Texto publicado anteriormente no Blog Terra, em 25/3/09
Cipriano Luckesi
Recebi uma consulta
via internet sobre avaliação dialógica e respondi como se segue abaixo.
Muitas vezes, autores
que tratam do tema da avaliação, não cuidam adequadamente de precisar os termos
utilizados para tratar do tema. Vou tentar esclarecer os termos envolvidos
nesse tema.
De fato, avaliação,
para ser avaliação, necessita de ser dianóstica, formativa, dialógica,
dialética, etc… O ato de avaliar, em síntese, é uma ato dinâmico a serviço dos
melhores resultados possívveis, dentro de um determiando projeto de ação. A
avaliação serve à eficiência do projeto.
No caso de sua
consulta, de um lado, importa obervar que não existe avaliação bancária, como
está citado no texto reproduzido por você. Existe, sim, uma prática de exames
escolares que foi confundida com avaliação. Avaliação e exames escolares são
coisas diferentes. Venho insistindo nisso nos textos que escrevo, assim como
nas conferências que tenho feito.
Por outro lado, uma
prática dialógica da avaliação deveria servir a um projeto pedagógico também
dialógico. O que vai implicar em compreender o que vem a ser “dialógico”, que é
um termo usado pelo professor Paulo Freire, mas intepretado de varidas e
múltiplas formas, inclusive por modismo.
Então, se por dialógico
se compreende, como em Paulo Freire, a insercão de uma ação pedagógica no
contexto sócio-cultural do educando, sob uma ótica democrática, para proceder a
avaliação dialógica, haverá que se estabelecer e executar um projeto pedagógico
com essas características, o que implicará diálogo com as circunstânicas
sócio-culturais onde se dá a prática educativa, assim como implicará, ao mesmo
tempo, olhar para o estudante e suas condições pessoais. O que, por sua, vez,
implicará num investimento consistente para que o educando e o
seu meio social saiam do estado e estágio em que se encontram de vida e
desenvolvimento, de uma forma politicamente consciente, assim
como consistente.
O perigo está em
pensar no dialógico como alguma coisa onde qualquer resultado está bem. A
pedagogia do professor Pulo Freire deseja emancipação do ser humano, mas,
para isso, importa em ensino e aprendizagem eficientes. Caso
contrário, far-se-á de conta que houve ensino e aprendizagem, em nome de uma
pedagogia emancipatório, que, de fato, se não for eficiente, não trará
emancipação nenhuma. É fácil dizer — “eu trabalho com a pedagogia do professor
Paulo Freire”—, mas é trabalhoso e complexo realizar isso.
Em síntese, avaliação
dialógica deverá levar em conta todas as variáveis contempladas no
projeto pedagógico dialógico, que implica em ter presente as variáveis
determiantes do meio soócio-cultural onde se dá a prática educativa e que
interfere nele, assim como as variáveis do educando, na perspectiva de que seja
eficiente em seus resultados. Então, a avaliação estará a serviço de um projeto
pedagógico comprometido com as variaveis do meio sócio-cultural onde o educnado
está inserido, assim como com as variáveis determinantes do modo de ser do
educando (pessoal, biológico, psicológico…), na persepctiva de possibilitar a
emancipação do sujeito e, ao mesmo tmepo, do meio.
Atenciosamente
Cipriano Lucklesi
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preciso de um exercicio baseado na avaliaçao dialogica
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