segunda-feira, 17 de agosto de 2020

137 - LINGUAGEM COMPREENSÍVEL NA COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM


137 - LINGUAGEM COMPREENSÍVEL NA COLETA DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM


No texto anterior deste blog, tratei da questão relativa à “abrangência e à especificidade” dos conteúdos a serem abordados em um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem que decorre de nossas intervenções ensinantes em na sala de aula.

Nesta oportunidade desejo tratar da segunda variável a, necessariamente, ser levada em conta na construção dos instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem dos estudantes em sala de aula; no caso, aprendizagem decorrente de nossas intervenções pedagógicas “de ensino” em sala de aula como professores e professoras.

No cotidiano de nossas vidas em nossas variadas relações, no contexto dos processos comunicativos --- sejam eles comuns ou específicos ---, importa que o nosso interlocutor compreenda aquilo que perguntamos ou aquilo que expomos, ou seja, importa o uso de uma “linguagem compreensível”, que facilite o entendimento daquilo que comunicamos, seja solicitando uma informação, seja oferecendo uma informação sobre alguma coisa, ato, conduta... Sem esse entendimento, não há possibilidade do encaminhamento de uma ação subsequente.

No caso da coleta de dados sobre o desempenho do estudante escolar em sua aprendizagem, tendo em vista aquilatar sua qualidade, importa cuidado semelhante. Não há como ele responder a uma questão contida em nosso instrumento de coleta de dados a respeito de sua aprendizagem, caso não compreenda aquilo que estamos solicitando.

Recordo-me que --- em minha vida escolar pregressa, aqui e acolá, em um dia de “prova”, como se denominava à época a aplicação de um instrumento de coleta de dados a respeito da aprendizagem do estudante ---, ao chamar o professor e solicitar um esclarecimento a respeito de uma determinada questão, que não estava compreendendo, a resposta comum era: “Hoje, não posso responder àquilo que está me perguntado. É um dia de prova”. Como responder, com adequação à uma pergunta que não se está compreendendo? De fato, não há como cumprir bem uma tarefa, sem sua compreensão; de fato, só podemos responder com adequação àquilo que entendemos.

Essa é a razão prela qual, em um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem --- teste, prova, questionário, tarefa a ser realizada ---, importa o uso de uma “linguagem compreensível”. Sem compreensão daquilo que se pergunta, não há resposta possível.

Então, ao professor, à professora, no processo de elaboração de um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem, cabe o cuidado com a linguagem compreensível.

E, mesmo tendo tido esse cuidado, se, no momento da coleta de dados, o estudante revela não ter compreendido aquilo que perguntamos ou que colocamos como situação problema, importa ajudá-lo a compreender aquilo que estamos lhe sendo solicitando. Impossível responder com adequação quando não se compreende a pergunta ou aquilo que está sendo solicitado.

Então, no instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem, cabe o cuidado com uma “linguagem plenamente compreensível e compatível com os conteúdos ensinados”, a fim de que o estudante possa ter ciência daquilo que se lhe está pedindo como desempenho em decorrência de sua aprendizagem.

Sem o cuidado com a linguagem compreensível, dificilmente, poderemos ter certeza de que o estudante compreendeu aquilo que perguntamos, ou que colocamos como uma questão a ser respondida.

No próximo texto, abordaremos a questão da “compatibilidade entre ensinado e aprendido”, como um cuidado necessário na elaboração de um instrumento de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem. Até lá!








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