Cipriano Luckesi
Contato --- ccluckesi@gmail.com
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INTRODUÇÃO
Recentemente recebi uma
solicitação de ajuda frente ao fato de que, em uma determinada escola deste
imenso país, havia ocorrido o fato de que, chegado o final de ano letivo, excessivas
estudantes estavam na condição de reprovadas; então, o staf (direção,
coordenação pedagógica, professores) da escola tomara a decisão de promover os
estudantes, mesmo diante da carência da aquisição de conhecimentos e
habilidades necessários segundo suas idades e séries. “O que fazer diante dessa
situação? ” --- era a pergunta que me fora dirigida.
Respondi particularmente à
professora que me solicitou ajuda e, então, senti-me estimulado a escrever o
texto que ora partilho como todos os leitores deste blog, tentando
compreender a avaliação frente à prática de “estar voltado para o passado” e
“estar voltado para o futuro”. Afinal, na circunstância citada pela professora,
o único caminho possível é estar “no presente e voltado para o futuro”, pois
que o passado já está estabelecido.
ABORDAGEM CONTIDA NO PRESENTE
TEXTO
No texto, que se segue, indico as
circunstâncias pelas quais, usualmente, estamos voltados para o passado e da
necessidade de estarmos situados no presente e voltados para o futuro; por
último como agir voltado para o futuro, respondendo à solicitação formulada
acima.
A história da educação escolar, do século XVI
ao XXI, está marcada pelo nascimento da escola, como a conhecemos hoje (com
prédio próprio, organização escolar, staf de profissionais...), como também
está marcada pela compreensão de que “o que importa é o passado”, em especial
no que se refere às práticas avaliativas.
A pergunta que nós, permanentemente,
fazemos a respeito dos nossos estudantes tem sido em torno do tema --- “se eles
aprenderam” ---, ou seja, uma pergunta que tem a ver exclusivamente com o
passado.
Raramente nos perguntamos se os
estudantes podem aprender mais, e melhor. Mais raramente ainda, nos perguntamos
se o fato de eles não terem aprendido o suficiente tem a ver com a
circunstância da biografia de cada um deles, assim como com a circunstância do
sistema de ensino e com a competência e a forma de cada um de nós educadores
atuarmos junto a eles; afinal com o sistema de ensino. Desejo tratar desses pontos
neste texto.
Iniciemos pelo fato de estarmos
voltados para o passado, acreditando que, com o castigo do que ocorreu no
passado, gerando a ameaça para o futuro, os seres humanos em geral e os
educandos, em nosso caso, investirão no futuro.
A frase mais comum, no presente
momento da humanidade, dirigida às crianças e adolescentes em situações nas
quais elas não estão alinhadas com o que os pais (adultos) acreditam e desejam,
estão comprometidas com uma ameaça: “Caso você continue agindo dessa forma, você
vai ver o que vai acontecer com você”; “Se fizer isso de novo, você vai ver o
que vou fazer com você”.
Na minha infância, nos idos os
anos 1940 e 1950, eu ouvia reiteradamente a seguinte ameaça: “Agindo dessa
forma, você vai parar no fogo do inferno”. Eu tinha muito medo de “ir para o
inferno, quando morresse”.
Quem não passaria a vida ameaçado
com um destino desses e de outros parecidos? Sempre o passado ameaçando o
futuro, de modo implacável e definitivo. Nesta circunstância, como fica o
imaginário inconsciente especialmente das crianças, mas também dos adolescentes?
RAÍZES HISTÓRICO-SOCIAIS DO MODO
DE COMPREENDER E AGIR VOLTADO PARA O PASSADO
Esse modo geral de compreender e
agir --- no que se refere à civilização ocidental ---, a meu ver, tem suas
raízes nas concepções teórico-práticas e nos modos de ser expressos nos textos
bíblicos, assumidos e incrementados pela teologia, assim como pelas pregações e
práticas da igreja católica, que tem sido hegemônica ao longo da história
ocidental. E, no caso da prática educativa escolar, como veremos, a tradução
desse olhar para o cotidiano pedagógico.
Então, vivendo, no seio de nossa
cultura judaico-católica, aprendemos que todos nós nascemos no pecado
(original) e, portanto, inteiramente comprometidos com o nosso passado, desde o
início de nossas existências; fato que sela nossos destinos futuros. Daí a
possibilidade permanente da ameaça nos procedimentos educativos, ou seja, nossa
vida tem um futuro, todavia, comprometido com o passado desde sua origem de pecado
e, pois, de culpa. Culpa sempre prende o ser humano no passado; há que se
expiar essa culpa.
Certamente que existem outras
tradições históricas que compreendem e atuam de forma equivalente à anunciada
acima, ou seja, comprometidas com o passado.
Algumas concepções religiosas orientais,
como o budismo e seus derivados, ou ocidentais, como o espiritismo, desenvolveram
e utilizaram a compreensão do karma, que, construído no passado, gera uma carga
negativa que determina a vida no futuro. Nesse contexto, alguma experiência negativa
passada de cada um de nós deverá “ser paga (= compensada) ” em decorrência de
nossa ação praticada no passado. Usualmente esse “castigo” ocorre, ou ocorrerá,
através de limitações físicas e/ou psíco-espirituais.
No cotidiano, compreende-se
comumente como consequência do karma alguma experiência que não caminha bem na
vida e, então, nessas circunstâncias, vem a pergunta exclamativa que se
encontra na ponta da língua de todos, em nossa vida diária: “Mas, que karma é
esse, hein?!”
Transpondo essa compreensão teórica
geral --- de que a vida passada determina o presente e o futuro e, de alguma
forma, necessita ser compensada, usualmente, por algum castigo --- para o
âmbito da avaliação da aprendizagem, aprendemos, ao longo da história moderna
da educação, seja ela escolar ou não escolar, que o que importa é o passado do
estudante. Se bem-sucedido, aprovado; se malsucedido, castigado com a
reprovação. A aprovação decorre da boa conduta no passado; a reprovação é o
castigo decorrente de uma conduta não satisfatória do passado. Parece tudo ser
tão simples, os resultados parecem depender exclusivamente de um “querer” ou de
um “não-querer” do estudante.
Para essa compreensão linear da
vida e seus movimentos, não existem circunstâncias determinantes de algum
acontecimento; simplesmente dependem do “querer” ou do “não-querer”; no caso do
ensino-aprendizagem, o resultado depende exclusivamente do estudante; depende
do seu “investimento” pessoal e individual, ou, na outra ponta dessa fenomenologia,
do seu “não-investimento”.
Para essa compreensão linear, as
circunstâncias biográficas, socioculturais, históricas e organizacionais condicionantes
do que ocorre no espaço e no tempo (e, pois, na história) não existem, ou,
minimamente, não são levadas em consideração para compreender o passado, o
presente e o futuro.
A pedagogia jesuítica --- formulada
na tradição católica, expressa na Ratio
studiorum, documento publicado em 1599 --- marcou a modernidade inteira no
que se refere à educação escolar e ainda marca a ação educativa em nossas
escolas no presente momento da história. Nesse documento, está definido que, durante
o ano letivo, os estudantes deveriam ser exercitados para aprender, contudo, o
nível e a qualidade de suas aprendizagens, tendo em vista a promoção de uma
classe para a subsequente, seriam aquilatados pelos recursos dos exames
escritos e orais, que ocorreriam ao final de cada ano letivo, assim como pelos
recursos de competição e premiação, que ocorreriam em diversas circunstâncias
da vida escolar durante o ano letivo.
O professor, em sala de aula, deve
acompanhar, orientar e exercitar a aprendizagem e o desenvolvimento dos
estudantes e registrar os resultados desse processo na “Pauta do professor”
(caderneta), segundo as normas da Ratio Studiorum;
mas, o que valia mesmo para a promoção de uma classe para a outra --- no nosso
caso, hoje, de uma série letiva para a outra --- são os juízos que tem por base
os resultados dos exames escolares escritos e orais, que devem ocorrer sempre
no final da cada ana letivo. Esses atos examinativos tem por base o passado da
aprendizagem do estudante. Ainda que a banca examinadora, que executava os
exames do final do ano letivo, devesse ter presente os registros contidos na
“Pauta do professor” em relação a determinado estudante, o que pesava para a
promoção, ou não, eram os resultados dos exames, escritos e orais.
Ele estava sendo promovido pelo
que “já aprendeu” (passado), realidade manifestada como resultado identificado
através dos exames escolares. Caso o estudante revele não ter aprendido, não
importava olhar para a circunstância do ensino e, então, buscar encontrar novas
soluções. Bastava o julgamento final, tendo por base o passado.
Importa observar que a pedagogias
formulada e expressa por John Amós Comênio, bispo protestante do final do
século XVI e primeira metade do século XVII, originário da Morávia (hoje
Tchecoslováquia), assim como a pedagogia formulada e expressa por João Batista
de La Salle (canonizado santo pela Igreja Católica), especialmente em sua obra
Contuite des écoles cretiennes, publicada
na primeira metade do século XVIII, seguem no mesmo eixo de considerações,
vinculando a conduta do presente como consequência do passado, sob
responsabilidade individual do estudante. Ele individualmente é o responsável
pela sua condição de aprovado ou reprovado. As circunstâncias e os cuidados
necessários para ultrapassá-las não são levadas em consideração. O olhar
permanece restrito à responsabilidade do estudante.
Então, aprendemos isso ao longo
da sociedade moderna --- séculos XV e XVI ao momento atual --- que, como circunstância
envolvente, determinou a prática educativa escolar, que se encontra em seu
seio.
Fomos determinados, ao longo da
modernidade, a ter o passado como parâmetro e, em decorrência desse
entendimento, acreditamos que só o castigo resolve o futuro. Nesse contexto,
aprendemos a viver determinados por um “pecado anterior” ou por um “karma”, que
exige reparos (compensações) através do castigo.
Então, hoje, em nossas escolas,
agimos e praticamos atos semelhantes, não devido estarmos conscientes de todo
esse pano de fundo histórico-social, mas simplesmente devido, historicamente, “sempre”
termos agido dessa forma. Foi desse modo que agiram conosco, quando crianças,
adolescentes e quando estudantes; agora, professores, repetimos o modelo,
agindo de forma equivalente.
OUTRO CAMINHO: OLHAR PARA O
PRESENTE E PARA O FUTURO
O outro modo de ser e viver ---
diversa do “estar voltado para o passado” --- é compreender que o ser humano se
apresenta ao mundo como um “feixe de possibilidades”, o que significa estar
voltado para o futuro. “Possibilidades” se atualizam do presente para o futuro,
isto é, possibilidades tornam-se atos, como diria Aristóteles; tornam-se reais.
Para aqueles que pensam e agem,
entendendo que na origem está o pecado ou, no decurso da vida, se constitui o
karma, à medida que possam olhar para o futuro, importa também estar ciente de
que, em todas as religiões, Deus está no início de tudo e, como tal, Ele
implantou em cada componente da natureza, como da mesma forma em cada ser
humano, a semente de todas as possibilidades e, pois, voltadas para o futuro.
O teólogo católico Pierre
Teilhard Chardin (1) compreende, dessa forma, o ponto alfa (partida) e o ponto
ômega da evolução; sendo o ponto ômega a culminância de todos os processos
evolutivos. Deus é o alfa e será o ômega desse processo. Então, onde fica o
pecado, como marca do passado?
Para aqueles que não tem os
dogmas religiosos como pano de fundo de compreensão da vida, importa
compreender que o ser humano, ao ser concebido no ventre materno, se manifesta
efetivamente como um feixe de possibilidades, que serão atualizadas
(transformadas em ato, em realidade), no caminho do desenvolvimento, que se dá
na relação com o outro, compreendendo o “outro” como tudo que nos cerca, seja
outra pessoa, seja a natureza física e social. O ser humano, desde a concepção
é um ser ativo, seja biologicamente, psíquica ou espiritualmente.
David Boadella, na introdução ao
livro Correntes da vida: uma introdução à
biossíntese, traduzido e publicado pela Summus Editorial, São Paulo, diz
que o ser humano se desenvolve por dois princípios --- pelo “princípio
formativo” e pelo “princípio organizativo”. O princípio formativo (feixe de
possibilidades) diz que tudo na natureza se desenvolve do simples para o
complexo; e o princípio organizativo (na relação com o outro) diz que nada nem
ninguém se desenvolve sozinho. E, acrescenta que “o que cura é a receptividade
viva de outro ser humano” (2). Bem compreendido esse entendimento, temos que
--- na natureza em geral, como no âmbito da vida e, em especial, no âmbito da
vida humana --- tudo se desenvolve na interação com o outro. No caso do ser
humano, com a nuance de que isso ocorre “pela receptividade de outro ser
humano”.
Esse é o pano de fundo que
possibilita ao gestor de qualquer ação e, de modo especial ao gestor
pedagógico, compreender que tudo, e educando de modo específico, está voltado
para o futuro e, então, é nessa direção que deve seguir sua ação. Agir
pedagogicamente com “olhar voltado para a futuro”, ciente de que sua ação pode
produzir o “milagre da aprendizagem” em todos os educandos, tanto naqueles que
apresentam facilidade para aprender, como naqueles que apresentam alguma
dificuldade para aprender.
SINALIZANDO UMA SOLUÇÃO PARA A
QUESTÃO EXPOSTA NO ÍNCÍO DESTE TEXTO E PARA OUTRAS SITUAÇÕES
Estudantes não necessitam de ser
reprovados, se olhamos para o futuro, seja na atividade pedagógica de ensinar,
seja na atividade pedagógica de reencenar “até que aprendam”, desde que todo
ser humano é um “feixe de possibilidades”, podendo e devendo atualizar suas
potencialidades por meio da aprendizagem. Afinal, o ser humano, em toda a sua
existência, da concepção à morte, é a expressão dessa compreensão ontológica:
ele aprende sempre, desde que “recebido na receptividade viva de outro ser
humano”.
Contudo, para que isso aconteça,
há uma condição, desde o início até o seu final: o cuidado do outro. Se a mãe
não cuidar do embrião, depois, feto e, depois ainda, bebê, em seu ventre, o
novo ser humano não chegará ao mundo. O mesmo ocorrendo após o nascimento e
durante toda a vida. Cuidados é a condição do desenvolvimento. E, à medida
mesma do desenvolvimento, que se dá no presente, olhando para o futuro, cada
ser humano vai ganhando sua autonomia, de tal forma que, da concepção à vida
adulta, podemos e devemos observar a trilha de autonomia que cada ser humano
vai sendo constituída por meio do desenvolvimento biológico e de suas
aprendizagens.
Basta observar a trilha de
desenvolvimento de cada um de nós --- como chegamos onde estamos neste presente
momento de nossas vidas --- e perceber que fomos sendo constituídos por meio de
todos os cuidados que recebemos como de todos os ensinamentos e aprendizagens
pelos quis passamos. Somos aquilo que aprendemos, devido outros terem cumprido
o papel de “receptividade viva de outro ser humano” para cada um de nós, fator
pelo qual estamos aqui, como estamos.
Poder-se-á arguir que, muitos de
nós, tivemos dificuldades para chegarmos aonde chagamos. Sem sombra de dúvidas.
Mas, chegamos aonde chegamos porque alguém nos deu a mão em algum determinado
momento difícil de nossa vida. Por mais agruras que tenhamos passado, nem
determinado momento, alguém “nos deu numa mãozinha”, como se expressa na
linguagem popular. Para ter consciência disso, basta retomar nossa história
pessoal, nossa biografia, e, então, identificaremos múltiplos momentos de nossa
existência onde a “receptividade viva do outro ser humano” nos deu “essa
mãozinha” e, então, daí, prosseguimos pela vida a fora, ainda sempre na relação
com o outro, por vezes, aprendendo ou, por vezes, ensinando, ou ainda, por
vezes, ensinado-aprendendo ou aprendendo-ensinado.
Tendo como pano de fundo o “olhar
para o presente e para o futuro”, sinalizei e, aqui, repito a sinalização de um
encaminhamento para o impasse relatado no início deste texto vou repetir o que
afirmei à referida professora.
De um lado, que bom que o staf da
escola decidiu pela promoção dos estudantes, que não haviam aprendido o
suficiente para a série subsequente. De outro, a responsabilidade por subsidiar
todos esses educandos a aprender conhecimentos, habilidades e atitudes, nos
quais “ainda” não foram bem-sucedidos, todavia, o serão se receberem os
cuidados necessários.
Então, não bastará ter tomado a
decisão da promoção, será necessária uma segunda decisão, comprometida coma
primeira: “Trabalhar para que efetivamente, no ano letivo seguinte, os
estudantes aprendam o que já deveriam ter aprendido e o que deverão aprender na
nova série escolar”. Todos dirão: “Mas, isso é impossível”. Com certeza, não
será impossível, se o staf dessa escola e de outras com condições parecidas,
composto pelo diretor da escola, coordenador pedagógico e professores,
conjuntamente assumirem subsidiar uma solução para a situação. Planejar, que
significa “definir desejos” e executar, que significa “dar realidade aos
desejos”, são os recursos necessários para sanear a situação descrita, como
outras equivalentes. Ou seja, transformar possibilidades —todos podem e devem
aprender o necessário --- em realidade
Lembrar-se que as possibilidades estão disponíveis e a espera de atualização; para isso, importa ação planejada e consistente, não só como ação do professor isolado em sua sala de aula, mas do staf escolar. Sucesso ou insucesso na aprendizagem dos estudantes de uma escola não é e não será responsabilidade exclusiva do professor em sala de aula, mas, sim, do staf escolar; de todos, afinal.
Lembrar-se que as possibilidades estão disponíveis e a espera de atualização; para isso, importa ação planejada e consistente, não só como ação do professor isolado em sua sala de aula, mas do staf escolar. Sucesso ou insucesso na aprendizagem dos estudantes de uma escola não é e não será responsabilidade exclusiva do professor em sala de aula, mas, sim, do staf escolar; de todos, afinal.
PARA ALÉM DA SITUAÇÃO CITADA
A solução acima necessita ser a
solução do dia a dia, do cotidiano escolar. Não esperar o final do ano letivo
para, conjuntamente, tomar decisão semelhante. A solução acima, voltada para o
futuro, é emergencial diante de uma situação já existente. Porém ela necessita
ser a solução cotidiana, de todos os dias.
Então, o ato de avaliar será
nosso aliado, desde que estará nos revelando que nossa ação já produziu --- ou
ainda não produziu --- os resultados necessários. A avaliação --- se realizada
com adequação epistemológica e metodológica, como uma investigação da qualidade
da realidade --- estará constantemente nos revelando se nossa ação está
produzindo os resultados desejados ou se ainda há necessidade de mais, e mais,
investimentos, tendo em vista atingir os resultados de nossos desejos.
Boa sorte e muitos investimentos
de todos os educadores para que seus, e nossos educandos deste imenso país
afora, aprendam efetivamente o que necessitam aprender, segundo nossos
currículos. Será nossa “receptividade viva” o recuso fundamental para que todos
aprendam o que necessitam aprender.
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OBSERVAÇÃO – Na aba direita deste blog, há um índice relativo a todos os artigos aqui publicados. Se o
leitor o desejar, poderá recorrer a ele.
__________
(1) Pierre Teilhard de Chardin
foi um padre jesuíta e paleontólogo. Estabeleceu uma síntese entre teologia
católica e evolução. Sua obra é um belo poema à vida. Sua obra principal, que
produz uma síntese entre teologia e paleontologia, intitula-se “O Fenômeno
Humano”; entre outras de suas muitas obras, “A missa sobre o mundo” é uma obra
dissertativa, mas um poema na sua força e expressão.
(2) David Boadella é um
pesquisador inglês da psique humana, ainda vivo no presente momento, residindo
eu Heiden, Suíça, que assume que nós, seres humanos, no decurso da existência,
nos desenvolvemos e, quando feridos, nos curamos, na relação com o outro, por
isso, afirma que o que “cura é a receptividade viva de outro ser humano”.
Todavia, vale relembrar que múltiplos pesquisadores da vida humana, seja do
ponto de vista biológico, seja do ponto de vista psíquico ou espiritual, assume
compreensão semelhante; senão todos, muitos, tendo como pano de fundo a
concepção ontológica formulada por Aristóteles, que diz que toda” potência
passa a ato, através da relação com um terceiro em ato”.
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