Cipriano Luckesi
Contato --- ccluckesi@gmail.com
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01. O que caracteriza a avaliação da aprendizagem no
ensino superior?
Praticar
a avaliação da aprendizagem no ensino superior é um ato que, epistemológica e
metodologicamente, equivale a qualquer outro ato de avaliar, ou seja, ela é um
modo de “investigar a qualidade da realidade; e, no caso dos projetos de ação,
se necessário, proceder a uma intervenção para correção da qualidade dos
resultados”. Isso implica em compreender o que é propriamente “investigar a
qualidade da realidade”, ao lado do “estabelecimento dos recursos metodológicos”
necessários para que isso ocorra.
Sendo
desse modo, o que distingue a avaliação da aprendizagem no exercício do ensino
superior é o seu objeto de investigação, como, de forma semelhante, o que
distingue a prática da avaliação da aprendizagem na educação infantil é o seu
objeto de estudo; o mesmo ocorrendo para os outros níveis de escolaridade.
Observar
que o objeto final dessa prática investigativa na avaliação da aprendizagem é o
desempenho do estudante em decorrência da sua aprendizagem no que se refere aos
conteúdos ensinados, que tem a ver com a apropriação de conhecimentos
(informações), formação de habilidade e construção de atitudes. Esse objeto de
investigação, sob o aspecto de que ele se dá em todos os níveis de
escolaridade, é equivalente em todos os níveis de escolaridade. O que
distinguirá esse objeto, quando tomado pelos níveis de escolaridade, é o seu
nível de complexidade, por si, compatível com o nível de desenvolvimento do
estudante com o qual se trabalha.
Desse
modo, os conhecimentos (informações) oferecidos aos estudantes da educação
infantil não são equivalentes aos conhecimentos oferecidos aos estudantes do
ensino fundamental, do médio ou do superior. Os conteúdos até poderão ser os
mesmos --- por exemplo, história do Brasil ---, contudo, o seu nível de
complexidade apresentar-se-á completamente diferente ao transitar de um nível
de escolaridade para outro. Na educação infantil oferecer-se-á a história do
Brasil quase como contos de fadas; já, no ensino superior, oferecer-se-á as
possibilidades de compreender e apropriar-se das múltiplas e complexas relações
sociais e históricas constitutivas do país ao longo do tempo. Ainda que seja o
mesmo conteúdo, o que o adulto pode compreender não é o que a criança pode
compreender e assimilar. Nesse contexto, é possível compreender que o que distingue
a avaliação no ensino superior é o seu objeto de estudo: o desempenho dos
estudantes do ensino superior na aprendizagem dos conteúdos que estão lhes
sendo ensinados.
Acresce-se
a isso, o fato de que a relação pedagógica, nesse nível de escolaridade, é
realizada entre adultos, sendo que, mesmo nessa circunstância, o professor
continue a ser o adulto da relação pedagógica,[1] isto é, aquele que lidera
e dá o tom às atividades de ensino e aprendizagem. O educador é o líder da sala
de aula.
Em
todos os níveis de escolaridade, o professor necessita de estar nesse lugar de
“adulto da relação pedagógica”, à medida que é ele o responsável pelo “tom” da
sala de aula, ou seja, pela sua liderança, pelo seu entusiasmo, pela
disciplina, pelas relações interpessoais saudáveis, pelo investimento não que
se faz..
.
.
Do
outro lado, o estudante também já é um adulto e, como tal, necessita ser
tratado, desde que já tem uma história de vida, múltiplas experiências e
compreensões que uma criança não tem; ainda que possa --- como todos nós ---
determinado por múltiplas circunstâncias do passado, traumáticas ou não. As
traumáticas deixam suas marcas que atuam intempestivamente de usualmente de uma
forma negativa; as construtivas usualmente atuam a favor de uma vida saudável.
02. Um pouco de história para se
compreender aonde estamos
No
modelo de escola que se implantou no ocidente, a partir do século XVI, entre
outros, havia o desafio --- com o qual nos deparamos ainda hoje, ainda que em
outra perspectiva --- de saber se o estudante havia aprendido o que deveria ter
aprendido, assim como saber com que qualidade isso ocorreu.
Na
Ratio Sudiorum (Ratio atque institutio studiorum Societatis Jesus, Ordenamento e institucionalização dos
estudos na Sociedade de Jesus), documento publicado em 1599, pela Ordem dos
Padres Jesuítas, encontra-se um capítulo sobre “Os exames escritos e orais”,
cujas determinações, de certa forma e em certo sentido, são cumpridas até os
dias de hoje em nossas escolas, em todos os níveis de escolaridade, certamente
com alguns acirramentos, acrescentados ao longo da história.
Na
Ratio Studiorum, estão configurados
dois modos de acompanhamento da aprendizagem do educando: a Pauta do professor
e os Exames escritos e orais.
A
Pauta do professor era o que, hoje, denominamos de caderneta, porém, com
detalhes do caminho percorrido pelo estudante. Nela, seriam anotados as
condutas e aprendizagens de cada um dos estudantes --- na época, o educando
recebia o nome de “estudante” --- ao longo do ano letivo. Propriamente seriam
os registros do acompanhamento do estudante durante o ano letivo.
Essas
anotações deveriam ser utilizadas, pela Banca Examinadora, organizada por
ocasião dos exames do final do ano letivo, responsável pela promoção (ou não)
do estudante, conjuntamente com os resultados dos exames escritos e orais, que
ocorriam exclusivamente nesse período.
Ao
longo dos mais de quatrocentos anos que nos separam da data de 1599, perdemos o
hábito de nos servirmos da “Pauta do professor”, com sua base no cuidadoso
acompanhamento e reorientação dos estudantes sob nossa responsabilidade, e,
então, vagarosamente, na história, fomos nos apegando, mais e mais, aos exames
escritos e orais --- hoje, exclusivamente escritos.
Os
exames, segundo esse documento, deveriam ocorrer uma única vez ao final do ano
letivo. Hoje, praticamente não nos servimos da Pauta do professor e praticamos exames
em vários momentos do ano letivo. Usualmente, no ensino fundamental e médio, os
exames são praticados nos denominados bimestres letivos e, no ensino superior,
em dois momentos da duração de uma disciplina --- usualmente com a duração de
um semestre letivo ---, com o acréscimo de uma prova final para o estudante
ainda não obteve uma média de notas, considerada a necessária para a aprovação.
A
longo do tempo, priorizamos os exames, descuidando do acompanhamento. O
acompanhamento tinha a ver com a construção da aprendizagem e com a formação do
educando; os exames com a promoção de uma classe para a subsequente no
currículo escolar. Hoje, transformamos o acompanhamento em média de notas[2] ao longo da duração da
disciplina que ensinamos, isso é, em exames escolares.
Os
exames, tanto nos inícios da escola moderna, no século XVI, como hoje, tem como
centro de sua atenção a classificação do estudante, minimamente, em “aprovado”
ou “reprovado”.
Parece
--- não tenho certeza factual histórica --- que, com a adesão ao Sistema
Internacional de Pesos e Medidas, pós Revolução Francesa, adotamos as escalas
classificatórias na vida escolar, que, hoje, de modo usual, podem, variar de 0
(zero) a 100 (cem) ou de 0 (zero) a 10 (dez), em conformidade com o padrão
adotado em épocas diferentes da história educacional de cada país. Hoje, no
Brasil, predomina a escala de 0 (zero) a 10 (dez). A razão dessa percepção é
que nos servimos de estruturas decimais de medidas, equivalente aos modelos
utilizados em outras práticas com “pesos e medidas”, tais como metro dividido
em decímetros, em centímetros, em milímetros, etc... Nossas notas escolares
funcionam com u m sistema decimal também: de 0 (zero) a 10, com as múltiplas
divisões em décimos. Percebe-se a coincidência de uso do Sistema Internacional
de Pesos e Medidas, que, no Brasil foi adotado em 1862, mas não temos ainda a
confirmação do fato histórico de quando se passou a utilizar esse modelo de
notação para os resultados escolares.
E,
mesmo quando um sistema de ensino ou uma escola adota o registro dos resultados
da aprendizagem por conceitos (escala de letras ou escala de adjetivos),
usualmente são compreendidos e/ou traduzidos por meio de uma tabela de valores
numéricos, que sempre serve de parâmetro para os atos classificatórios, isto é,
conceitos são atribuídos por referência aos registros numéricos inteiros ou
decimais.
A
primeira vez que se iniciou a falar de avaliação da aprendizagem como diversa
dos exames escolares ocorreu em torno de trezentos e vinte anos após a
publicação da Ratio Studiorum. Em
1930, um jovem educador norte-americano, Ralph Tyler, aos 28 anos de idade, após
um doutoramento, iniciou a propor que não era possível permanecer com a
tradição de altos níveis de reprovação na escola; em torno de 70% dos
estudantes nos USA eram reprovados. Era preciso encontrar uma metodologia pela
qual 100 (cem) crianças ingressassem na escola e 100 (cem) crianças aprendessem
o que deveriam aprender.
O
método proposto por ele para obter esse sucesso foi o mais óbvio que podemos
imaginar e que, fora da escola, o utilizamos quando desejamos resultados
satisfatórios: (01) ensine um conteúdo; (02) diagnostique a aprendizagem: (03) se
o estudante aprendeu, ótimo, segue em frente; se não aprendeu, ensine de novo.
Desse mesmo modo agimos em qualquer ação que praticamos. Investimos na produção
de algum resultado, o avaliamos; caso o
resultado de nossa ação ainda não seja satisfatório, investimos mais na
perspectiva de obter resultado mais satisfatório.
Afinal,
essa prática parece ser óbvia para quem busca o sucesso da própria ação; porém,
difícil de ser praticado na escola, envolvida com muitos fatores
socioculturais, extra avaliação, tais como autoridade, disciplina, controle
social, castigo.
Tyler
faleceu em 1994 sem ver o efetivo uso dessa sua simples e óbvia proposição
pelos educadores nas instituições de ensino.
No
Brasil, sob influência dos modelos norte-americanos, iniciamos a tentar
compreender e praticar a proposta de Tyler em torno do final dos anos 1960 e
inícios dos anos 1970. De lá para cá, já se passaram quarenta e mais anos e,
infelizmente, ainda não conseguimos transitar do ato de examinar para o ato de
avaliar, tendo em vista o acompanhamento
da aprendizagem dos nossos educandos. Acompanhamento quer dizer identificação
da qualidade da situação, através de investigação, e intervenção de correção,
se necessária.
03. Epistemologicamente, que é o ato de
avaliar?
O
ato de avaliar, na instituição de ensino, do ponto de vista individual de cada
estudante, tem por objetivo diagnosticar seu desempenho na aprendizagem dos conteúdos
ensinados, subsidiando novas decisões na perspectiva de atingir os resultados
qualitativamente desejados.
Se
se constata, através da avaliação, que o estudante já atingiu a qualidade
desejada nos resultados da ação pedagógica, ótimo; caso não tenha sido atingido
esse nível de qualidade, novos investimentos são e serão necessários para que
se obtenha o que se deseja, estabelecido nos momentos decisórios de
planejamento da ação.
Nesse
contexto, não se classifica o educando --- aprovado/reprovado ---, mas sim
diagnostica-se sua aprendizagem, tendo em vista garantir-lhe a qualidade
necessária da aprendizagem, estabelecida no currículo escolar e no planejamento
de ensino, ambos adequados ao seu nível de desenvolvimento, idade e série.
Os
exames, que são classificatórios, são úteis nas ocasiões de concurso, onde o
candidato está em busca de uma vaga numa instituição ou numa premiação. Já a
avaliação é diagnóstica, subsidiando novos investimentos até que se chegue aos
resultados desejados; por isso, adequada a ser utilizada na construção de
resultados satisfatórios no âmbito de uma ação.
A
avaliação é parceira na caminhada de todo e qualquer gestor. Gestor é aquele
que “gesta” resultados. O educador na sala de aulas é o seu gestor, aquele que
atua para produzir resultados positivos; o mesmo diga-se do diretor de uma instituição
de ensino, pois que, em seu papel, deve trabalhar para “gestar” os resultados
de sua instituição. De forma semelhante, em todas as instâncias educativas
institucionalizadas, o gestor, esteja em que nível profissional estiver, tem
por obrigação conduzir a ação para que produza resultados positivos --- escola,
secretarias de educação, ministério da educação. A avaliação será sempre a
parceira do gestor a anunciar o sucesso de sua ação ou a necessidade de mais
investimentos.
04. Metodologicamente, como se pratica a
avaliação?
O
ato de avaliar a aprendizagem do educando que, epistemologicamente, se configura
como uma investigação da qualidade da realidade, à semelhança de qualquer tipo
de investigação, assenta-se sobre dados da realidade e de sua subsequente
leitura; no caso, uma leitura de sua qualidade. A ciência, que investiga “como
a realidade funciona”, também assenta-se sobre dados da realidade e sua
subsequente leitura.
Então,
para praticar a avaliação da aprendizagem estudante, em primeiro lugar, é
necessário a coleta de dados, cujo
instrumento (de coleta de dados) deve ter minimamente, as seguinte
características: ser sistemático --- cobrindo
todos os conteúdos essenciais ensinados ---, ser compreensível --- importa que o estudante compreenda o que se lhe
pergunta ---, ser compatível com o
ensinado --- solicita-se ao educando desempenho satisfatório naquilo que
efetivamente foi ensinado, em termos de conteúdos, linguagens utilizadas,
metodologia de abordagem dos conteúdos ensinados, dificuldade e complexidade
dos conteúdos; nada fora disso ---; ser preciso
no que se solicita --- educador e
educando compreendem com o mesmo significado o que se solicita; o significado
do que se solicita não pode ter equívocos; não se pode introduzir
“quebra-cabeças para ver se os estudantes os resolvem”[3].
Feita
a coleta de dados sobre o desempenho do estudante em sua aprendizagem, o ato de
avaliar exige, como segundo passo, que o desempenho, descrito pelos dados, seja
qualificado.
Isto
se faz pela comparação entre os dados da realidade do desempenho do educando
com um critério de qualidade. Critério de qualidade é o padrão de qualidade
necessário para que se aceite como satisfatório o que está sendo avaliado. No
caso, qual é a conduta desejada como satisfatória de um estudante na
aprendizagem de um determinado conteúdo?
É
esse comparação que possibilita afirmar se a realidade descrita preenche os
requisitos da qualidade desejada. Propriamente esse é o ato de avaliar, que se
expressa como o ato de “atribuir qualidade à realidade”, tendo por b ase um
critério de qualidade[4].
E,
em terceiro e último lugar, caso a qualidade desejada ainda não tenha sido
atingida, há necessidade de uma intervenção
---- no caso da instituição de ensino: ensinar de novo até que se chegue
ao resultado desejado; reorientação --- para que o desempenho do estudante chegue
à qualidade necessária e desejada.
Esses
três segmentos metodológicos do ato de avaliar exigem cuidados por parte do
educador, assim como do sistema de ensino (direção da escola, secretários de educação,
ministro da educação do país), isto é, importa rigor metodológico no uso desses
passos, afim de que a avaliação possa efetivamente ser avalição e, dessa forma,
cumprir sua função.
05. Acompanhamento e certificação
Perguntar-se-á:
“Então, diante da proposição de utilizar o acompanhamento como uma recurso de
construção da aprendizagem, abolir-se-á a certificação do estudante, desde que
seguiremos diagnosticando e reorientando sempre? ”
De
forma alguma. Ao contrário, praticaremos uma certificação mais plena do que as
atuais, baseadas nos exames escolares e nas médias de notas.
No
modelo, ainda vigente em nossas instituições de ensino, a certificação tem sua
base nas médias de notas escolares, fato que pode nos leva ao engano[5].
Hoje,
em nossas instituições de ensino, um educando poderá ser certificado por uma média de notas (aliás, dessa forma tem
ocorrido), o que pode significar que ele sabe mais um conteúdo do que outro, porém
a média de notas diz que ele tem a posse satisfatória de todos eles.
Para
facilitar a compreensão dessa fenomenologia, um exemplo: um estudante aprendeu bem
adição em matemática e obteve nota 10 [dez], contudo, aprendeu muito pouco do
conteúdo subtração e obteve nota 2,0 [dois]; pela média, sua nota final será
6,0 [seis], nota que aprova).
Essa
média --- obtida entre notas escolares com valores numéricos diversos e que
certifica o estudante no desempenho de sua aprendizagem --- nos engana, pois,
no caso do exemplo acima, parece que ele aprendeu igualmente adição e
subtração, mas, de fato, só aprendeu adição. Isso ocorre com o
ensino-aprendizagem de todos e quaisquer conteúdos escolares.
De
fato, para ser adequada, a aprendizagem deveria ser satisfatória tanto em
adição como em subtração, pois que esses conhecimentos e habilidades serão
utilizados pelo estudante, inclusive em sua escolaridade subsequente. Essa
distorção praticada pelas médias de notas escolares conduz ao fato de que
estudantes prosseguem na vida escolar “sem base”, como se diz no cotidiano das
instituições de ensino. A média de notas indica que o estudante aprendeu o que
deveria ter aprendido, mas isso só de forma aparente, pois que aprendeu o
conteúdo de um tópico de conhecimentos, mas, não aprendeu de outro, que está
incluído na média.
Numa
verdadeira prática de avaliação --- diagnóstico e reorientação ---, não haverá
necessidade de certificação por uma média de notas; haverá, sim, uma
certificação (testemunho) pelo fato de que o estudante foi ensinado,
acompanhado e aprendeu o que deveria ter aprendido.
Através
da avaliação, que sinaliza ao gestor a necessidade de reinvestimento na aprendizagem
do estudante, ele chegará a uma aprendizagem satisfatória do que deve aprender
e, então, receberá uma certificação (um testemunho oficial), que estará
afirmando que, no caso, aprendeu plenamente todos os conteúdos ensinados como
essenciais. Então, não haverá o engano, como vimos, próprio das médias entre
notas escolares.
A
certificação continuará a existir, porém como um testemunho do educador de ele
acompanhou esse estudante e trabalhou para que ele aprendesse o que teria que
aprendeu e... aprendeu.
O
uso da avaliação e não dos exames no percurso escolar é o recurso a ser
utilizado no caminho para o sucesso do ensino por parte do professor e da
aprendizagem por parte do educando. Os exames permanecerão como recursos de
seleção.
Como
a escola, por si, não é e não deve ser seletiva, deve, em seu espaço interno,
servir-se da avaliação e não dos exames. Estes serão úteis e necessários às
atividades seletivas, como são os concursos, onde o candidato compete para
conseguir uma vaga; mas, certamente, desde que praticados com o rigor
metodológico, como indicado acima, na orientação sobre coleta de dados para a
avaliação.
06. Consequências do uso das práticas
avaliativas no acompanhamento d dos estudantes
Quando se pensa em aprendizagem satisfatória por parte de todos os estudantes, a avaliação é parceira não só do sucesso da atividade do educador e da instituição, à qual pertence, mas sobretudo parceira da democratização da sociedade. O educador, centrado no desejo e no investimento da aprendizagem de todos os seus estudantes, contribui não só para a educação dos estudantes tomados individualmente, como também para a elevação sociocultural e ética de uma população, o que significa melhor forma de viver e conviver, respeitando os direitos e todos e reivindicando os seus próprios direitos, uma sociedade e onde direitos e deveres são a mola mestra da vida.
NOTAS
[1]
Sobre o significado do “adulto da relação pedagógica”, ver Educação, Ludicidade e
Prevenção das Neuroses Futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese,
no site http://www.luckesi.com.br,
na página “Artigos” / “Educação e lçudicidade”.
[2] A
respeito de nota escolares, ver o livro de Cipriano Carlos Luckesi, Sobre notas escolares: distorções e
possibilidades, Cortez Editora, São Paulo, 2014.
[3]
Sobre coleta de dados para a avaliação, ver de Cipriano Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem componente do ato
pedagógico, Cortez Editora, São Paulo, 2012, especialmente nas páginas 295
a 378.
[4]
Poder-se-á ver com proveito o livro indicado na nota anterior, nas páginas de
263 a 293.
[5]
Ver livro Sobre notas escolares:
distorções e possibilidades, Cortez Editora, São Paulo, 2014, citado anteriormente.
REFERÊNCIAS
Para aprofundamento das compreensões expostas neste texto, estudar os seguintes fontes:
Cipriano Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições, Cortez Editora, São Paulo, 22ª edição, 2012
Cipriano Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico, Cortez Editora, São Paulo, 1ª edição, 2011
Cipriano Carlos Luckesi, Sobre notas escolares: distorções e possibilidades, Cortez Editora, São Paulo, 2014
Site http://www.luckesi.com.br
Blog --- luckesi.blospot.com
=====================================================
Luckesi, sou professora, faço sempre uso dos seus textos, pois vim entender o que realmente poderia chamar de avaliação da aprendizagem, depois que passei a fazer leituras de suas obras. Parabéns. E muito obrigada, você contribui com minha formação e também com minha profissão.
ResponderExcluirPrezado Sr. Luckesi,
ResponderExcluirTrabalho com formação de formadores na Diretoria de Ensino - Região de Pirassununga (DEPRS).Nosso trabalho tem aproximadamente três anos e é basicamente de formação e de acompanhamento. Estudamos semanalmente para formar os gestores que formarão os seus professores.
Esse trabalho começou no ano de 2015, de forma desestruturada e no ano de 2016 incorporou-se à nossa rotina e foi amadurecendo com discussões e estudos.
Todas as quartas-feiras, no período da manhã, um grupo de 10 pessoas formado por Professores Coordenadores do Núcleo Pedagógico (PCNP) e Supervisão de Ensino, se reúne na DEPRS para estudar e discutir o tema Avaliação da Aprendizagem com o aporte teórico de autores renomados. As suas obras são referências nesses estudos.
Desse estudo, elaboramos momentos de formação, Orientações Técnicas (OT), para as equipes gestoras das escolas públicas estaduais de oito municípios, jurisdicionados à DEPRS e para os representantes das respectivas Secretarias Municiais da Educação. São duas formações anuais, abrangendo 49 escolas públicas estaduais com aproximadamente 120 pessoas diretamente envolvidas. No final de cada uma, a equipe escolar recebe a tarefa de formar os seus respectivos professores em ATPC, replicando o trabalho de formação e enviando algumas evidências para a equipe da Diretoria de Ensino. Além disso, o grupo da DEPRS acompanha a formação nas escolas, atendendo a demanda. Essas evidências são utilizadas para avaliarmos o nosso trabalho e o trabalho da escola, refletindo sobre o percurso educativo e analisando a prática pedagógica do cotidiano escolar.
Nosso objetivo com essa temática é a utilização da avaliação para auxiliar a aprendizagem dos estudantes. Para tanto, faremos a próxima OT de 12 a 15 de setembro.
Como conhecemos vídeos, artigos e livros seus, adquirimos o livro "Avaliação da Aprendizagem: componente do ato pedagógico". Percebemos que essa obra é imprescindível para o nosso processo de formação, portanto almejamos recomendá-la aos cursistas, porém não podemos condicionar essa formação à obtenção do respectivo material. Solicito, assim, autorização para xerografar e socializar com os 120 cursistas, um capítulo do supracitado livro: o V "Instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem na escola: um olhar crítico", visto que as nossas escolas são públicas e o livro é o nosso principal referencial para essa formação.
Desde já agradeço a atenção dispensada e aguardo retorno.
Um grande abraço.
Supervisora Adriana de Castro (DE – Região de Pirassununga)
e-mail: adrianadecastro1@gmail.com
Infelizmente, as suas obras são citadas como referências para justificar a não reprovação na rede pública. Logo, milhares de jovens semi alfabetizados são "formados" para servir de mão de obra barata após a conclusão do Ensino Médio.
ResponderExcluirPARABÉNS lUCKESI , COMECEI A LER SUAS OBRAS SOBRE AVALIAÇÃO E PUDE PERCEBER COMO SE AVALIA DE VERDADE ,ESTOU MUITO INTERESSADA E PRETENDO LER OS DEMAIS ARTIGOS E LIVROS SEUS , SÃO REALMENTE MUITO BONS .
ResponderExcluir