar uma integração de partes, a síntese demandará
mais tempo, assim como maturidade psicológica e cognitiva por parte do
estudante ou do profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Importa observar
que, à medida que os passos do ensino-aprendizagem seguem o seu curso, o
aprendiz (estudante) vai tomando conta do processo e o educador vai
acompanhando e dando suporte para que o estudante faça seu caminho de
conhecimento e, pois, constitua sua autonomia e sua independência. A concepção
piagetiana do ensinar-prender está comprometida com a construção da autonomia
do estudante: inicia uma aprendizagem dependente do professor e a conclui com
sua autonomia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">No primeiro passo
--- exposição ---, o professor tem o predomínio; contudo, do segundo passo em
diante, quem tem o predomínio ativo é o aprendiz; afinal, é ele quem aprende,
estruturando seu próprio algoritmo neurológico relativo à habilidade adquirida,
registrado na memória dentro de si, no seu sistema nervoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Os algoritmos
neurológicos da memória (que serão acessados na vida cotidiana, quando
necessários) são construídos --- por meio dos milhares e milhares de sinapses
--- no seio do sistema nervoso do estudante, pela sua ação de aprender. O
professor será seu parceiro nesse caminhar pela aprendizagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Os passos, acima
indicados, no processo de ensinar e aprender, não necessariamente seguirão a
sequência de passos 1º, 2º 3º..., nessa referida ordem. Pode-se tentar iniciar
por qualquer um deles, contudo, a aprendizagem efetiva dependerá de todos eles.
Podemos iniciar por uma atividade (exercício ou aplicação) e, então, o estudante
perguntará --- “mas, como se compreende isso?” --- e, então, haverá necessidade
de se retornar à exposição (= retomar a herança sociocultural já trilhada e
elaborada pela humanidade, que contém os conceitos dos quais se está
necessitando. Poderá se iniciar por uma “síntese” e, então, haverá necessidade
de se retomar “as partes” para se compreender a síntese. Então, o que importa
não é a ordem dos passos, mas sim que eles sejam utilizados, a fim de que a
aprendizagem consistente e satisfatória se dê.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">03 – ATITUDES DO EDUCADOR NO PROCESSO DE
ENSINAR E APRENDER<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Antes de mais
nada, para uma prática educativa escolar consistente, importa <b>uma postura necessária do educador</b>. O
educador necessita ir para a sala de aula ou para seus estudantes despido de todo
e qualquer preconceito, com o objetivo claro de que ele vai ensinar e todos os
estudantes sob sua liderança irão aprender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Sem a clareza e a
posse desse objetivo, o mais comum entre todos nós, educadores escolares, é nos
dirigirmos para a sala de aula ou para os grupos de nossos estudantes com a
certeza de que “somente alguns aprenderão”, supostamente “os mais hábeis”;
outros... certamente ... serão reprovados. A postura do senso comum cotidiano
não oferece nenhum suporte ao educador tendo em vista trabalhar com todos,
servindo-se dos passos do ensinar e aprender, acima indicados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Já relatei em
múltiplas ocasiões, nas palestras que fiz para variados públicos, que fui uma
criança multi-repetente e que saí dessa situação, em torno dos quatorze anos de
idade, devido um professor de Língua Portuguesa ter dito a mim e a outros
colegas de infortúnio que “se fossemos bem ensinados, aprenderíamos”. E
acrescentou que iria cuidar de todos nós. Desse dia em diante, deixei de ser
repetente em qualquer atividade cognitiva das quais tenha participado. Meu bom
professor de Língua Portuguesa, em seus cuidados pedagógicos com nós, os
repetentes, praticou as posturas que exponho a seguir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Ensinar significa
apostar que somos capazes de ensinar e que nossos estudantes são capazes de
aprender. Então, qual a razão para as não-aprendizagens e as reprovações?
Dificuldades existirão, mas qual ação humana não se depara com impasses? Se
desejamos sucesso em nossa ação, importa buscar soluções para ultrapassá-los.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Então, a postura
inicial fundamental do educador é: “meus estudantes aprenderão, desde que se
invista efetivamente em seu ensino”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Com essa postura,
penso que os atos do educador em sala de aula, seguem aproximadamente, os
componentes, a seguir apresentados: acolher, nutrir, sustentar e confrontar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><b>Acolher</b> significa receber, de coração
aberto, o educando com as qualidades com as quais ele chega a nossa atividade
de ensino (turma de estudantes). Alto, baixo, pele branca, vermelha, negra,
traços indígenas, dos centros das cidades, das periferias, com traços europeus,
africanos, orientais, portador de pré-requisitos cognitivos e socioculturais,
carente desses pré-requisitos... enfim, acolher o estudante como ele chega à
turma com a qual iremos atuar ou com a qual estamos trabalhando. Ele é o nosso
estudante, a pessoa a quem daremos suporte para que aprenda os variados
conteúdos escolares, seguindo os passos do ensinar e aprender, anteriormente
sinalizados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Ele aprenderá, se
--- de início e sempre --- o acolhermos e, no cotidiano de nossa ação
pedagógica, estivermos atentos às questões metodológicas da aprendizagem ativa,
da qual falamos no tópico anterior deste texto. Acolher o estudante com as
condições que chega em nossa sala de aula; esse é o ponto de partida do
ensino-aprendizagem. Sem o acolhimento inicial e subsequente, não há ponto de
partida nem condição para o ensino-aprendizagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><b>Nutrir</b> significa oferecer aos nossos
estudantes a melhor exposição dos novos conteúdos, seguindo os passos do
ensinar e aprender sinalizados anteriormente. Muitos dirão: “Mas, eles não
aprendem”. Como não aprendem, se são neurologicamente saudáveis? Necessitam,
sim, de ajuda, suporte, nutrição paciente e permanente, parceria no caminhar
pela aprendizagem. Então, aprenderão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><b>Sustentar a experiência de aprender</b>
significa acompanhar o estudante e realimentá-lo todas as vezes que isso for
necessário. Certamente não será somente com uma exposição que o estudante
aprenderá aquilo que estivermos ensinando. Não aconteceu comigo nem com o caro
leitor que a experiência da exposição de um novo conteúdo, de imediato, fosse
plenamente assimilada e aprendida (aquisição da compreensão e habilidade do
novo conteúdo). Em nossas vidas, tivemos necessidade de ajuda e suporte para
aprendermos, nossos estudantes também terão necessidade de ajuda e suporte. A
aprendizagem, como vimos, se faz ativamente e isso demanda sustentação, ou
seja, tempo para os exercícios e orientação constante. Para nos servirmos de um
termo bastante presente em nosso meio cotidiano, há necessidade de um bom e
consistente feedback.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><b>Confrontar</b> significa observar a ação de
aprender dos estudantes e os consequentes resultados alcançados. Em caso
positivo, ótimo, seguimos em frente; em caso, negativo, novos investimentos
para que efetivamente eles aprendam e... certamente aprenderão com os nossos
cuidados. Ninguém aprende sozinho, sempre com o suporte do outro.
Cotidianamente nos servimos das falas e recomendações dos outros. De suas
observações. De seus ensinamentos, através dos livros, meios variados de
comunicação, tais como TV, rádio, livros, documentários, filmes... Um professor
sempre encontrará um meio novo de oferecer suporte ao seu aprendiz, a afim de
que crie suas habilidades. Mas isso é preciso desejar e investir nesse desejo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Enfim, ensinar
eficientemente implica em cuidados permanentes do profissional de educação com
os seus estudantes, afinal, o objetivo de sua ação. A sequência de atitudes ---
acolher, nutrir, sustentar e confrontar --- expressa os sucessivos cuidados que
um educador necessita ter ao exercitar o ensino. Os passos metodológicos do
ensino --- exposição, assimilação, exercitação, aplicação, re-criação e
elaboração de sínteses ---, indicados no tópico anterior deste texto, só serão
bem utilizados se as condutas do educador estiverem configuradas pelas cuidados
imediatamente acima indicados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">04 - AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO COMO PARCEIRA DO
SUCESSO DA AÇÃO DO EDUCADOR<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">O ato de avaliar
é um “ato de investigar a qualidade da realidade”. Para tanto, importa (01)
configurar adequadamente o objeto da investigação; (02) servir-se, com rigor de
pesquisa, de um recurso técnico de coleta de dados; (03) com os dados coletados
em mãos, proceder uma descritiva do objeto em investigação; (04) qualificar a
realidade descrita através da sua comparação a um padrão de qualidade
considerado como satisfatório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Caso a descritiva
preencha as variáveis do padrão de qualidade, a realidade será considerada <b>satisfatória</b>. Caso contrário, será
considerada <b>insatisfatória</b>. Neste
caso, caberá ao gestor da ação duas opções (a) aceitar a qualidade da realidade
como está (insatisfatória) ou (b) tomar a decisão de investir mais na ação, de
tal forma que a qualidade da realidade atinja o nível de satisfatoriedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Esse conceito se
aplica a todo e qualquer ato avaliativo, inclusive os atos avaliativos no
âmbito da educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Então, o ato de
avaliar é um ato <b>parceiro do gestor</b>,
seja para revelar-lhe que sua ação produziu satisfatoriamente o resultado
desejado, seja para revelar-lhe que sua ação <b>ainda</b> não produziu o resultado desejado e que tem a opção de
investir mais, ou não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Essa compreensão
revela que o gestor da ação tem a responsabilidade de (a) aceitar a qualidade
da realidade como está --- seja ela positiva, ou não --- (b) como também a
responsabilidade de não aceitar a qualidade da realidade como ela se encontra,
com a consequente responsabilidade de tomar a decisão de investir mais, e mais,
até que a realidade atinja a qualidade satisfatória desejada e necessária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Caso a opção do
gestor seja de aceitar a qualidade da realidade como está, <b>ele encerra a possibilidade de investimento</b>, desde que está
assumindo que a qualidade presente permanecerá como está, sendo satisfatória ou
insatisfatória, ou seja, decide extinguir os investimentos na ação em curso.
Aceitar a qualidade como está implica na <b>classificação</b>
da realidade como se encontra, seja ela positiva ou negativa. Esse modo de agir
expressa um modo classificatório de servir-se dos resultados da investigação
avaliativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Caso, por outro
lado, a opção do gestor seja de investir mais, e mais, na realidade, até que
ela atinja a qualidade desejada, ele estará fazendo um <b>uso diagnóstico</b> dos resultados da investigação avaliativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Em síntese, a
investigação avaliativa propicia ao gestor da ação duas opções: (01) encerrar a
ação com a qualidade que ela se encontra positiva, ou negativa; (02) após a
constatação de uma qualidade insatisfatória, continuar a investir na ação,
tendo em vista conduzi-la a um resultado satisfatória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Portanto, cabe ao
gestor da ação servir-se dos resultados da investigação avaliativa de <b>modo classificatório</b> ou de <b>modo diagnóstico</b>, sendo que o primeiro
implica em dar a ação por encerrada e o segundo modo de uso do resultado da
investigação avaliativa implica na continuidade da ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Na prática
cotidiana ou não prática da avaliação em situações específicas --- como pode
ser a educação --- existem as duas possibilidades de uso dos resultados e elas
estão e estarão sempre presentes como possibilidades. Caberá a gestor da ação a
decisão de como servir-se dos resultados da ação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Aplicando essas
compreensões à prática educativa, seja lá qual for o objeto da investigação
avaliativa --- a aprendizagem em sala de aula, a instituição educacional ou o
sistema de ensino (avaliação de larga escala) ---, ela será sempre a parceira
do gestor. Não é a avaliação que, por si, é classificatória ou diagnóstica. Ela
simplesmente investiga e revela a qualidade da realidade. O gestor da ação é o
sujeito da decisão do seu uso classificatório ou diagnóstico, ciente de que o
uso classificatório encerra uma ação e o uso diagnóstico está a serviço da
construção da realidade até que ela apresente a qualidade satisfatória
desejada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">05 – CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<o:p><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(a)<span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span>Se nós educadores desejamos colocar a prática
educativa a serviço da democratização social, importa que ela seja eficiente,
isto é, que todos estudantes aprendam aquilo que tem a aprender e, por
aprender, se desenvolvam. Então, todos adquirem recurso para buscar o seu lugar
na vida social em pé de igualdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(b) Para tanto, importa que, conscientemente, nos
sirvamos de passos metodológicos fundamentais --- exposição, assimilação, exercitação,
aplicação, re-criação, construção de síntese --- para que a efetiva
aprendizagem se dê a contento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(c)<span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span>Para exercer um ensino, com os passos
metodológicos traçados, onde todos os estudantes aprendam, importa que o
educador assuma conscientemente, como suas tarefas cotidianas, acolher, nutrir,
sustentar e confrontar os estudantes em seu caminhar pela aprendizagem dos
conteúdos com os quais estiver trabalhando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">(d)<span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span>Por último, importa que o educador veja e
sirva-se do ato de avaliar como uma investigação da qualidade da aprendizagem
dos seus estudantes, revelando-lhe as possibilidades de (a) aceitar a qualidade
da realidade como está (uso classificatório dos resultados da investigação
avaliativa) ou de (b), em verificando uma qualidade insatisfatória, decidir por
investir mais, e mais, em sua ação pedagógica até que a aprendizagem de todos
os seus educandos atinja o nível de satisfatoriedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-large;">Então, aqui, a avaliação expressa-se como a
<b>parceira</b> do educador na busca e
construção do resultado satisfatório desejado. Ele lhe revela a qualidade da
realidade, a decisão lhe pertence. Nesse contexto, não há como não atribuir a
decisão de buscar a qualidade satisfatória da aprendizagem ao educador como
gestor da ação educativa. Há que se apostar no fato de que a formação
consistente de todos os nossos educandos como um recurso de democratização
social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<span style="font-size: x-large;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: medium;"><span style="font-size: x-large;">O convite desse texto é para que todos nós
educadores --- que compomos o total de dois milhões e duzentos mil
profissionais da educação básica, espalhados pelas cento e oitenta mil e cem
escolas, implantadas nos mais variados rincões deste país --- atendamos todos e
cada um dos nossos educandos com as <b>posturas</b>
apropriados ao ensino e com o <b>rigor
metodológico</b> necessário à prática de ensinar-aprender. Afinal, uma atividade
profissional pela cidadania, pela busca da democratização social.</span><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 0cm; mso-add-space: auto; text-indent: 0cm;">
===============================================================================</div>
Cipriano Luckesihttp://www.blogger.com/profile/06797900158508441319noreply@blogger.com2